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Igrejas no Brasil: avivamento ou movimento?

Li várias reportagens sobre um grande avivamento no Brasil. As estatísticas apresentadas eram de impressionar: um grande derramamento do Espírito Santo sobre o Brasil, igrejas abarrotadas de gente e milhares de conversões, produzindo um índice de crescimento da igreja, maior que o da população do país.
Uma dúvida, porém, inquietava meu coração: Que avivamento é esse? Porventura estaria acontecendo um mover de Deus em nosso país de que não tenha conhecimento?
Não, seria totalmente impossível, pois o Brasil é um território de proporções imensas. Nem sempre ficamos sabendo de tudo o que ocorre nas várias regiões do país, apesar de que os avanços tecnológicos e o surgimento de novos periódicos evangélicos têm trazido para dentro de nossos lares algumas notícias sobre os acontecimentos na igreja brasileira. Estará acontecendo mesmo um avivamento no Brasil? Ou estamos chamando de “avivamento” todo esse “movimento” que está havendo por aí?
Sem dúvida, existe uma movimentação inédita em muitos lugares da nação, tanto nas igrejas evangélicas como nas católicas, com multidões à busca de novidades espirituais, bênçãos e experiências que as comovam e animem. Os programas televisionados das duas alas comprovam a realidade dessa peregrinação religiosa. Profetas da prosperidade engordam suas contas bancárias às custas dos pobres que, também, querendo melhorar sua situação financeira jogando nas “loterias evangélicas”, depositam semanalmente suas ofertas nos cofres das igrejas, na esperança de um dia serem contemplados com as mesmas “bênçãos” dos líderes: um carro novo, uma casa boa, um emprego decente, um salário que os tire da miséria.
Nas igrejas “avivadas” há os chamados “cultos” de poder, de libertação, de bênção, de fogo etc., os quais, muito pouco têm de culto a Deus, pois na maioria das vezes, são invenções de pessoas que visam beneficiar a si e não a Deus.
O “culto” verdadeiro é Cristocêntrico; é um tempo de adoração a Deus onde a alma se transborda em reverente gratidão e louvor, ao contemplar a grandeza do Senhor. Mas são raros os cultos dessa natureza e escassos os cânticos que nos levam à verdadeira adoração. Na maioria das igrejas, as músicas destacam as experiências e as necessidades humanas e não as qualidades de Deus.
Costumamos distinguir as “igrejas avivadas” das “tradicionais” pelos cânticos mais animados, baterias e guitarras, palmas, mãos levantadas e o uso de dons, como se tudo isso tivesse a ver com avivamento. As diferenças são apenas externas, se dentro do coração dos membros de ambas impera a carnalidade e um espírito divisório.
A igreja mais “avivada” do Novo Testamento de que se tem conhecimento é a da cidade de Corinto, mas o apóstolo Paulo qualificou os irmãos de carnais e crianças espirituais, devido a ciúmes e contendas que maculavam sua vida espiritual.

A verdade é que estamos nos iludindo, brincando de avivamento, por ignorarmos a história da igreja cristã e as marcas do avivamento autêntico.

Vou acreditar que a igreja brasileira esteja experimentando um avivamento genuíno:

  • Quando nós, o povo de Deus, estivermos mais interessados na Palavra de Deus que nos “presentes” de Deus que vivemos solicitando.
  • Quando o choro de nosso arrependimento e quebrantamento estiver mais alto que a batida inflamada dos instrumentos musicais.
  • Quando houver maior interesse no que o Espírito de Deus está dizendo à igreja do que nas tolices dos apresentadores da televisão brasileira, ouvidas com tanto afã pela maioria dos crentes.
  • Quando tivermos a mesma paixão pela oração que temos pelo futebol.
  • Quando nosso entusiasmo pela leitura da Bíblia for maior que nossa dedicação diária à Internet e à leitura de jornais e revistas.
  • Quando estivermos falando uns aos outros com Salmos em vez de falarmos mal uns dos outros.
  • Quando estivermos suficientemente arrependidos para mostrarmos os frutos desse arrependimento.
  • Quando nosso clamor a Deus por sua misericórdia for mais alto que o clamor por suas bênçãos.
  • Quando abandonarmos nosso orgulho de sermos uma igreja grande, rica e poderosa, e nos humilharmos diante de Deus, confessando nossa pecaminosidade, fraqueza e pobreza espiritual.
Os sinais inconfundíveis de um avivamento verdadeiro são o arrependimento profundo, o quebrantamento espiritual e a transformação de vidas, lares e sociedades. Outras manifestações, como cair no Espírito, falar em línguas, profetizar, rir, dançar, etc., podem ou não se evidenciar no decorrer de um mover de Deus, mas precisamos ter o cuidado de não as confundir com o essencial. Bolo é uma coisa e glacê é outra. Da mesma forma, a vida transformada mediante uma revelação da santidade de Deus é uma coisa, e as manifestações diversas, sejam do Espírito ou da carne, são outra.
Tenho receio de que estejamos nos deliciando com o glacê do “avivamento” e fazendo pouco caso do bolo. Ou até mesmo, achando-o desnecessário. O apóstolo Paulo, na segunda carta escrita a Timóteo, preveniu tal acontecimento quando disse: “…haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” 2 Tm. 4:3,4.
Necessitamos, nesses “últimos dias” que estamos vivendo, da sabedoria e do discernimento dados por Deus para distinguir entre as manifestações do poder do Espírito Santo na igreja e as manifestações do poder latente de nossa própria alma. E precisamos perseverar em clamar a Deus por um avivamento genuíno no Brasil.
Allan H. McLeod

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