b )Aliança de Deus com Abraão (15.1-17.27)
1. DEUS PROMETE UM FILHO A ABRÃO (15.1-6). A ocasião da promessa é destacada na frase Depois destas cousas (1). A reação natural de Abraão foi confrontada com um "Não temas". Grandíssimo galardão (1). Abrão recusara o despojo, mas Deus não haveria de permitir que ele saísse perdendo. Ando sem filhos (2). Essa expressão significa "ir-se" ou "morrer" sem filhos. A tristeza de Abrão é que Eliezer, segundo as leis debaixo das quais viviam, tornar-se-ia o herdeiro de sua casa. Nascido na minha casa (3). Lit. "filho de minha casa", e, portanto, representante e herdeiro de Abrão. Foi-lhe imputado isto por justiça (6). Na Septuaginta, "por" é traduzido pela preposição grega "eis" que significa "para". Não significa que, em lugar de justiça, Abrão ofereceu fé. A fé de Abrão não foi considerada como outra forma de justiça ("obras") mas, no plano divino é o meio pelo qual um homem pode atingir "a" (eis) justiça (conf. Rm 4.3).
2. O SOLENE PACTO RELATIVO A CANAÃ (15.7-21). Eu sou o Senhor (7). Heb., Yahveh. À base de qualquer pacto feito por Deus, acha-se o Seu caráter, e é a isso que Deus se refere, quando começa essa afirmação com Seu nome Como saberei...? (8). Abrão não está aqui a exigir um sinal a fim de poder acreditar. Não foi a dúvida que solicitou esse sinal, mas a fé. Deus concedeu a Abrão um sinal relacionado à fé, e essa é a verdadeira natureza do sacramento. Os pactos antigos eram algumas vezes confirmados partindo-se ao meio as vítimas do sacrifício e passando as duas partes aliançadas entre as metades. Jeová graciosamente condescendeu em confirmar Sua promessa a Abrão acomodando-se a esse costume. Este parágrafo, por conseguinte, descreve o "partir de uma aliança" entre Jeová e Abrão. Note-se que apenas um símbolo foi visto a passar entre os pedaços, a saber, "a semelhança de um forno de fumo do qual saía chamas de fogo" (17). Isso indicou que apenas Jeová estava tomando parte no cumprimento de todas as condições que estavam ligadas ao pacto. O pacto da graça, conforme se vê, não é um pacto entre dois, mas é uma promessa confirmada por formas de pacto. No que tange ao fogo como símbolo de Jeová, ver Êx 19.18, 24.17; Sl 18.8. Deus faz uma revelação de quatro aspectos: privação, libertação, paz e triunfo (13-16). Quatrocentos anos (13). Trata-se de uma cifra em números redondos, pois o número preciso de anos foi 430 (Êx 12.40-41). Injustiça dos amorreus (16). Foi isso que justificou sua extirpação da terra. O rio Egito (18). Trata-se ou do Wady el Arish (ribeiro do Egito) o limite entre o Egito e o deserto do sul da Palestina, ou o próprio rio Nilo.
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