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GÊNESIS CAP 11 - NCB


    2. A TORRE DE BABEL (11.1-9).

Os acontecimentos registrados nesta seção são anteriores às divisões resultantes da humanidade, as quais são esboçadas em Gn 10. Duma mesma língua, e duma mesma fala (1). Lit., "um lábio e uma palavra", significando que todos falavam da mesma maneira, tanto quanto à pronúncia como quanto ao vocabulário. A unidade original da linguagem humana, embora longe de ser demonstrável, torna-se cada vez mais provável. Do Oriente (2). Sinear é a planície dos rios Tigre e Eufrates. A região do Arará certamente ficava a noroeste de Sinear, pelo que a migração, se é que não tomou uma rota circular, deve ter sido feita da direção oriental. 
A palavra hebraica, miqqedhem, é bastante vaga, e aparece novamente em Gn 13.11, onde é traduzida novamente como oriente, que é a tradução correta num e noutro lugar. Queimemo-los (3). Os tijolos eram usualmente secados ao sol, mas em Birs Nimrude ainda podem ser encontrados tijolos queimados. Isso não apenas demonstra o estágio avançadíssimo a que já haviam chegado as artes de edificação antiga, mas também serve para dar testemunho sobre a verdade desta narrativa. O betume (3) aqui mencionado é a mesma coisa que asfalto. Cujo cume toque nos céus (4). A cidade e a torre tinham a intenção primária de servir de seguridade defensiva e de domínio político (ver o versículo inteiro). É possível, igualmente, que a torre tivesse uma significação religiosa e astrológica. O hebraico diz literalmente "cujo topo seja o céu", e isso pode significar que ali eram pintados os sinais do zodíaco e que haviam outros desenhos celestes. Entretanto, em vista do uso dessa frase em Dt 1.28, e também não nos esquecendo do fato que os antigos babilônios se ufanavam da altura de seus templos, esta expressão não contém necessariamente qualquer referência astrológica.
    O plano de centralização proposto pelo homem parece ter sido considerado por Deus como indesejável: é possível que em seus motivos mais profundos fosse um ato de auto-suficiência humana e de rebelião contra Deus. É altamente significativo que "Babel"  (Babilônia), no relato bíblico, representa, em todas as páginas bíblicas, até o Apocalipse, a idéia de federação humana materialista e humanista em oposição a Deus. As razões para Deus ter destruído aqueles planos humanos provavelmente tinham em vista primeiramente tratar de modo eficaz com o perverso motivo da oposição, e, em segundo lugar, realizar Seu desígnio que os homens cobrissem toda a superfície da terra e desenvolvessem seus recursos. Note-se que Deus não destruiu a torre; Ele confundiu a linguagem e espalhou o povo. Não é asseverado aqui um milagre súbito. A confusão da linguagem pode ter sido efetuada mediante a orientação e o apressamento providencial das tendências naturais dos homens formarem dialetos, à base dos quais se separariam em vários grupos com diferentes simpatias e interesses. Babel (9). Os orgulhosos edificadores da cidade tinham-na chamado de Babel (portão ou corte de Deus), mas o Senhor, aproveitando a palavra usada, e dando-lhe outro significado, derivadamente, baseando a palavra numa raiz semelhante, também a chamou de Babel (confusão).
    3. DESCENDENTES DE SEM NA LINHA DE TERÁ (11.10-26). Esta genealogia tem sinais de desígnio artificial em seus números, como também outras listas nas Escrituras. Cfr. Gn 11.10 com Lc 3.36, e observe-se a omissão de Cainã. Note-se que Terá aparece como décimo depois de Sem, assim como Noé foi o décimo depois de Adão; A primeira parte desta genealogia foi dada de forma mais completa em 10.21-25. Éber (14). Este nome possivelmente significa "imigrante" ou "alguém do outro lado da fronteira"; e talvez tenha dado por Selá a seu filho a fim de comemorar algum movimento da família, atravessando o rio Tigre.  Provavelmente essa a origem no nome "hebreu", um nome que foi usado para Abrão pelos habitantes originais da Palestina (ver 14.13). Abrão era, dessa forma, "hebreu" por descender de Éber e também por ter vindo do rio Eufrates. O alvo dessa genealogia é trazer a história até Terá e seus três filhos.
    4. TERÁ E  SUA FAMÍLIA (11.27-32). Ur (28) tem sido definidamente identificada como o lugar atualmente conhecido como Al-Muqayyar, pelos árabes. No tempo de Abrão é mais provável que fosse porto de mar, mas o depósito trazido pelo rio, durante esses quatro milênios, se avolumou de tal maneira no estuário que as ruínas se encontram agora 210 quilômetros terra a dentro. Sir Leonard Woolley e outros têm desvendado muitos dos detalhes da vida antiga daquela cidade. Para ir à terra de Canaã (31). Aqui é o propósito divino e não o propósito humano que é expresso. Não se sabe que Terá tenha tido qualquer interesse em Canaã, e é expressamente declarado em Hb 11.8 que Abrão "partiu sem saber aonde ia". Cfr. Gn 12.1. Vieram até Harã (31). A migração de Terá desde Ur talvez tenha sido feita por pressão de algum motivo religioso que impeliu os adoradores do deus-lua de um centro de sua adoração para outro, a saber, Harã, no extremo noroeste da Assíria. Morreu Terá em Harã (32). Trata-se de uma anotação sobre a morte de Terá a fim de que, no que diz respeito ao historiador, Terá seja agora esquecido. Quando Estêvão recontou esses acontecimentos (At 7.4), parece que ele subentende que Abrão não partiu de Harã senão depois da morte de seu pai. Os fatos são que Abrão partiu de Harã quando seu pai tinha 145 anos de idade (cfr. 11.26;12.4), e que Terá ainda viveu por mais sessenta anos depois que Abraão o deixou (ver 11.32). O discurso de Estêvão meramente apresentou os fatos na ordem em que são narrados no livro de Gênesis, e não na ordem cronológica dos acontecimentos. Compare-se o estilo semelhante de referência que é provido na alusão a Melquisedeque, em Hb 7.3.

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