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ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA

ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA
Texto Áureo: Jó 14.7 - Leitura Bíblica em Classe: Jr.30.7-11.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar aos crentes que aqueles que esperam nos Senhor terão suas forças renovadas, e, mesmo como uma árvore cortada, poderá, ao seu tempo, frutificar.

INTRODUÇÃO
O julgamento sobre Judá seria inevitável. Diante da calamidade, o profeta teria motivos para desesperar-se. Mas, conforme estudaremos na lição de hoje, ele adotou uma atitude de esperança. Nos dias atuais, veremos, nesta aula, que, do mesmo modo, temos fundamentos, em Cristo, para esperar um futuro promissor.

1. O DESESPERO JUDAICO
O capítulo 30 de Jeremias, de acordo com alguns estudiosos, destaca o período próximo ao exílio, por volta do ano 587 a. C. A calamidade já havia se instaurado sobre a nação e o povo havia perdido a esperança. O profeta que até então havia vaticinado o julgamento, passa, nesse momento, a mostrar que ainda há esperança. Ele destaca que o cativeiro servirá de lição para aqueles que se distanciaram do Senhor (Jr. 30.1-3). O tempo de angústia, na condição profética, nunca é o fim, mas um prelúdio para dias melhores que virão no futuro (Am. 5.19,20; Sf. 1.14-18). O Israel de hoje já começa a desfrutar das promessas que alcançarão sua plenitude durante o Milênio, no qual Cristo estará reinando com Sua igreja (Ap. 20.2-7). Por esse tempo, todas as profecias elencadas no Antigo Testamento, que dizem respeito a Israel, se cumprirão. Já temos atualmente um Estado de Israel, criado, maravilhosamente, em um só dia (Is. 66.8). No dia 14 de maio de 1948 a criação desse Estado foi proclamada. O povo judeu passou por muitos sofrimentos ao longo da sua história. Um dos mais marcantes foi o da perseguição durante o período da Segunda Guerra Mundial. Hitler exterminou mais de 6 milhões de judeus. Mas esse povo não foi esquecido de Deus, há promessas que se cumprirão no futuro (Rm. 11). Haverá o dia no qual eles reconhecerão que Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e, então, a redenção judaica será plena, essa é a esperança do povo judeu.

2. O DESESPERO HUMANO
O desespero, entretanto, não é uma especificidade dos judeus. A sociedade moderna está toldada por esse sentimento. As pessoas não sabem mais em quem ou em que esperar. Os sonhos da humanidade, de certo modo decorrentes do período pós-guerra, esmaeceram. As expectativas de progresso se dissiparam com a explosão das bombas atômicas da Guerra. O ser humano perdeu a esperança no próprio homem, e o mais triste, no próprio Deus. A voz do desespero humano pode muito bem ser ecoada a partir das reflexões do filósofo Nietzsche. Ele entendeu que estávamos diante de uma geração anticristã. Ele mesmo constatou a morte de Deus, isto é, que a humanidade não mais vivia a partir dos pressupostos cristãos. Testemunhamos, como resultado do desespero humano, a angústia e mais uma série de mazelas que acompanham a sociedade. Não há mais absolutos, por esse motivo, todos vivem a partir de um relativismo extremado. Cada um faz o que pensa e o que acha que é melhor para as suas vidas. Como Deus está “morto”, cada um tenta dar sentido à sua vida a partir da esfera material. Nunca o ser humano valorizou tanto o material em detrimento do espiritual. O dinheiro – Mamon – está entronizado no coração das pessoas. A depressão tornou-se uma mal recorrente que se alastra em todas as camadas sociais. A morte tornou-se um fim em si mesmo, a existência humana está reduzida ao corpo físico, que, neste contexto, se transformou em objeto de culto. A eternidade dura apenas enquanto o corpo consegue se manter saudável e com boa aparência. Alguns filósofos recentes retrataram com maestria essa condição, dentre eles destacamos Jean Paul Sartre e Albert Camus. Entre eles, um cristão, Soren Kierkegaard, lançou, no absurdo da fé, o escape contra o desespero.

3. A ESPERANÇA CRISTÃ
A esperança cristã, no entanto, não se fundamenta no absurdo, mas na confiança no Senhor (Mt. 12.21; Rm. 15.12). Seguindo a instrução de Paulo, nós, os cristãos, diferentemente da sociedade moderna, não devemos pôr nossa esperança na riqueza (I Tm. 6.17). Antes na ressurreição do Senhor Jesus, por meio do qual podemos enfrentar o futuro com confiança (Rm. 8.24,25; I Co. 15.19). Tal expectativa (Hb. 11.1) fundamenta-se em Deus (I Tm. 4.10) e no Senhor Jesus Cristo (I Pe. 1.13). A esperança do Cristo é a alegria da glória (Rm. 5.2), pois essa jamais nos desapontará (Rm. 5.5). A esperança cristã está direcionada para o futuro, para o que não se vê, pois quando já vemos, a esperança perde sua razão de ser (Rm. 8.24). A grande esperança da igreja é a volta de Cristo (Tt. 2.13), a ressurreição dos mortos (At. 23.6), a salvação eterna (Rm. 8.20,21; Gl. 5.5; Ef. 1.18; Tt. 1.2; 3.7). Quando isso acontecer, estaremos com o Senhor, a esperança da glória (Cl. 1.27; I Tm. 1.1). A esperança cristã está alicerçada nas Escrituras (Rm. 15.4), por meio do sacrifício de Jesus (I Pe. 1.3,21) e pela presença do Espírito Santo (Rm. 5.5). Deus requer, dos cristãos, que se revistam da esperança (I Ts. 5.8) e, ao mesmo tempo, que estejam prontos a partilhá-la com os outros (I Pe. 3.15).

CONCLUSÃO
Aqueles que se distanciam do Senhor, de fato, não têm motivos para ter esperança (Ef. 2.12). A igreja, porém, mesmo diante do desespero, tem fundamento para esperar. Isso porque antes de partir, disse Jesus aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jô. 14.1-3). Eis o fundamento da esperança cristã.

