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A graça divina e a frieza espiritual das igrejas

A graça divina e a frieza espiritual das igrejas


O problema principal da Igreja hoje não é a falta de oração, de estudo da Bíblia, de fé ou de dedicação. O problema é mais profundo. Algo tornou-nos tão fracos, que não queremos orar, ou ler a Bíblia. Eliminou-se, de nós, o entusiasmo pelas coisas de Deus.

Onde está o problema? Quando o cerne do Evangelho não é bem entendido ou bem ensinado, o esgotamento espiritual alcança-nos mais cedo ou mais tarde. Os sintomas deste esgotamento são Igrejas sem nenhum entusiasmo; Igrejas que não refletem o amor de Deus, pois nunca o experimentaram de verdade; igrejas onde Cristo está do lado de fora.

O que aconteceu? Onde se perdeu o fabuloso legado espiritual, que deveria chegar até nós, já que, por ele, foi pago um alto preço na cruz e um alto preço pelos milhares de mártires, mortos por amor de Cristo?

No princípio da história da Igreja, ocorreram dois graves desvios que alcançaram até a Igreja de hoje:


1) O Cristianismo como religião e não como relacionamento com CristoJesus Cristo debateu veementemente o farisaísmo, pois eles ensinavam ao povo que deveriam buscar a aceitação de Deus, mediante méritos pessoais. As palavras mais duras de Jesus foram dirigidas aos fariseus, pois uma carga muito grande estava sobre o povo, dificultando o acesso dos mesmos a Deus. E Jesus debateu esse desvio, pois Ele sabia que ao longo da história da sua Igreja, muitos ficariam no meio do caminho por causa do cansaço espiritual.

Jesus ensinava ao povo que eles eram livres para amar a Deus, e que o Evangelho era simples:...“amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.” Não ao legalismo, não à religiosidade. "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados que eu vos aliviarei...”.

Se alguém encara a vida com Deus entendendo que precisa fazer de tudo para agradá-LO; que precisa trabalhar muito no Reino para tirar um sorriso dos lábios do Senhor; que precisa melhorar o desempenho espiritual visando garantir um terreninho no céu... Saiba que todo esse sacrifício é vão!

A graça é tudo de maravilhoso que poderia acontecer para o ser humano. É de tirar o fôlego! Estamos livres para amá-LO. Não precisamos, desesperadamente, buscar agradar a Deus, pois Ele morreu por saber que nós NUNCA conseguiríamos agradá-LO por nós mesmos. Por causa da cruz, somos declarados puros, diante de Deus, mesmo não o sendo. Fantástico! O esgotamento espiritual vai embora, se as pessoas souberem que Deus quer um coração conquistado, por essa graça, não um coração ansiando arrumar um jeito de escapar do inferno.

Este é o primeiro desvio que têm minado a Igreja de Cristo hoje. O legalismo dos fariseus alcançou-nos, afastando-nos do entendimento do puro Evangelho.

2) A graça foi barateadaO teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer nos sinaliza o segundo desvio sério que alcançou a Igreja de hoje. A graça foi barateada. Que é graça barata? É a pregação do perdão sem arrependimento, graça sem cruz, graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado, graça sem discipulado. Significa justificação do pecado e não do pecador. Graça sem preço, sem custo.

O que é graça preciosa? É o tesouro por amor do qual o ser humano sai e vende tudo o que tem com alegria; é o amor tão intenso a Jesus Cristo pelo qual, o ser humano arranca o olho que o faz tropeçar; é o chamado de Jesus, pelo qual o discípulo larga suas redes e o segue. É preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. É preciosa por ter custado a Deus a vida de seu Filho. “Vocês foram comprados por preço”. É preciosa porque não pode ser barato a nós aquilo que custou caro a Deus.

Com a expansão do Cristianismo e a secularização crescente da Igreja, a consciência da graça preciosa perdeu-se gradualmente. Tornou-se barata. O mundo estava cristianizado, a graça passou a ser propriedade comum de um “mundo cristão”. Mas a Igreja católica, ainda bem, manteve o monasticismo, pois nele se mantinha viva a consciência da preciosidade da graça. Por amor de Cristo, homens e mulheres abandonavam tudo quanto possuíam. Mas a vida monástica era uma coisa para poucos, não para a massa do povo cristão. Era duro demais. Passaram a serem encaradas essas duas esferas de obediência cristã: uma mais severa e outra mais branda.


Qual o erro do monasticismo e onde ele se distanciou do Cristianismo? Não foi no caminho do discipulado rigoroso e na tentativa de obediência perfeita, mas foi por deixar-se transformar ele próprio na realização excepcional, voluntária, de uns poucos, reivindicando, assim, mérito especial para si. A mudança tinha que acontecer nos recônditos mais íntimos do ser e não em demonstrações superficiais.

Esse desvio tem minado a vida da igreja, pois ela não passa apenas de uma opção morna, enfraquecida, que nos constrange ao lembrarmos-nos dos milhares de cristãos que morreram porque entendiam que ser cristão significava renúncia, significava morrer por Cristo. Tudo infinitamente mais do que encontrarmos com os irmãos, uma vez por semana, para reclamarmos do Pastor e da vida medíocre que levamos no Reino.

Não estejamos no time de cristãos que, por não compreenderem a graça, pensam que precisam se superar para agradar a Deus. E também não fiquemos entre aqueles que pensam que tudo já foi feito na cruz e por isso podem levar uma vida onde a convivência com o pecado é tranquila, sem crise. Fiquemos no ponto de equilíbrio, caro leitor, o qual a graça o alcançou e é preciosa demais, pela qual, por amor, você é impulsionado a largar tudo por Jesus e dizer, sem titubear: “Já estou crucificado com Cristo e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20).



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