3. O NASCIMENTO DE ISMAEL (16.1-16).
Uma serva egípcia, cujo nome era Hagar (1). Seu nome significa "fugitiva" e talvez saliente o fato de haver fugido de sua ex- senhora, no Egito. No episódio que segue, é importante observar-se que a iniciativa foi assumida não por Abrão, mas por Sarai. Segundo as estritas leis da monogamia (Gn 2.24), a conduta de Abrão e Sarai não era permissível, mas um antecedente para essa espécie de arranjo foi descoberto nas leis em vigor no tempo de Abrão. Terei filhos dela (2). Lit. "serei edificada por ela". Foi sua senhora desprezada aos seus olhos (4). Isso deve significar que, de algum modo, Hagar tirou vantagem da posição que Sarai lhe tinha permitido tomar, e desconsiderou o fato que continuava sendo serva de Sarai. Mas, sem razão alguma, Sarai colocou a culpa de sua infelicidade doméstica sobre Abrão (5). Tua serva está na tua mão (6). De acordo com o costume (ver, por exemplo, a provisão do código do Hamurabi) Abrão não podia fazer outra coisa senão permitir que Sarai agisse à vontade. Afligiu-a (6). Sem dúvida Sarai a rebaixou para que não fosse mais "mulher" (3) de Abrão, e reduziu-a à sua posição anterior (ver versículo 9). Ela fugiu (6). De conformidade com seu nome.