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

JEREMIAS: DESCREVENDO O PROFETA VERDADEIRO E O PROFETA FALSO

JEREMIAS: DESCREVENDO O PROFETA VERDADEIRO E O PROFETA FALSO
• Profeta verdadeiro

A primeira pessoa a quem a Bíblia chamou de profeta (em hebraico nãbbi) foi Abraão (Gênesis 20.7; Salmo 105.15). Mas profecia do Antigo Testamento recebeu normatização na vida e na pessoa de Moisés, que através de seu ministério constituiu o padrão comparativo a todos os profetas que vieram a existir depois dele (Deuteronômio 18.15-19; 34.10).
Existem três vocábulos hebraicos que encontramos na Bíblia para descrever o profeta. São nãbbi, rõ'eh e hõzeh. O primeiro é geralmente traduzido ao português como profeta. O segundo termo é um particípio ativo do verbo “ver”, e é traduzido como “vidente”. O terceiro, não tem sido traduzido por um termo em português equivalente e distinto dos outros, sendo vertido por profeta (Isaías 30.10) ou por vidente (1º Crônicas 29.29).
A derivação do termo nãbbi pode ser traçada até uma raiz etimológica acadiana, aludindo à natureza da pessoa do profeta como um alguém que chama e que também é chamado, isto é, chamado por Deus e chamando todos à comunhão com Deus.
No Antigo Testamento, os profetas apresentavam-se aos seus contemporâneos como homens que tinham uma palavra a dizer. O oráculo falado era a forma pela qual a mensagem de Deus era expressada. Cada profeta tinha a liberdade de deixar a marca da sua personalidade e experiência nas suas palavras.
• Falso profeta

No capítulo 28 do livro de Jeremias encontramos o confronto do profeta verdadeiro com o profeta falso. Jeremias era o profeta verdadeiro enquanto que Ananias era a figura do falso. Como foi possível distinguir quem era o verdadeiro porta-voz do Senhor? A questão da discriminação de profetas não é acadêmica, porém, é de suma importância ter a capacidade de diferenciá-los. E isto é possível através do Espírito Santo.

Em Deuteronômio 13 encontramos fundamentos para discernir. A essência do profeta falso é que ele convida o povo a seguir outros deuses (versículo 2), incita os israelitas à rebeldia contra quem os libertou da escravidão no Egito (versículos 5 e 10).

Jeremias (23.9, 10-14, 17) também traz o mesmo raciocínio: o profeta falso é homem de vida imoral, alguém que não está disposto a colocar barreiras que impeçam a imoralidade na vida alheia, sua mensagem tende a ser pacífica, pois procura falar o que seus ouvintes mais desejam ouvir.

Em constraste disso, o profeta verdadeiro conclama o povo a viver em santidade, pois é compelido pelo Espírito a proferir mensagens de juízo contra o pecado (23.29). No entanto, é necessario esclarecer que os profetas autênticos também entregam mensagens de paz. Existem ocasiões em que a paz é a mensagem de Deus para seu povo, isto ocorre nas ocasiões em que a santidade se sobrepõe ao pecado.

•Falsos profetas no século 21
Nos dias de hoje, podemos discernir quem são os profetas do Senhor analisando se existe ou não o fruto do Espírito na vida deles.

O apóstolo Paulo mostra claramente que quem pratica as obras da carne não está caminhando no Espírito.

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” - Gálatas 5.19-23.

Além deste texto, é possível avaliar se um profeta é falso ou não através da instrução do apóstolo Tiago, que nos descreveu o que vem a ser a sabedoria de Deus na Dispensação da Graça. O porta-voz do Senhor age de acordo com sabeboria divina.

“Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” - Tiago 3.13-17.

Segundo Tiago, o profeta de Deus é uma pessoa que sempre prega a Palavra de Deus de maneira imparcial, não faz uso dela para defender interesses pessoais, de amigos ou de sua classe ou instituição.

E.A.G.

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O conteúdo deste artigo é uma compilação feita a partir do Novo Dicionário da Bíblia – volume 3, quarta edição (Edições Vida Nova).

Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição O - O poder da Verdadeira Profecia.

Este texto está liberado para uso, desde que citados nome do autor e o endereço (HTML) deste blog.

O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA

Lição 08
O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA
Texto Áureo: Is. 8.20 - Leitura Bíblica em Classe: Jr.28.5-12,16,17.

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Alertar aos cristãos quanto ao uso apropriado do dom de profecias, bem como a utilizar os critérios bíblicos para julgar as falsas profecias.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos a respeito do valor da verdadeira profecia. Para tanto, definiremos, no início do estudo, a profecia bíblica. Em seguida, contextualizaremos o texto bíblico em foco, que aponta Hananias como um falso profeta. Essa análise servirá na análise das falsas profecias. Ao final da lição, abordaremos o uso do dom espiritual da profecia na igreja.

1. DEFININDO A PROFECIA BÍBLICA
No Antigo Testamento, a palavra profecia é naba, cujo sentido primário é “anunciar” ou o de “ser chamado”. O fenômeno da profecia não se limitava a Israel, já que os profetas de Baal, no Carmelo, também profetizaram (I Rs. 19.29). Mas tais profecias não tinham o aval divino. O Deus de Israel chama seus profetas para denunciar os erros dos governantes, ainda que esses tenham o apoio de falsos profetas ( I Rs. 22.1-28). Os profetas Jeremias e Ezequiel também se posicionaram contra aqueles que profetizavam de acordo com os intentos pessoais (Jr. 14.14-16. Ez. 11.4; 13.2). Diferentemente dos falsos profetas, o verdadeiro profeta não fala de si mesmo, mas em nome do Senhor. Para evitar que o povo fosse conduzido pelo engano, fazia-se necessário testar as profecias, avaliar se as palavras provinham do Senhor (Dt. 18.21,22; 13.1-3) e se a vida do profeta condizia com o que proclamavam (Jr; 23.9-13). No Novo Testamento, a profecia, propheteia em grego, é uma predição a respeito do futuro, ainda que, em sentido amplo, se refira a todo e qualquer anúncio feito a partir de Deus (Ap. 19.10; 11.6). Há citações constantes, ao longo do Novo Testamento, às profecias do Antigo Testamento (Mt. 13.14; II Pe. 1.10,20; Jd. 14). João Batista (Lc. 1.76) e Jesus (Mt. 21.11; Jo. 4.44) são reconhecidos como profetas. Mas existem outras menções a profetas no Novo Testamento, tais como Judas e Silas, que encorajavam os irmãos (At. 15.32) e Ágabo que predizia o futuro (At. 21.10,11).

2. HANANIAS, UM FALSO PROFETA
Jeremias, por volta do ano 594 a C., teve um encontro com um falso profeta que estava animando e consolando o povo, com palavras de paz. Seu nome era Hananias e se destacava por não levar a sério a proclamação de juízo de Jeremias. O Profeta estava ciente da verdade em suas palavras, pois havia sido o próprio Senhor que havia falado. O cumprimento cabal da mensagem profética iria demonstrar, àquele falso profeta e a todo o povo descrente, que Deus velava pelas suas palavras para cumpri-las. A resposta de Jeremias, à incredulidade do falso profeta, foi sarcástica, disse ele: “Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, que profetizaste, e torne ele a trazer os utensílios da casa do Senhor, e todos os do cativeiro de Babilônia a este lugar” (v. 6). Dentro de poucos dias o povo de Judá estaria debaixo do jugo de Nabucodonozor, o rei da Babilônia. Aqueles que falam em nome do Senhor, em conformidade com a Sua Palavra, não precisam se exasperar, basta apenas esperar, pois passará os céus e a terra, mas não a Palavra que o Senhor falou (Mc. 13.31). No caso específico de Hananias, sua incredulidade resultou em ruína e sua morte foi iminente. O julgamento imediato de uma pessoa, com a morte imediata, como aconteceu com os seguidores de Coré (Nm. 16), Uzá (II Sm. 6), Hananias (Jr. 28.17), Pelatias (Ez. 11.13) e Ananias e Safira (At. 5.1-11) não pode ser generalizada, mas também não pode ser descartada, pois o Senhor, em Sua soberania, age como quer. Essa verdade deve motivar à obediência, afinal, “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb. 10.31).

