Vão aos estádios nas quartas, sábados e domingos, mas não pisam o pé na igreja;
Não se importam se pegaram o pior lugar nas arquibancadas, mas reclamam se chegam num culto lotado e não encontram assento;
Gritam gol da forma mais histérica possível, mas não glorificam a Deus nem em pensamento;
Brigam com o próprio time quando erra, mas não se arrependem de quando eles mesmos erram contra o próximo...
Sabem de cor as escalações do 1 ao 11, mas não sabe onde ficam os livros de Naum, Filemon e Rute;
Arrepiam-se quando chegam perto do “camisa 10” do seu time, mas não valorizam a história dos heróis da fé;
Gostam de depreciar os torcedores rivais, mas não ligam se o seu irmão na fé é zombado;
Inventam quaisquer desculpas para as derrotas dos seus times, mas não sabem defender as doutrinas bíblicas;
Compram ingressos caríssimos para ver um duelo futebolístico, mas falam mal e não contribuem com as ofertas nas igrejas;
E seguem torcendo fanaticamente por estes times (até porque, cá pra nós, parece que quanto pior o time é, mais fanáticos ficam os seus torcedores).
Mas o pior é quando usam a Bíblia para “defender” suas equipes. Em Pernambuco, por exemplo, usam, para o Sport, Provérbios 30.30; para o Náutico, Sl 91.13; para o Santa Cruz, o bordão “a igreja é santa (Efésios 5.27), devemos ser também”.
Isso chega ao cúmulo, é verdade. Só esperamos não ver ninguém propalando estes versículos para defender seus times de coração.
Ressalto que não estou aqui demonizando a prática do esporte, como muitos ultra-radicais fazem. Mas trago à reflexão esta mistura que os crentes têm feito, amando mais os seus clubes do que a Deus (Dt 6.5).
As coisas mundanas, como sabemos, sempre envolvem as forças satânicas para terem sucesso. Por isso, sejamos piedosos, vigilantes, sóbrios, e lembremo-nos de que “os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências." (Gl 5.24)
[Em tempo: antes que rubro-negros verberem aqui, não defendemos nenhum dos três grandes times recifenses]
A-BD