A VERDADEIRA PÁSCOA E
A ÚLTIMA SEMANA DE CRISTO
“ O sangue vos será por sinal nas casas em que estierdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êx 12.13)
Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C, o povo hebreu, hoje os judeus, celebram a Páscoa todos os anos, na primavera(em data aproximada da sexta-feira dita santa). Tudo começou depois de Israel passar mais de 400 anos de servidão no Egito, aonde Deus suscitou Moisés para libertar seu povo da escravidão (Êx cap. 3 e 4).
Deus o designa como o líder do êxodo e Moisés em obediência transmite a ordem divina a Faraó (Êx 3.10), recebendo do Senhor autoridade para ferir o Egito através das dez pragas (Êx cap. 4). No decorrer de nove pragas Faraó ainda não havia deixado Israel ir, quando chega a hora da décima e derradeira praga, a morte dos primogênitos (Êx 11.5).
O Egito havia oprimido o primogênito do Senhor (Israel) e agora eles mesmos sofreriam a perda de todos os primogênitos em sua terra através de um anjo destruidor sob a permissão de Deus. Porém , nessa terra também habitavam os hebreus. Como poderiam agora escapar do anjo destruidor? Deus emite uma ordem específica aos israelitas cuja obediência ocasionaria a proteção divina de cada família hebreia, com seus respectivos primogênitos.
Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de até um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia 14 do mês
Abibe (chamado também
Nisã, correspondendo hoje aos nossos meses de Março e Abril). Familias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx 12. 3-5). Parte do sangue sacrificado deveria ser aspergido pelos israelitas nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa (Êx 12.7).
Quando o destruidor viesse passaria por cima daquelas casas que tivessem o sinal do sangue aspergido sobre elas, daí o termo “
páscoa”, do hebraico
pessach, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar” (Êx 12.13).
Desta maneira, os israelitas escaparam do destruidor, da morte executada contra todos os primogênitos através do sangue do cordeiro morto. Deus poderia ter livrado Israel de outra maneira, porém se utilizou do sinal do sangue para ensinar seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, apontando isto para a vinda do “Cordeiro de Deus”, que posteriormente tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).
Então “de lombos cingidos, sandálias nos pés, e cajado na mão...” (Êx 12.11), comeram apressadamente e partiram para a sua peregrinação no deserto em rumo a terra prometida (Êx 3.8). A partir daquele momento da história, a Páscoa seria celebrada como “estatuto perpétuo” (Êx 12.14). Hoje, para nós cristãos, a páscoa fala-nos de Jesus Cristo. Diante disto, comparemos alguns itens de Êx 12 que apontam para Cristo:
1. O propósito da Páscoa era a graça salvadora de Deus. A salvação que recebemos de Cristo vem da maravilhosa graça de Deus.
2. O sangue aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa era para salvar da morte o primogênito. O sangue de Cristo derramado na cruz foi para nos salvar da morte.
3. O cordeiro exigido como sacrifício na Páscoa, foi para substituir o primogênito. Cristo nos substituiu em relação à morte, mediante um sacrifício eterno e perfeito.
4. A separação de um cordeiro “sem mácula” (Êx 12.5). Cristo é a prefiguração do Cordeiro “sem mácula”, impecável e perfeito.
Assim, a Páscoa, uma das três convocações anuais (Páscoa, Pentecoste e Tabernáculo) em que todos os homens hebreus se deslocavam para Jerusalém a fim de participar de sua observação durante sete dias, é uma das festa mais importante do calendário hebraico aonde se celebra a saída do Egito e a redenção efetuada com o cordeiro pascoal. Esta data também foi observada por Cristo e fez parte de sua última semana na Terra. Vejamos como foi segundo o evangelho de Mateus:
A Última Semana de Jesus Cristo |
Acontecimento | Lugar | Dia | Referências |
A Entrada Triunfal | Jerusalém | Domingo | Mt 21.1-11 |
Purificação do Templo | Jerusalém | Segunda-feira | Mt 21.10-17 |
Dia de Parábolas | Jerusalém/Betânia | Terça-feira | Mt 21.23-24.5 |
Dia de Repouso | Jerusalém | Quarta-feira | Mt 26.14-16 |
A Última Ceia | Jerusalém | Quinta–feira | Mt 26.17-30 |
Crucificação | Jerusalém/Gólgota | Sexta-feira | Mt 27.1-66 |
Sepultamento | Jerusalém | Sábado | Mt 27.57-61 |
Ressurreição | Jerusalém | Domingo | Mt 28.1-13 |
Como vemos, em nada se assemelha a verdadeira Páscoa com a data a ser comemorada no próximo dia 08. Data esta que foi deturpada pelo homem e transformada em uma data comercial a fim de satisfazer suas avarezas e vontades deixando o verdadeiro sentido de lado. Não percamos o verdadeiro sentido da Páscoa e deixemos Cristo habitar em nosso ser, pois ela também simboliza a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Resgate este simbolismo em seu coração e viva uma nova vida com Cristo. Amém!
Ir. Adriano
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