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Lição 6 - 08 de agosto de 2010 - Profetas Maiores e Menores

Lição 6 - 08 de agosto de 2010 - Profetas Maiores e Menores
TEXTO ÁUREO
"E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras"
(Lc 24.27).

VERDADE PRÁTICA
Embora sejam classificados em maiores e menores, os profetas do Antigo Testamento foram todos, de igual modo, inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo de Deus.

HINOS SUGERIDOS 259, 306, 499

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 3.3 - Citação de Isaías em o Novo Testamento
Terça - Mt 16.14 - Menção de Jeremias no Evangelho
Quarta - Mt 24.15 - Menção de Daniel pelo Senhor Jesus Cristo
Quinta -Mt 12.39-41 - Jonas é mencionado por Jesus
Sexta - At 2.16 - O profeta Joel é mencionado em Atos
Sábado - Lc 24.44 - Os Santos Escritos de todos os profetas formam um só corpo literário




LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 9.25-29



INTERAÇÃO
Professor, o objetivo da lição de hoje é despertar em seu aluno a atenção para a organização do texto bíblico. A Bíblia e, particularmente os livros proféticos, tem uma ordem sistematizada que ajuda a entender os seus respectivos contextos. Deus inspirou os profetas a falar a sua verdade. As verdades de Deus em muitas ocasiões são repetidas por distintos profetas (Os contemporâneos Sofonias e Jeremias, por exemplo, chegaram a profetizar acerca do mesmo tema). Compreendendo a organização dos livros proféticos e, consequentemente, de toda a Bíblia, o seu aluno terá uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos.


OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


Explicar a interpretação apostólica na citação de Oseias e Isaías.
Classificar os livros proféticos da Bíblia.
Conscientizar-se de que conhecer a organização dos livros da Bíblia é requisito básico para o aprofundamento do conhecimento bíblico.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, faça um esquema na lousa ou reproduza cópias, conforme o quadro da estrutura da Bíblia Hebraica. Explique aos seus alunos a importância de compreender a ordem dos livros proféticos (e também os demais). É possível você constatar em sua turma alguns alunos com dificuldades de manusear os livros da Bíblia. Utilizando o índice bíblico, proponha-lhes um exercício: destacar os grupos de livros do Antigo e Novo Testamentos. Depois, incentive-os a fazerem um plano de leitura anual da Bíblia. Você pode achar esses planos em diversas Bíblias ou em livros do gênero. Boa aula!


COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Todos os profetas, tanto os pré-clássicos como os clássicos, têm a mesma autoridade divina e igualmente falaram em nome do Senhor. Os chamados clássicos são os profetas literários, divididos em dois grupos: Maiores e Menores. A lição de hoje apresenta um breve estudo do texto da Leitura Bíblica em Classe e, em seguida, uma explanação acerca de dois grupos dos livros proféticos em consideração.



