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Pr. Francisco Eurico - Deputado Federal - PE |
Posicionamento do orador contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Conveniência de realização de plebiscito sobre a implantação do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos no País. Luta da comunidade evangélica em defesa da preservação da célula familiar.
"O casamento, como forma moral de aceitação para a consolidação familiar, foi e continua sendo a âncora necessária para se firmar a família. No entanto, estão querendo deixar de lado o conceito familiar para uma suposta "evolução da instituição familiar". Estão quebrando paradigmas conceituais para encaixar um novo marco nas relações familiares.
A Constituição de 1988 estabeleceu, entre outros princípios fundamentais, o respeito à dignidade da pessoa humana. Porém, a diversidade cultural existente em nosso País é fator preponderante para a discussão sobre a flexibilização da formação familiar. O que defensores liberais querem é que os conceitos familiares não fiquem presos somente na conjugação de homens e mulheres. Querem uma nova ordem. Essa ordem pode permitir que casais homossexuais se enquadrem em uma nova estrutura familiar - parece-me tendenciosa ao caos, Sr. Presidente.
A Bíblia cita o caso das cidades de Sodoma e Gomorra, bom exemplo de que no passado essa falsa liberdade não foi boa para a sua estrutura familiar. Ali vemos a destruição daquelas cidades por Deus. Até mesmo os gregos, depois de longo tempo, deixaram de expor suas práticas homossexuais, até porque era vergonhosa tal prática em seus dias.
Engana-se quem tenta trazer à reminiscência, que era comum e aceita, a prática de homossexualismo. Ao contrário, havia leis que proibiam tais práticas. As palavras homossexual e heterossexual trazem conceitos novos para nós, pois na língua grega antiga os termos homossexual e heterossexual não existiam. Eles usavam o termo kinaidos para descrever homossexuais e suas preferências. Kinaidos era compreendido como causador de vergonha.
Assim, senhoras e senhores, não se pode deixar implantar um novo marco da estrutura familiar sem antes consultar a sociedade, pois ela é legítima e competente para dizer se aceita ou não essa nova estrutura.
O Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos - PNCDH-LGBT, produzido pelo Ministério da Educação, não pode ser implantado sem antes haver um plebiscito nacional.
Os evangélicos são muito combatidos por defenderem seus princípios e os interesses da família. No entanto, a origem de toda a discussão sobre relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo não nasceu na religião, mas na própria sociedade. É sabido que aos interesses da minoria devem prevalecer os interesses da maioria, mas aquela não pode sobrepor-se ao interesse da maioria. Tem de haver harmonia, pelo que vejo. A sociedade não está nem estará pronta para aceitar o novo sistema e conceito familiar, que foge ao natural. Salta aos olhos observar tudo isso.
Entendemos, Sr. Presidente, que a família é a célula mater da sociedade. A família é a célula principal. A família deve ser preservada na sua essência".
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