4. A BATALHA DOS REIS (14.1-12).
Devido à maneira incomum de chamar Abrão de "Abrão, o hebreu" (13), muitos pensam que esta narrativa talvez tenha origem estrangeira. Visto que a Anrafel é dada a proeminência de ser mencionado em primeiro lugar, embora a expedição parece ter sido feita sob o comando estrito de Quedorlaomer, o lugar da escrita da história pode ter sido a Babilônia. Catorze anos antes da ocasião deste incidente, aqui narrado, Quedorlaomer havia subjugado a planície do Jordão. Naquele tempo Abrão ainda estava em Harã (conf. os dados cronológicos providos em Gn 16.3). Cinco cidades da planície se revoltaram e Quedorlaomer, com três aliados, marcharam contra elas. Anrafel (1). Muitos historiadores têm identificado Anrafel com Hamurabi, cujas leis para a Babilônia são agora tão famosas, mas essa identificação atualmente está sendo abandonada em geral como incapaz de ser provada. Tidal (1). Tidal pode ter sido Tud-halia, rei dos heteus.
O curso da invasão parece ter sido como segue. Aproximando-se da área de Damasco, os reis varreram Basã e os territórios dos amorreus, ao leste do rio Jordão e, reservando os rebeldes para o fim, prosseguiram até um ponto bem ao sul do mar Morto. Desse ponto tornaram (retornaram - 7), presumivelmente marchando em direção ao norte. Fizeram uma pausa para lançar um ataque contra o sul do deserto (7), e então, movendo-se em caminho circular, via Hazazontamar (possivelmente En-Gedi), os conquistadores começaram a tratar dos lideres da revolta. A batalha se feriu no vale de Sidim (8), perto das cidades de Sodoma e Gomorra. Poços de betume (10). Eram escavações de onde era extraído o asfalto. Os reis da planície, esperando usar o difícil terreno como defesa, precipitaram-se no mesmo apenas para serem destruídos. Mas foi a captura de Ló (12) que faz essa narrativa participar do registro inspirado.
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