3. O DOM ESPIRITUAL DE PROFECIA
Em I Co. 14 Paulo elenca os dons espirituais que atuam na igreja, com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Dentre eles o da profecia, o qual recebe certa singularidade, haja vista sua função espiritual, comparada a de falar línguas, uma vez que quem fala línguas edifica apenas a si mesmo, e quem profetiza edifica toda a igreja (I Co. 14.1-4). Ainda assim é necessário que o dom profético seja manifestado com decência e ordem. Entre os que profetizam apenas dois ou três podem falar, e devem saber que a profecia está sujeita a julgamento. Como os bereanos, os crentes, na igreja, devam julgar a profecia à luz da palavra de Deus (At. 17.11). Isso porque existem profecias que partem dos próprios sentimentos humanos (At. 21.4,12). Alguns princípios devam ser observados em relação ao dom de profecia: 1) qualquer crente que tenha experimentado o enchimento do Espírito pode profetizar (At. 2.16-18); 2) a igreja não deve ter o dom profético como infalível (I Jô. 4.1; I Ts. 5.20,21); 3) toda profecia precisa ser avaliada pela Palavra de Deus e contribuir para a santificação da igreja; e 4) a direção do Espírito, através da profecia, é dada à igreja (I Co. 12.11). Portanto, urge que a igreja valorize os dons espirituais, principalmente o da profecia. Nesses tempos materialistas, há igrejas que não mais se importam com os dons espirituais. A esse respeito é válida a recomendação de Paulo: “Não extingais o Espírito” (I Ts. 5.19). Mas é preciso também atentar para o fruto do Espírito, pois o amor é o caminho sobremodo excelente (I Co. 13) e o andar no Espírito uma instrução para todo crente (Gl. 5.22).

CONCLUSÃOExistem profecias que são falsas e verdadeiras. O Espírito Santo, porém, não é Deus de confusão. Por essa razão, não precisamos fugir das profecias dadas pelo Senhor. Antes devemos buscar com zelo os dons espirituais, dentre eles o de profetizar. Em relação às falsas profecias, como Jeremias, precisamos estar atentos à voz de Deus. Quando conhecemos a revelação de Deus, as profecias falsas são facilmente identificadas. As profecias verdadeiras, por sua vez, atuam poderosamente sobre a igreja, exortando, consolando e edificando os crentes (I Co. 14.3).

BIBLIOGRAFIAHARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

A Santificação (Esboço EBD)

A Santificação (Esboço EBD)



A Santificação: Santificação, santidade e consagração são sinônimos.
Para alcançarmos a santidade, sermos santos, precisamos manifestar alguns tópicos:

1. Separação> A santidade representa o que está em Deus, que O torna separado de tudo que é terreno e humano; Sua absoluta perfeição moral e Sua majestade divina; quando Ele deseja usar algo tem, este algo precisa estar santo.
2. Dedicação> Essa é a condição do crente, dedicar-se a se separar do pecado e do mundo e ser consagrado a Deus; tudo que fazemos sendo puro e agradável é e deve ser dedicado a Deus.
3. Purificação> As coisas que são dedicadas ao Senhor precisam ser limpas e tem que estar limpas. Limpeza é uma condição de santidade, ou purificação. Objetos inanimados foram consagrados para serviço de culto a Deus (Ex 40.9-11) unção do azeite; santificação pelo sacrifício de bezerros com sangue (Ex 24.8). Os sacerdotes foram santificados com azeite, água e sangue (Lv 8.10). Na nova aliança, para uma santificação é necessário um sacerdócio espiritual (I Pe 2.5); pela mediação do filho (I Co 1. 2, 30; Ef 5.26; Hb 2.11); por meio da palavra (Jo 17.17; 15.3); do sangue (Hb 10.29; 13.12) e do espírito (Rm 15.16; I Co 6.11; I Pe 1.2)
4. Consagração> Vida Santa e Justa. Justiça (I Jo 3.6-10): Vida regenerada conforme a lei divina. Santidade: Vida regenerada em conformidade com a lei divina, dedicado ao serviço divino, o que pede a remoção de qualquer mancha ou sujeira que obstrua esse serviço (I Pe 1.15). Após a consagração de Israel, como agora santos poderiam viver? Seguindo as leis de santidade (Lv 11 - 15), viver em santidade foi uma consequência da consagração. Conosco é a mesma coisa (Hb 10.10), aqueles que são santos, são exortados a seguir a santidade (Hb 12.14); aqueles que foram purificados (I Co 6.11), são exortados a purificar a si mesmo (II Co 7.1)
5. Serviço> Servir a Deus num relacionamento santo, significa ser sacerdote, ou seja, prestar serviço a Deus. Da mesma forma, nós fomos consagrados por Cristo e pela nova aliança passamos a ser sacerdócio real .. (I Pe 2.9). O serviço é elemento essencial na santificação, somos adoradores e através disso pertencemos a Deus. Santificação envolver ser possuído por Deus e servir a Ele. A santificação é absoluta e progressiva: Absoluta porque a obra já foi feita (Hb 10.14) e progressiva porque o cristão deve perseguir a santidade (Hb 12.14), aperfeiçoando a consagração pela limpeza de seu ser (I Co 7.1). A santificação também é posicional, pois é primeiramente uma mudança de posição, passando de pecador para adorador; também é prática, porque exige uma maneira reta de viver.
Um bom exemplo de morte para o pecado e ressureição para uma vida nova e eterna é o batismo por imersão nas águas. A imersão significa a união com Cristo na Cruz para a morte do pecado, e quando levantado, uma vida nova (Rm 6.4). Mesmo com uma vida santa haverá tentação externa e interna, por isso a necessidade da vigilância (Gl 6.1; I Co 10.1,2), a carne é fraca, e o cristão pode ceder pois está sendo provado (Gl 5.17), contudo ele pode resistir e vencer a tentação (Tg 4.7; Rm 6.14; I Co 10.13), pode estar sempre cheio de frutos de justiça (I Co 10.31; Cl 1.10), pode possuir a graça e o poder andando em comunhão (Ef 5.18; I Jo 1.7), pode ter a purificação constante (Fp 2.15; I Ts 5.23)

Misª Mylle Carneiro
'Santificai-vos!'
yssá adonay panav elecha,v´assém lecha shalom.
o Senhor sobre ti levante o teu rosto,e te dê a paz

EBD Esboço da Lição - Davi e sua Vocação

LIÇÃO 07 - O CUIDADO COM AS OVELHAS - Rede Brasil de Comunicação

Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PESuperintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 07 - O CUIDADO COM AS OVELHAS

INTRODUÇÃO

O profeta Jeremias chamou os líderes de Israel de “pastores” em virtude dos mesmos terem a função de guiar e cuidar do povo Deus, que é chamado de rebanho do Senhor. Infelizmente, a liderança em Israel estava vivendo em grande corrupção; por isso, o povo não foi conduzido “às águas calmas e tranqüilas” como diz o rei Davi no Salmo 23; mas foram levados à idolatria e a outros graves pecados que acarretaram terríveis conseqüências. É por isso que o Senhor Deus, o Verdadeiro Pastor de Israel, repreende veementemente através de Jeremias os líderes daquela época que encaminharam o povo a toda sorte de pecado.

