Lançamento da Frente Parlamentar de Apoio as Comunidades Terapêuticas,

Matéria sobre o Lançamento da Frente Parlamentar de Apoio as Comunidades Terapêuticas, Acolhedoras e Apac´s.

Frente vai promover encontro nacional de comunidades terapêuticas

A Frente Parlamentar Mista em Defesa das Comunidades Terapêuticas, Acolhedoras e APACs vai promover um encontro nacional das comunidades terapêuticas de todo o Brasil. O objetivo é traçar um plano unificado de propostas de trabalho para ser apresentado ao Governo Federal. A decisão foi tomada, nesta terça-feira (5), na instalação da Frente. A data do encontro ainda será definida.

Presidente de honra da Frente, o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL) quer ainda a criação de um cadastro nacional que identifique quais são e onde estão as instituições que atendem os viciados em drogas. Este levantamento deve ser entregue ao Governo junto com as propostas que o grupo vai elaborar. 

A secretária de Políticas Antidrogas do Ministério da Justiça, Paulina Duarte, ressalta a importância não só do tratamento, mas da ampliação de políticas de prevenção para que outros jovens não sejam acometidos pelas drogas.  Ela acrescenta que o governo não pode mais ignorar a existência das Comunidades Terapêuticas. “O objetivo é apoiar e fortalecer todas as políticas públicas de apoio ao usuário. Em paralelo, capacitar os profissionais das comunidades, grupos voluntários e redes de saúde.”

As comunidades são reguladas pela resolução 101 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que para o coordenador  da Comunidade Terapêutica Fazenda da Luz, Célio Barbosa, faz exigências exageradas, como a proibição de vínculo religioso. Segundo ele, um dos caminhos de recuperação do dependente é a crença em Deus. “O governo e agências reguladoras deveriam se preocupar em nos ajudar a comprar fogão, geladeira, cama”, disse.

Designado 1º vice-presidente da Frente, o deputado Pastor Eurico (PSB-PE), falou da importância das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs). “Estas entidades são modelos de reinserção do preso e do usuário de drogas à sociedade. Não têm armas, nem polícia e 90% das pessoas que passam por lá não voltam para a prisão”, esclarece.

O deputado Pastor Eurico aproveitou a reunião para exaltar o trabalho de entidades que têm atendido a sociedade. Ele citou o trabalho realizado pela Igreja Assembléia de Deus, em Pernambuco, sob a presidência do pastor Ailton José Alves com a Fundação da Assistência Social daquela entidade. Outra instituição que mereceu a lembrança do deputado foi o Projeto Samuel, que cuida diariamente de 3.000 crianças filhos de dependentes químicos e favelados. O projeto oferece educação e alimentação para estas crianças. Elogiou ainda o trabalho de recuperação de dependentes químicos no Centro de Recuperação Lar Feliz (CERELF).

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Letícia Alcântara