I. OSEIAS - O PROFETA MENOR
1. Oseias em o Novo Testamento. É sabido que a "Bíblia" dos tempos do Novo Testamento consistia exatamente no que hoje conhecemos como o Antigo Testamento. Por isso, o apóstolo Paulo fundamentava sua pregação e seu ensino na Lei e nos Profetas e dizia que não pregava outra coisa senão o que "os profetas e Moisés disseram que devia acontecer" (At 26.22). No texto de Romanos 9, por exemplo, o apóstolo dos gentios cita o nome de Oseias (v.25a) e faz referência ao texto do profeta (Os 2.23).
Note na Leitura Bíblica em Classe que, em seguida, o apóstolo Paulo cita outro profeta, Isaías. Algo que chama a atenção é o fato de o apóstolo citar os dois profetas exatamente na ordem em que se encontram em nossa Bíblia: Oseias, o primeiro dos Profetas Menores e Isaías, dos Maiores.
2. A vocação dos gentios prevista em Oseias. A história deste profeta, como já foi dito na segunda lição, é um dos casos raros em que a condição pessoal do profeta serviu para retratar a mensagem divina; é o que chamamos de "oráculo por ação". Sua história dramática é conhecida por todos os que leem a Palavra de Deus. Até mesmo os nomes de seus filhos descreviam a situação do relacionamento entre o Senhor e Israel. Lo-Ami, terceiro filho de Gomer, mulher do profeta Oseias, era ilegítimo, pois ela havia adulterado (Os 1.8,9). Esse nome significa "não-povo-meu", isto é, "não és meu filho".
Assim como o adultério rompe os laços matrimoniais, Israel, por causa de sua infidelidade a Deus, havia quebrado o concerto divino firmado no Sinai. Entretanto, a profecia contempla um fim glorioso para Israel: "[...] a Lo-Ami direi: Tu és meu povo!" (Os 2.23). É exatamente essa a mensagem que o apóstolo aplica aos gentios que se convertem mediante o evangelho de Cristo: "Chamarei meu povo ao que não era meu povo" (Rm 9.25).
3. A interpretação apostólica. Assim como os hebreus desviados dos dias de Oseias ofereciam sacrifícios aos deuses falsos, os gentios adoravam aos ídolos. Tais cultos eram, na verdade, oferecidos aos demônios (1 Co 10.20). Entretanto, Deus mudaria a sorte de "Lo-Ami" (nesse caso, a utilização de seu nome consiste em uma sinédoque representando Israel), pois "no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo" (Os 1.10). Da mesma forma, Paulo interpretou o texto de Oseias, declarando que o Senhor Deus igualmente mudou a condição dos gentios que se converteram à fé cristã: "Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo" (v.26).


SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O livro de Oseias tem sua autoridade escriturística reconhecida pelo apóstolo Paulo, que vê neste livro prevista a vocação dos gentios como povo de Deus.


II. ISAÍAS - O PROFETA MAIOR
1. Explanação apostólica (v.27). O apóstolo Paulo aplica a profecia de Isaías acerca do remanescente fiel aos judeus de sua geração, porque apenas uma minoria deles veio a crer em Jesus. A explanação apostólica tem sua razão de ser. O profeta Isaías, preanunciando a destruição do Reino do Norte pelos assírios, destaca "os resíduos" de Israel (Is 10.20), que, sendo poupados por Deus, viriam posteriormente a se converter (v.21). Em outras palavras, a maior parte daquele povo ia perecer (Is 10.22).
2. O cumprimento das promessas de Deus (v.28). Na realidade, não somente o versículo 28, mas toda esta seção (vv.27-29) demonstra que o cumprimento das promessas do Senhor é um fato. Contudo, este se concretiza no tempo de Deus, e não o contrário. Assim, a despeito de a rejeição de Israel a Deus ser uma realidade e a aceitação da mensagem de salvação pelos gentios ser um fato observável, as promessas do Senhor para os judeus não falharam. O profeta fala de uma parte de Israel que será salva, ou seja: o remanescente fiel.
3. A graça de Deus prenunciada por Isaías (v.29). No versículo 29, o apóstolo Paulo volta a citar o profeta messiânico, fazendo alusão a Isaías 1.9. Ele faz coro com o profeta, reconhecendo que se não fosse a misericórdia de Deus, o remanescente de Israel teria desaparecido da terra assim como aconteceu com Sodoma e Gomorra. O apóstolo Paulo está, com isso, advertindo os judeus a reconhecerem a graça de Deus e a converterem-se ao Senhor, a fim de serem salvos (Rm 3.9,23,30; Gl 3.22).


SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O profeta Isaías é referido pelo apóstolo como autoridade escriturística em relação à rejeição de Israel.



III. CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS
1. Os Profetas Maiores. É uma designação utilizada para identificar o primeiro conjunto de cinco livros dos profetas. Eles são chamados de "maiores" por causa do volume do seu conteúdo literário. Os três mais volumosos são Isaías, Jeremias e Ezequiel. Apesar de o livro de Lamentações conter apenas cinco capítulos e o de Daniel doze, ambos pertencem ao grupo dos profetas maiores.
2. Os Profetas Menores. São os doze livros que sucedem os profetas maiores: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Apesar de ser doze o número de livros, todo o material literário dos profetas menores é considerado como um só livro no cânon judaico. A designação deve-se ao seu pequeno volume literário em comparação aos de Isaías, Jeremias e Ezequiel, e não quanto à qualidade da inspiração divina.
3. A autoridade do ministério profético do Antigo Testamento na Nova Aliança. O apóstolo Paulo citou Oseias e Isaías, reconhecendo a inspiração e a autoridade divinas de ambos. Eles clara e distintamente ouviram a voz de Deus, tendo plena consciência da revelação recebida do Senhor por intermédio do Espírito Santo.
Todos eles foram impelidos pelo Espírito do Senhor para declarar os oráculos divinos ao povo. Alguns dos profetas menores foram contemporâneos dos maiores, como Oseias, Amós e Miqueias, que viveram na mesma época de Isaías. Os últimos dias da vida de Sofonias, por exemplo, coincidiram com os primeiros de Jeremias. Seus temas foram os mesmos, porquanto profetizaram a respeito do Messias, de Israel, das nações vizinhas e da justiça social.
As Escrituras Sagradas não fazem distinção entre os dois grupos. Com exceção de Lamentações, Ezequiel, Obadias e Sofonias, que não são citados diretamente em o Novo Testamento (apesar de haver no texto neotestamentário inúmeras reminiscências de tais livros), todos os demais livros são citados diretamente pelo Senhor Jesus e pelos seus apóstolos. Seis deles são citados por nome: três Maiores: Isaías (Mt 3.3), Jeremias (Mt 2.17) e Daniel (Mt 24.15); e três Menores: Oseias (Rm 9.25), Jonas (Mt 12.39-41) e Joel (At 2.16). Uma curiosidade é que depois do livro dos Salmos, Isaías é o mais citado em o Novo Testamento.


SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A Escritura Sagrada classifica os livros proféticos em dois grupos: maiores e menores, que têm sua autoridade escriturística reconhecida por Jesus e seus apóstolos.


CONCLUSÂO
Os livros dos profetas menores não são secundários, nem os dos maiores mais importantes. Todos são inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo. Sem eles, jamais viríamos a entender o plano de Deus para Israel, para os gentios e para a nossa vida em particular.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliográfico
"Os Profetas Escritores
Os profetas são divididos entre "profetas escritores", cujas mensagens estão preservadas como livros do AT, e 'profetas oradores', cujo ministério é descrito, mas não fizeram nenhuma contribuição ao cânon. A importância de um profeta na história não pode, entretanto, ser medida por essas categorias. Elias e Eliseu são profetas oradores. Contudo, esses dois, com sucesso, resistiram aos vigorosos esforços de Acabe e Jezabel em substituir Yahweh por Baal como deidade 'oficial' de Israel (1 Rs 16; 2 Rs 10). As obras dos profetas escritores são divididas em duas categorias. Há os profetas maiores, cujas obras são especialmente longas e, os assim chamados profetas menores, cujos trabalhos são menores"
(RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005, p.405).



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Estrutura dos livros
"O Antigo Testamento é a primeira das duas principais partes da Bíblia, e contém 39 livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é padronizada, aqui, no Ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos, siríacos, nestorianos, que incluem os livros apócrifos, e em alguns casos os pseudígrafos. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados de forma diferente [vide o arranjo dos livros dos profetas no cânon judaico no esquema da orientação didática].


Sua Mensagem
O assunto do Antigo Testamento é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um compêndio sistemático da fé de Israel em Deus, cujo clímax dessa revelação é Jesus (Jo 1.18). Toda a história do Antigo Testamento mostra como Deus operou no processo da redenção humana. Registra o relacionamento de Deus com o homem até que o plano de redenção fosse realizado na cruz do Calvário.
Como os primeiros cristãos viam o Antigo Testamento? Era aceito como coletânea de livros inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em Jesus. O Novo Testamento apresenta com muita frequência o Antigo Testamento como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4).


VOCABULÁRIO
Cânon Judaico: 24 livros agrupados em Lei ou Instrução, Profetas e Escritos.
Reminiscência: Memória, recordação.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003.

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