I - O QUE É UM PASTOR

O termo vem da palavra hebraica, raah que figura por setenta e sete vezes no Antigo Testamento, onde tem o sentido de “pastor” (Gn 49:24; Êx. 2:17,17; Nm 27:17; Sl 23:1; Is 13:20; 31:4; 40:11; Jr 6:3; Ez 34:2-10;Am 1:2; Zc 10:2,3). No Novo Testamento, a palavra grega para pastor é “poimén” vocábulo que ocorre dezoito vezes: Mt. 9:36; 25:32; Mc 6:34; 14:27; Lc 2:8,15,18,20; Jo 10:2,11,12,14,16; Ef. 4:11; Hb 13:20; 1 Pe 2:25). No sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida do rebanho de ovelhas. Juntamente com a profissão de agricultor, é a mais antiga profissão do mundo. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31:10; Ez 34:2), que procuravam as ovelhas perdidas (Ez 34:12) e que livravam de animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas (Am 3:12). No Antigo Testamento a figura do pastor é bem presente, pois boa parte dos principais líderes de Israel eram pastores:Abraão, Isaque, Jacó (Gn 13:7; 26:20; 30:36; 37:22); Moisés (Ex 3:1), Davi (1 Sm 16:11). Parece que a profissão de pastor era uma excelente preparação para ser um dos líderes de Israel (Am 1:1). Com base nessa idéia de que o pastor é o líder do rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel. Jacó se dirigiu a Deus dessa forma nos dias que antecederam sua morte (Gn 48:15). Davi chamou a Deus de seu Pastor (Sl 23) e Asafe também o fez (Sl 80:1).

II - OS PASTORES DE ISRAEL

2.1. No A.T. - Os líderes de Israel no Antigo Testamento (composto por Reis, Sacerdotes e Profetas), especificamente nos dias do Profeta Jeremias, foram chamados de pastores. “…contra os pastores que apascentam o meu povo…” (Jr 23.2). Observe que o termo “apascentam” usado neste versículo mostra claramente que eles estavam em pleno exercício de suas funções a eles delegadas.
Só que a prática de cada um deles eram totalmente contrárias a vontade de Deus em relação ao rebanho. Vejamos a atuação de cada um desses grupos que foram denominados pastores:
Os Reis - A justiça não era mais prática da monarquia; em seu lugar estava a violência, a injustiça, a extorsão e a opressão; isso fica nítido quando Deus declara através de Jeremias: “Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar” (Jr. 22.3). Logo após, impõe uma condição ao Rei de Judá: “…se deveras cumprirdes esta palavra..” (Jr.22.3). Caso ele não ouvisse a voz do Senhor o palácio real se tornaria uma assolação. “… que esta casa se tornará em assolação” (Jr.22.4).
Os Sacerdotes - foram coniventes com as práticas idólatras do povo, não ensinaram a lei de Deus, antes usaram de falsidade vivendo de forma dúbia. “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.” (Jr 6.13). O exercício das ministrações dos sacrifícios e ofertas tornaram-se meros rituais vazios e sem significado espiritual para o povo.
Os profetas - Estes que tinham por função primeira ser porta-voz de Deus tornaram-se adeptos de Baal: “…e os profetas profetizavam por Baal, e andaram após o que é de nenhum proveito…” (Jr 2.8). Ludibriam o rebanho do Senhor com a falsa promessa de que o Templo os protegeriam independentes de suas ações. A situação deles era tão pecaminosa que Deus os chamou de moradores de Sodoma e Gomorra (Jr 23.14).

Os Pastores de Israel que Deus levantou para guiar e apascentar o seu povo deveriam fazer parte do governo teocrático (Deus liderando por meio dos seus escolhidos). No entanto, rebelaram-se contra o Senhor da pior forma, além de pecar, induziram ao erro e destruíram o rebanho do Senhor. “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor” (Jr 23.1). Nos versículos posteriores, o verdadeiro Pastor, se apresenta para trazer de volta as suas ovelhas que foram dispersas por aqueles que deveriam zelar pelo rebanho.
Não obstante a omissão e desleixo dos líderes de Israel, o profeta se refere ao Senhor como o pastor que protege seu rebanho (Jr 31:10), o profeta Isaías o descreve como o pastor que alimenta o povo de Israel ( Is 40:11) e Ezequiel descreve-o como o pastor que busca pelas ovelhas de seu rebanho (Ez 34:12).
2.2.No N.T. - Seguindo o contexto judaico, os escritores do Novo Testamento descrevem como o Senhor Jesus como um Pastor. Assim, Jesus é bom pastor porque deu sua vida por suas ovelhas (Jo 10:2,11,14,16), e como todo bom pastor Ele separa as suas ovelhas dos bodes, assim como faz o pastor (Mt 25:32); e ele sofreu por suas ovelhas como faz um bom pastor (Mt 26:31).
Entretanto em termos eclesiásticos, o pastor é o supervisor do rebanho. Sua principal função é administrar a Igreja de Cristo (1 Pe 5:1-8), cuidando do rebanho (Hb 13:7), sendo o principal exemplo para as ovelhas que recebeu do Senhor, nosso Sumo Pastor (Hb 13:17). Deve ser irrepreensível, governar bem a sua casa, um homem que vive uma vida de santidade e que dá sua vida pelas ovelhas ( Ver epístolas pastorais I e II Tm e Tito).

III - ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VEDADEIROS PASTORES

Os Pastores tinham um papel vital para guiar a nação em direção a Deus; caso contrário, os desvios e erros dos sacerdotes seriam copiados pelo povo. Por essa razão é que o Senhor se importava tanto com a liderança do seu povo. A cobrança e as exigências para com os líderes do povo eram muito grandes.

