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O Valor da Temperança

O Valor da Temperança


JEREMIAS – Esperança em Tempos de Crise
Lição 10 O Valor da Temperança
Por PR Manoel B. M. Júnior

Texto Áureo: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18).

Verdade Prática: A igreja de Cristo sempre primou pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente protesto contra as inconseqüências e vícios.

Leitura Bíblica em classe: Jeremias 35.1-5, 8, 18,19 ARC.


INTRODUÇÃO

Jeremias não hesitou em usar vários métodos para apresentar a verdade de Deus aos homens. Nesse caso, ele usou uma tribo inteira, cuja devoção peculiar aos ideais da família lhe permitiu apresentar uma verdade para o povo de Judá. O incidente não é datado. O que sabemos é que ocorreu durante o reinado de Jeoaquim. Uma data logo após a batalha de Carquemis se encaixaria muito bem aqui, visto que Nabucobonosor estava na região naquela época, e os Síros poderiam estar ativos naquele período da história. No entanto, uma data mais para o fim do reinado de Jeoaquim (cerca de 598 a.C.) deveria ser descartada, porque o rei da Babilônia capturou a cidade de Jerusalém em 597 a.C. A atitude dos recabitas nos deixaram um forte exemplo sobre o valor da temperança.

O que é temperança? Do Gr “enkrateia”, derivado de “kratos”, força ocorre em At 24.25; Gl 5.22; 2 Pe 1.6 (duas vezes), em todos esses textos sendo traduzido por “temperança”; “autocontrole” é tradução preferível, visto que a “temperança” esta limitada a uma forma de autocontrole; as várias capacidades concedidas por Deus ao homem são passíveis de abuso; o uso correto delas exige o poder controlador da vontade sob a operação do Espírito de Deus; em At 24.25, a palavra vem depois de Justiça, o que representa as reivindicações de Deus, sendo o autocontrole a resposta do homem a ela; 2 Pe 1.6, a palavra vem depois de ciência (ou conhecimento), sugerindo que o que se aprende deve ser posto em pratica.

I. A ORIGEM DOS RECABITAS

1. Sua origem.

Os recabitas eram nômades, provavelmente descedentes de Recabe (1 Cr 2.55). Como tribo do deserto eles adoravam o Senhor e habitaram junto com os israelitas durante o êxodo (Jz 1.16). O antepassado dos recabitas fora Jonadabe, que, para resistir como nômade ao culto de Baal -ligado à vida dos agricultores fixados na terra e aos habitantes das cidades-disciplinara o seu povo a não cultivar vinhedos nem a construir casas, proibindo-lhes, assim, que bebessem vinho. Deveriam manter a austeridade da vida nômade. Sendo uma tribo quenita, haviam-se ligado a Israel. A chegada dos babilônios empurrara-os para dentro da cidade.

2. Seu relacionamento com Israel.

Acredita-se que Jonadabe, filho de Recabe é o pai espiritual dessa tribo, visto que suas idéias os tornaram ilustres. Foi ele quem os consolidou em um grupo unido de moradores do deserto que destacaram a vida agrícola de Canaã. Jonadabe é mencionado em 2 Rs 10.15-25 como um partidário de Jeú, rei de Israel. “Logo depois, Jonadabe, que era um homem de bem e seu velho amigo, veio procurá-lo e louvou-o por haver fielmente cumprido as ordens de Deus, exterminado toda a descendência de Acabe. Jeú disse-lhe que subisse ao seu carro para acompanhá-lo a Samaria e ter a satisfação de constatar que ele não perdoaria a um só dentre os maus, mas faria passar a fio de espada todos os falsos profetas e sedutores do povo, que o levavam a abandonar a Deus para adorar falsas divindades, pois nada poderia ser mais agradável a um homem de bem como ele que ver sofrerem os ímpios o casti¬go que merecem. Jonadabe obedeceu, subiu ao carro e foi com ele a Samaria” ( JOSEFO Flavio, História dos Hebreus cap. 6 pg 442).

