"Eu o
respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como alguém que professa a
fé em Jesus Cristo"
Kaká, meia da seleção brasileira, na terça (22/06), sobre o colunista Juca Kfouri, a quem acusou de intolerância.
Kaká, meia da seleção brasileira, na terça (22/06), sobre o colunista Juca Kfouri, a quem acusou de intolerância.
"Apenas
critico a propaganda religiosa desmedida que
alguns jogadores da seleção brasileira, Kaká entre eles, fazem dentro de
campo"
Juca Kfouri, colunista da Folha de S. Paulo, rádio CBN e do portal UOL, em resposta ao jogador.
Juca Kfouri, colunista da Folha de S. Paulo, rádio CBN e do portal UOL, em resposta ao jogador.
Estou muito preocupado com a
mentalidade de alguns formadores de opinião do Brasil. Um exemplo é o
jornalista esportivo Juca Kfouri, que uma vez ou outra escreve artigos
para criticar a evangelização de jogadores evangélicos. Na polêmica da
semana, como vocês leram acima, Juca Kfouri criticou a “propaganda
religiosa desmedida” dos jogadores evangélicos. Ora, o que seria isso? O
que seria “propaganda medida”?
O que Kfouri quer é uma fé
privatizada, ou seja, que você e eu exerçamos o cristianismo somente
dentro do nosso quatro, sem manifestar nenhuma evidência de nossa fé
entre a sociedade. É a velha mentalidade totalitária em ação. Eu, por
exemplo, deve respeitar o Richard Dawkins fazer proselitismo do ateísmo,
mas não posso tolerar um jogador com uma camisa “I believe in Jesus”?
Se
continuarmos assim, no futuro próximo será crime evangelizar. Democracia
sem liberdade de religião não existe. O Estado é laico, ou seja, todas
as vozes religiosas ou seculares devem ser respeitadas na liberdade de
expressão. O Estado não é religioso, com a voz de uma única instituição,
mas também não é um Estado secular, onde todas as vozes religiosas
estão proibidas. Exemplo de Estado laico é o Brasil, pelo menos até
hoje. Exemplo de Estado religioso é a intolerante e muçulmana Arábia
Saudita. E exemplo de Estado secular é a Coreia do Norte, com a
proibição de qualquer manifestação de fé. Queremos ou não continuar com a
democracia?
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