Como os pastores da época do profeta Jeremias se desviaram e cometeram várias levianidades, o povo seguiu seus seus maus exemplos: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr 5.31). Todas as classes designadas por Deus em Israel para estarem à frente do povo haviam se desviados. A responsabilidade maior eram desses pastores, o juízo para esses eram certos. Assim, Israel foi destruído porque lhes faltou os verdadeiros pastores que ouvissem a voz de Deus e ensinassem a justiça aos filhos de Israel.
A misericórdia de Deus é tão grande que ele promete resgatar as ovelhas que foram dispersas: “E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.” (Jr. 23.3). Aqui está o verdadeiro Pastor de Israel, mostrando que ele não desiste de suas ovelhas, pois o verdadeiro pastor :
a - Instrui as suas ovelhas com a sua palavra e o seu exemplo, e as guia (Jo 10:7);

b - Vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem , o que indica comunhão e comunicação (Jo 10:3,4);
c - Guia o rebanho tanto nesta vida como em direção a vida eterna (Jo 10:4,10,17 e 28).
d - É o exemplo moral das ovelhas e vai adiante dela (Jo 10:4).
e - É inteiramente devotado ao seu rebanho e dá a própria vida pelas suas ovelhas (Jo 10:11).
f - Garante a segurança do rebanho, tanto agora como para toda eternidade, mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai com quem Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no que diz respeito aos seus desígnios (Jo 10:27-30).

IV - OS DEVERES DAS OVELHAS.

As ovelhas possuem características que nos servem de exemplo: são mansas e vivem em grupos. Isso nos fala de paz com Deus e consigo mesmo e de união entre os irmãos. Também tem privilégios, como por exemplo: elas não constroem o próprio aprisco, esta função cabe ao pastor; o rumo certo ao local com pastagens e águas e a proteção contra os perigos diurno como noturno é de responsabilidade de seu dono. O Senhor Deus, o nosso Sumo Pastor, é quem criou a igreja, nos dá a direção certa para uma vida consagrada a Ele e é Ele quem nos guarda de todos os males. Todavia, as ovelhas também tem deveres com o seu Pastor e são justamente esses deveres que identificam se a natureza é de ovelha.
Uma verdade marcante é que a ovelha conhece a voz de seu Pastor. Jesus disse: “…e elas ouvirão a minha voz…” (Jo 10.16).
A palavra “ouvir”, neste texto, não quer dizer um simples escutar, mas obediência naquilo que a voz do pastor transmite. Assim, fica evidente que o primeiro dever da legítima ovelha é: obedecer. A Bíblia nos declara: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas…” (Hb 13.17). O sentido da palavra obediência, desprendido desses textos, mostra se a nossa natureza é mesmo de ovelha e se pertencemos ao aprisco do Sumo Pastor. (1Pe 5. 1 - 4).

Outro dever é honrar os Pastores: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.” (Hb 13.7). Honrar é considerar em alta estima os fiéis servos do Senhor a quem Deus confiou esta tão grande responsabilidade. Quando se honra os pastores está também honrando a Deus que os chamou para essa função.

CONCLUSÃO

Os Pastores da época do profeta Jeremias, falharam porque não se deixaram apascentar pelo Verdadeiro Pastor de Israel. Antes, apascentaram a si mesmo, e dessa forma dispersaram as ovelhas do Senhor e destruíram o rebanho que não lhes pertenciam. A conseqüência disso foi o castigo decretado sobre a nação Israelense. Diante do juízo iminente sobre o povo, o amor do Sumo Pastor é revelado quando ele promete resgatar as ovelhas dispersas e levantar pastores comprometidos com Deus e o rebanho. “E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor” (Jr.23.4).

REFERÊNCIAS

Bíblia de Aplicação Pessoal - C.P.A.D
Jeremias e Lamentações - Introdução e comentário - R.K.Harrison Editora Vida Nova
Dicionário Teológico - Claudinor Correia de Andrade - CPAD.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Champlin, Vol. 5 - Hagnos
Antigo Testamento comentado e interpretado, Champlin,vol. 7 - Hagnos


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O cuidado com as ovelhas



por Francisco A. Barbosa

I. INTRODUÇÃO

No geral, é dever do pastor dirigir a Igreja Local e cuidar de suas necessidades espirituais. Em Atos 20.28-31, estão discriminadas algumas atribuições específicas do pastor, tais como: apascentar a Igreja, refutar heresias doutrinárias e exercer vigilância contra pretensos opositores.
A figura do pastor é primordial para que a Igreja alcance seus propósitos, devendo o mesmo ter como modelo o próprio Jesus Cristo, qualificado como ‘o Bom Pastor’, ‘o Grande Pastor’ e ‘o Sumo Pastor’ (Jo 10.11,14; 1Pe 2.25; 5.2-4). Quando o pastor negligencia seu chamado ou o exerce de maneira desleixada, acontece o mesmo que houve com os reis, profetas e sacerdotes, os quais deveriam apascentar o povo de Deus e guiá-los aos ‘pastos verdejantes’, negligentes e irresponsáveis, perverteram o ‘direito e a justiça’ e o povo afastou-se de Deus. Jeremias foi chamado para protestar contra esse descaso dos que deveriam pastoreá-los e ao invés disso, regalavam-se em suas riquezas e abastanças, menosprezando as necessidades do povo. Esta lição é mais um brado de Deus para nós, a fim de protestarmos contra o descaso com que alguns tratam o redil que Deus lhes confiou! O Sumo Pastor espera que nenhuma de suas ovelhas se perca (Am 3.12). “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ec 12.11. REFLEXÃO  