3. O encontro dos recabitas com Jeremias.

Deus instruiu Jeremias para ir à casa (acampamento) dos recabitas e levá-los à Casa do Senhor e oferecer-lhes vinho para beber. O profeta procurou o líder da tribo e, em dado momento, persuadiu todo o grupo a acompanhá-lo ao Templo. Os homens citados nos versículos 3-4 não são mencionados em outro texto da Bíblia, exceto Maaséias, identificado como um sacerdote em Jr 29.25. Jeremias descreve o local da câmara para onde os levou Jr 35.4, para que o leitor saiba que esse acontecimento ocorreu abertamente, diante dos oficiais do Templo, diante dos olhos do povo de Jerusalém. Essas câmaras eram edificadas ao redor dos pátios do templo, servindo em parte como depósitos e em parte como residência para os sacerdotes. Compare com 1 Cr 9.27; Ezequiel 40.17; Neemias 10.37-39. Dentro da sala Jeremias colocou vasilhas cheias de vinho, com taças, diante dos recabitas, e disse-lhes: “Bebei vinho” Jr 35.5.

II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS

Os recabitas souberam honrar e obedecer as recomendações de Jonadabe a não cultivarem vinhedos nem construírem casas como também a não se embriagarem com bebida forte. Em meio à apostasia de Israel Deus usou o exemplo dos recabitas para transmitir uma lição e uma mensagem.

1. A abstinência de bebidas fortes.

Os recabitas não só recusaram-se a beber, mas resolutamente apresentam suas razões para uma total abstinência. Eles disseram a Jeremias que Jonadabe, dois séculos antes, tinham lhes ordenado para não beberem vinho Jr 35.6, edificar casas (9), semear sementes (7), ou plantar vinhas, mas, em vez disso, deveriam habitar em tendas e viver como nômades. Eles completaram sua resposta dizendo: “Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai (10).

2. Peregrinações.

Eles disseram a Jeremias que estavam em Jerusalém somente temporariamente com medo do exército dos caudeus e [...] dos siros (11). Quando passasse o período de emergência, eles voltariam ao deserto novamente. No deserto estariam livres de toda e qualquer cultura pecaminosa que pudesse contaminá-los podendo exercer sua fidelidade a Deus e aos seus princípios.
3. Honravam a tradição de seus antepassados.

Durante 250 anos, eles foram fiéis a uma legislação feita por homens, sem beber vinho, nem semear vinhedos, nem construindo casas, mas vivendo em tendas. Se os recabitas se conformavam com um juízo humano, quanto mais deveria o povo de Judá obedecer a Deus, quem repetidamente enviara seus profetas para adverti-los contra a servidão aos ídolos? Em contraste com a maldição de Deus que estava sendo enviada contra Jerusalém, os recabitas seriam abençoados.

III. O EXEMPLO DOS RECABITAS

A presença de um grupo como esse na área do templo certamente geraria surpresa e chamaria a atenção das pessoas em Jerusalém, e Jeremias aproveitou a oportunidade para anunciar a mensagem de Deus ao povo. Por meio de uma narrativa ele chamou a atenção para fidelidade e obediência dessa família à ordem de seu antepassado. Jeremias procurou falar à consciência de Judá em relação à condição espiritual patética do povo, resultando sua infidelidade às exigências de Deus. Os recabitas não deixaram de obedecer à ordem de seu pai embora já estivesse morto havia dois séculos e meio, mas, apesar do fato de Deus ter constantemente enviado profetas (15) para lembrar seu povo, Judá o havia esquecido. Os recabitas obedeceram os seus antepassados de maneira que Deus usou este exemplo para levar o povo de Judá a refletir em sua própria situação tolhida e distanciada do Senhor. com sons fortes Jeremias convoca o povo ao arrependimento: “Convertei-vos” (15). As perspectivas para Judá eram severas, mas para os recabitas eram favoráveis: “Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante minha face todos os dias” (19). O exemplo dos recabitas foi o instrumento de louvor para o Senhor.

CONCLUSÃO

Deus prometeu recompensar essa tribo do deserto, não por causa de seus caminhos peculiares ou praticas devotas, mas porque sua fidelidade em relação aos preceitos do seu pai era uma censura à infidelidade e falsidade em qualquer situação. A fidelidade deles ficará gravada para sempre nos anais da literatura bíblica como um exemplo vivo de uma completa que Deus procura no homem. Conta-se que mesmo nos nossos dias existem povos beduínos do Oriente Médio que vivem de acordo com o princípio de Jonadade.

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