II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É UM PASTOR
Pastor é o ministro religioso da Igreja Protestante ou Igreja Evangélica. Dependendo da posição e da denominação, ele pode ser chamado de pastor (na maioria das igrejas), presbítero, missionário, bispo (em Igrejas Luteranas, Anglicanas e Pentecostais). Paulo afirma que uma Igreja Local poderia ser dirigida por uma equipe de pastores (confira: At 20.28; Fp 1.1). Dependendo do ramo da Igreja, a função do pastor é desempenhada pelo presbítero ou bispo. Há situações no Novo Testamento onde esses termos parecem ser sinônimos (ver: At 20.17,28; 1Tm 3.1,5; e Tt 1.5,7).No Novo Testamento, o pastor é o administrador do redil de Cristo (1Pe 5.1-8). Sua função é conduzir os santos ao Senhor Jesus, dispensando a estes os meios da graça. O ministério pastoral tem sua origem no coração de Deus (Ef 4.11). É Ele quem vocaciona homens para exercerem tão nobre tarefa.
1. Obrigações do pastor. A função do pastor numa igreja é apascentar (cuidar), de acordo com o dom dado por Cristo (Ef 4.11), para que haja o aperfeiçoamento dos membros do Corpo de Cristo (Ef 1. 22, 23). Esse dom tem como principal manifestação o amor altruísta (Jo 21.17). É o responsável pela intercessão e instrução do povo (At 6.4). Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, os mercenários geram ovelhas dependentes e seguidoras deles próprios. Pastores constroem vínculos de interdependência, mercenários aprisionam em vínculos de co-dependência. ‘Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.’ (Mt 7.15, versão católica). O pastor deve apascentar e guardar cada uma das ovelhas que lhe confiou o Sumo Pastor. SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. OS PASTORES DE ISRAEL
O comentarista centraliza o papel de pastores no Antigo Testamento nos reis, profetas e sacerdotes, mas esse trabalho de apascentar era mister de todo pai de família, era ele o responsável para ensinar os filhos ‘para que guardem o caminho de YAWEH, para agirem com justiça e juízo’. Assim, o ensino da Palavra de Deus aos filhos deve ser uma tarefa prioritária dos pais, partir do lar, ensinando os filhos a temer ao Senhor, a andar em todos os seus caminhos, a amá-lo de todo coração. “Devemos manter nossos olhos em Cristo, nosso supremo Senhor que, ao contrário dos líderes humanos, nunca mudará.” Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal -
REFLEXÃO
1. Os reis.
Após a morte de Josué e dos anciãos, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). Para apascentar o povo e governar a nação como juízes ou libertadores, Deus levanta homens e mulheres que julgavam em conformidade com a lei de Moisés. É digno de nota o mais antigo ‘tribunal de pequenas causas’ estabelecido por anciãos da cidade, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade (Dt 16.18). A monarquia, foi uma concessão de Deus (1Sm 8.7;12.12) em atenção ao desejo do povo. Quando a coroa era posta na cabeça do rei, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2Sm 5.3; 1Cr 11.3).
2. Os sacerdotes.

Oficiais escolhidos para se aproximar de Deus e ministrar em favor do povo. São os responsáveis para oferecer os sacrifícios divinamente ordenados por Deus, para executar os diferentes ritos e cerimônias referentes à adoração a Deus, e por ser um mediador entre Deus e o homem. Os seus deveres estavam divididos em funções – Serviço, Ensino, e Oração: a) o primeiro era ministrar no santuário, que nesta época era o tabernáculo, mas quando Israel se tornou uma nação povoada foi o templo; b) Em segundo, os sacerdotes eram responsáveis para ensinar ao povo a lei de Deus; c) Por fim, quando a nação buscava a Deus, eram os sacerdotes que oravam pedindo direção. “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.” (Mt 21.13). Em todas as épocas do Templo parece ter havido um desvio da função precípua: servir de casa de oração. Jesus cita parte da perícope de Jr 7.11 para expor os pecados dos líderes judaicos de seus dias. Hoje temos o púlpito sendo profanado como meio de autopromoção social, lucro financeiro, diversão ou show artístico. Jeremias foi ousado denunciando estas profanações e o padrão de vida ímpia e corrupta dos sacerdotes que ao invés de pastorearem o rebanho de Deus, puseram-se a apascentar a si próprios (Jr 2.8). (Leia Ezequiel 34).
3. Os profetas.
Durante o período da monarquia e da divisão dos reinos, Israel tornou-se cada vez mais idólatra e desobediente ao SENHOR. YAWEH, então, enviou profetas para que alertassem e exortassem o povo a guardar a aliança feita no Sinai. Os reis, sacerdotes e profetas eram negligentes e não apascentavam o povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VERDADEIROS PASTORES
Ninguém gosta de admitir que está errado, é humilhante saber que por muito tempo creu-se em uma doutrina herética. Para a liderança judaica contemporânea de Jeremias assim como para as lideranças atuais que estão desvirtuados da pureza da doutrina do evangelho, não estavam trilhando por um caminho errado. Quando Jeremias colocou-se à entrada do Templo e denunciou os abusos, foi interpretado como herege e inclusive sentenciado. Esse desvio não aconteceu de repente, foi paulatino, aos poucos, veio as misturas, os modismos, o desvio dos dízimos e das ofertas, o comércio, etc, etc. Ao invés de anunciarem a Palavra de Deus com pureza e conduzir o povo de conformidade com os preceitos divinos, desviaram-no com suas mentiras e falsidades. Conforme inferimos da passagem do capítulo 6 e versículo 14, os profetas e sacerdotes tentaram consolar ou curar o povo, mas o fizeram superficialmente, prometendo paz quando não havia paz. “Lamentavelmente muitos púlpitos estão assim nos dias de hoje. Ao invés de se pregar a urgência de um avivamento e a necessidade de se ter uma vida santa diante de Deus, os falsos mestres e profetas apregoam uma paz que não é paz, uma prosperidade que nunca foi prosperidade. E o resultado não poderia ser mais desastroso para o povo de Deus.” (Revista). E os escândalos se sucedem. Um atrás do outro. É normal que aconteçam? Por que estão acontecendo tantos escândalos entre os cristãos de todas as confissões no mundo inteiro? As centenas de casos de abuso sexual praticados por padres católicos denunciados maciçamente pela imprensa? Perseguição? A imprensa não cria fatos, ela noticia fatos. Pode ser tendenciosa, mas não cria fatos. “É impossível que não haja pedras de tropeço, mas ai daquele, por quem elas vêm!” Lucas 17.1 Versão da Sociedade Bíblica Britânica. O Mestre afirma que eles serão inevitáveis. Embora rejeitemos os escândalos e nos revoltemos contra eles temos que entender que eles vão ocorrer, mesmo contra nossa vontade ou querer. “Ai do mundo por causa dos tropeços! porque é necessário que apareçam tropeços; mas ai do homem por quem vem o tropeço!” (Mt 18.7) Versão da Sociedade Bíblica Britânica. Quantos prejuízos estes escândalos de abuso sexual estão trazendo ao Vaticano? É difícil entender porque Cristo disse que seriam necessários. Paulo lança luz à essa questão: “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.” (1Co 11.19) – ARA. Escândalos têm utilidades. O escândalo que aconteceu ou irá acontecer, soberanamente permitido pelo SENHOR, foi ou será “necessário”. Os pastores de Cristo devem conduzir o rebanho de acordo com as Sagradas Escrituras, levando a Igreja a uma vida de santificação e de pureza. SINOPSE DO TÓPICO (3)


IV. OS DEVERES DAS OVELHAS
“O pastor escolhe a trilha e prepara o pasto. A tarefa das ovelhas – a nossa tarefa – é observar e seguir o pastor.” Max Lucad – REFLEXÃO.
1. Honrar os pastores. Os pastores que são fiéis são exemplos dignos de fé perseverante para a igreja, que aprende a viver como Cristo viveu. Seu dever é disciplinar corrigir e treinar para o reino, com o objetivo de conduzir o povo à maturidade. Devemos honrar nossos pastores, acatar a disciplina e a correção recebida para que haja fruto de justiça. Haverá amadurecimento. Devemos honrar, considerar e imitar aqueles que Deus colocou à nossa frente para liderar-nos.

2. Obediência. Deve-se considerar a liderança da Igreja. Isso não significa uma obediência cega e inquestionável. O Novo Testamento enfatiza a necessidade de discernimento (1Jo 4.1), responsabilidade pessoal para com o SENHOR e submissão mútua (Rm 12.10 e 14.12). Deus não constituiu sobre a Igreja uma autoridade autocrática, dominadora, ainda que muitos tratem a Igreja como propriedade particular. Quando há fidelidade às Escrituras, devemos obedecer fielmente a cada instrução e cooperar para o desenvolvimento da Obra.
3. Contribuição à Obra de Deus. Hodiernamente vivemos dois contextos na Igreja Brasileira: a) Líderes que ultrapassam os limites das Escrituras e com astucia arrancam o último centavo dos fiéis, mercadejando o Evangelho oferecendo no balcão da fé a graça do Senhor; b) Crentes que amam mais o dinheiro do que a Deus e cerram o coração e o bolso, negligenciando a graça da contribuição, sendo infiéis na mordomia cristã. A contribuição à Obra de Deus deve ser pessoal, voluntária, generosa, sistemática e alegre. Embora não haja nenhum consenso na Igreja atual quanto à aplicabilidade dos princípios do Novo Testamento quanto ao dízimo – quanto à repreensão de Deus às coisas que devoram as finanças ou à provisão àqueles que dão fielmente – há uma concordância geral de que o Novo testamento nos ensina a cooperar financeiramente com a Obra do SENHOR. Ele é um Deus que se deleita em responder com graciosa provisão (Mt 6.25-34). As ovelhas têm deveres e compromissos para com os seus pastores. SINOPSE DO TÓPICO (4)


III. CONCLUSÃO)
Nesta lição, entendemos que Jesus é nosso modelo de pastor. Declarando-se o ‘Bom Pastor’, Jesus faz uma reivindicação messiânica. Como pastor, faz mais do que arriscar sua vida, suportando a morte no lugar dos pecadores. Nossos líderes devem ser um reflexo daquilo que Jesus representa como Sumo-Pastor: sacrifica-se por suas ovelhas demonstrando seu amor e cuidado que Ele tem por seu povo; é vigilante, cuidadoso e amoroso. Muitos têm ‘construído’ seu ministério, ocupam posição de liderança não por vocação, mas por apadrinhamento. Não poucos têm comportado-se como mercenários, que pensam apenas em si mesmos e em como manter sua posição social em detrimento do cuidado com as ovelhas. Ser pastor é ser um administrador do rebanho de Cristo; quando o rebanho não tem pastor, o povo é destruído. O líder precisa cuidar das ovelhas de Cristo, de acordo com o que prescreve o Sumo Pastor. Sua função é conduzir os santos ao Senhor Jesus, dispensando a estes os meios da graça. O ministério pastoral tem sua origem no coração de Deus (Ef 4.11). É Ele quem vocaciona homens para exercerem tão nobre tarefa. Não é desejo de Deus um governo autoritário, dominador, autocrático, como muitos se apresentam, tratando o Corpo de Cristo como propriedade particular. Cabe a nós, a fidelidade aos nossos pastores, não cegamente , mas com discernimento (1Jo 4.1), responsabilidade pessoal para com o SENHOR e submissão mútua (Rm 12.10 e 14.12).


APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos voltar à Bíblia para redescobrirmos o que significa ser pastor. Escrevendo aos pastores do primeiro século, o apóstolo Pedro disse: ‘Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas antes, tornando-vos modelo do rebanho’ (1 Pe 5.2,3). Esta lição é útil tanto para a liderança quando para os fiéis, afinal, todos – pastores e fiéis – são ovelhas do mesmo Pastor. Paulo usa uma expressão perturbadora que deve inquietar nossa mente (Líderes e fiéis): “Sede meus imitadores como eu também sou de Cristo.” (1Co 11.1 – ARA) Parece presunção e arrogância alguém declarar isso. Se vindo de Paulo, é fácil, ele tem credenciais para isso. Mas, o desafio é diferençar como alguém, com minhas credenciais, consegue fazer tal afirmação? Seria presunção nossa fazer uma afirmação destas? Mas se não tenho coragem de afirmar que sou imitador de Cristo, a quem imito então? O Salmo 115 diz que aqueles que fazem, confiam e adoram ídolos tornam-se semelhantes a eles. Refletimos aquilo que adoramos! O problema maior da idolatria não são os ídolos, mas a descaracterização daquilo para o que fomos criados: refletir a glória de Deus. O problema de Judá desvencilhar-se de YAWEH e seguir outros deuses não era a idolatria ou as falsas divindades em si, mas o fato de rejeitarem refletir a glória de YAWEH! Paulo escrevendo a carta aos Romanos descreve com clareza alarmante o estado deplorável dos homens que trocaram a glória de Deus e passaram a adorar outros deuses, ídolos e a si mesmos. Esses homens, assevera Paulo, perderam o juízo, a sanidade, tornaram-se loucos, insensatos, desumanos, depravados e perversos, isto é, passaram a refletir aquilo que adoravam. “É triste constatar que há muitos tirando proveito do rebanho de Deus. Usam da credulidade do povo para alcançar seus fins, nem sempre louváveis. Fazem promessas mirabolantes, que jamais poderão cumprir. Loteiam o céu, e vendem o que jamais podem entregar. Pedro denuncia os tais que prometem “liberdade, sendo eles mesmos escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo” (2 Pe.2:19). Infelizmente, o povo de Deus tem sido massa de manobra nas mãos desses homens inescrupulosos. O que nos consola é saber que um dia eles terão que prestar contas a Deus.” Hermes C. Fernandes.

“Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo” é a declaração daqueles que amam a Cristo, que seguem no caminho do discipulado, que não se interessam por nenhuma outra coisa que não seja ‘ter a mente de Cristo’, que não desejam nada a não ser a comunhão com a Videira Verdadeira. É chegado o momento de imitarmos o Sumo Pastor.
“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?
Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
  • Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
  • Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
  • Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
  • Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
  • Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
  • Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
  • Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
  • Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
  • Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
  • Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
  • Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
  • Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
  • Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
  • Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
  • Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
  • Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
  • Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
  • Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
  • Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
  • Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
  • Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
  • Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
  • Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
  • Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
  • Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
  • Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
  • Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
  • Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
  • Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
  • Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
  • Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
  • Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
  • Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
  • Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
  • Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
  • Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
  • Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
  • Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
  • Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
  • Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
  • Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
  • Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
  • Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
  • Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
  • Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).” (Copyright © 2006 Osmar Ludovico da Silva, publicado pela revista Enfoque Gospel, edição 54, 2006, www.revistaenfoque.com.br).

N’Ele,
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo

“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?

“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?
Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
  • Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
  • Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
  • Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
  • Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
  • Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
  • Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
  • Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
  • Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
  • Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
  • Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
  • Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
  • Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
  • Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
  • Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
  • Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
  • Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
  • Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
  • Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
  • Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
  • Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
  • Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
  • Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
  • Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
  • Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
  • Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
  • Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
  • Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
  • Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
  • Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
  • Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
  • Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
  • Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
  • Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
  • Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
  • Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
  • Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
  • Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
  • Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
  • Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
  • Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
  • Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
  • Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
  • Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
  • Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
  • Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).” (Copyright © 2006 Osmar Ludovico da Silva, publicado pela revista Enfoque Gospel, edição 54, 2006, www.revistaenfoque.com.br).

N’Ele,

Lição 07 - O CUIDADO COM AS OVELHAS

Lição 07
O CUIDADO COM AS OVELHAS
Texto Áureo: Jo. 10.11 - Leitura Bíblica em Classe: Jr.23.1-4; Jo. 10.1-5.

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Alertar os obreiros para o cuidado em relação às ovelhas de Cristo, o Bom Pastor, a fim de não serem envergonhados quando se apresentarem perante Ele.

INTRODUÇÃO
O pastorado moderno se transformou numa profissão. A maioria dos pastores atuais perdeu o senso de vocação. A lição de hoje visa corrigir esse equívoco, e mostrar que, já no tempo de Jeremias, existiam pastores que não apascentavam o rebanho. Em seguida, destacaremos algumas instruções às quais os pastores do Senhor devam atentar na condução das ovelhas. Ao final, apontaremos para Jesus, o Exemplo Maior de um Bom Pastor.

1. PASTORES QUE NÃO APASCENTAM
No Antigo Testamento, era o ra’ah, cujo sentido primário é o de “alimentar”, “dar pastagem”. Os pastores são os líderes de modo geral (I Rs. 22.17; Ez. 34.5; 37.24; Zc. 11.16; 13.7). Deus se revela, em Sl. 23.1; 80.1; Is. 40.11; Jr. 31.10, como o pastor de Israel. No Novo Testamento, pastorear vem de poimen, substantivo que significa, como em hebraico, “apascentar, alimentar”. Em Ef. 4.11, os pastores são apresentados como dádivas ministeriais de Cristo para a edificação da igreja. Infelizmente, nem todos os pastores se adequam ao modelo bíblico. Apascentam apenas a si mesmos, não têm qualquer cuidado pelo rebanho. Nestes dias difíceis, o pastorado está sendo confundido com uma profissão. Os pastores exploram as ovelhas, extorquem suas peles a fim de satisfazerem suas ganâncias pessoais. Os pastores de Judá, ao invés de darem o exemplo, tornaram-se falsos líderes (Jr. 23.1,8; 10.21). No tempo de Jeremias, os pastores não conduziram sabiamente o rebanho de Deus. Eles perderam a misericórdia e passaram a explorar as ovelhas. Os líderes, guiados pela idolatria, tornaram-se responsáveis diretos pelo julgamento iminente. O termo pastor, no contexto da passagem, se refere a toda liderança de Judá. Os reis, os sacerdotes e os profetas, todos eles deveriam se portar decentemente perante o povo, ele, no entanto, fizerem um pacto para desobedecer ao Senhor, e pior que isso, justificaram que tudo o que faziam era a vontade Deus. Hoje, do mesmo modo, há pastores que tudo fazem, até mesmo vão de encontro à Palavra de Deus, justificando que estão agindo em prol do “reino de Deus”.

2. O CUIDADO COM AS OVELHAS DO SENHOR
O pastor, de acordo com a própria etimologia da palavra, deve alimentar e proteger as ovelhas. O alimento que verdadeiramente nutre o rebanho é a Palavra de Deus. Infelizmente, os pastores estão substituindo essa refeição saudável por fast foods industrializados. Algumas igrejas evangélicas estão desnutridas, ainda que haja aparência de saúde. Isso porque os pastores não levam mais a palavra para os púlpitos. As mensagens de auto-ajuda, as histórias infundadas e os tristemunhos assumiram a proeminência na igreja. Para que o povo não se ausente da congregação, os pastores estão fazendo concessões. Alguns citam Paulo, dizendo que é preciso se fazer de tolo para ganhar a todos. O Apóstolo dos Gentios, no entanto, nunca abriu mão do genuíno evangelho. Na verdade, opôs-se frontalmente a todo evangelho que não fosse o de Jesus Cristo (Gl. 1.7-9). Os pastores que cuidam das ovelhas do Senhor devem, primordialmente, ter compromisso com a Palavra de Deus. Além disso, é preciso que amem o rebanho do Senhor, saibam, conforme revelou Paulo em Éfeso, que não são donos das ovelhas, por ainda que usem da autoridade, não podem ser autoritários. Um pastor que não ama tende a controlar as ovelhas pela força e, não poucas vezes, a exagerar na dose, supervalorizando o poder em detrimento do amor. O resultado são relacionamentos superficiais, fundamentados no medo e que, não poucas vezes, resultam em abuso espiritual, e não poucas vezes, em doenças psicossomáticas.

3. JESUS, O EXEMPLO DE BOM PASTOR
O pastor vocacionado por Deus segue o exemplo de Cristo, o Bom Pastor (Jo. 10.1-9). Os falsos pastores não entram pela Porta (Cristo), mas sobe por outra parte. O pastor comprometido com a obra é aquele que olha para Cristo, desejando glorifica-lo, fazendo tudo no poder que Ele outorga, pregando Sua doutrina, andando em Seus passos e se esforçando para conduzir os pecadores a Cristo. Os falsos pastores entram no ministério motivados por interesses mundanos e pela auto-exaltação, não pelo desejo de exaltar a Jesus. Esses conseguem arrebanhar uma multidão de incautas, pessoas simples que, por não conhecer a Bíblia, torna-se presa fácil dos seus caprichos. Mas não acontece assim com as ovelhas de Cristo, pois elas ouvem a Sua voz, e, diferentemente dos impostores, não são induzidos ao erro. A mensagem central do pastor de Cristo, não é ele mesmo, pois não depende do marketing pessoal, mas a Cruz de Cristo, sem a qual o evangelho se descaracteriza. Quando alguém encontra um pastor, nos moldes de Jesus, encontra a verdadeira liberdade. Isso porque um pastor segundo Cristo não põe fardos pesados sobre as ovelhas que ele mesmo não é capaz de carregar. Um pastor semelhante a Cristo não folga ao ver a ovelha errante pelo deserto, antes a busca amorosamente a fim de trazê-la ao aprisco.

CONCLUSÃO
Os pastores são dádivas de Cristo para a edificação da igreja. Mas nem todos os que se dizem pastores o são no sentido bíblico do termo. Um verdadeiro pastor busca, primordialmente, alimentar o rebanho. Os movimentos evangélicos modernos estão descaracterizando esse significado. Por causa disso, nos deparamos, nos dias atuais, com pastores que se ufanam em seus cargos, investem intensamente na auto-exaltação e cuidam apenas dos seus interesses. Diante de desmandos tais, convém, nesses últimos dias, orar para que o Senhor envie obreiros genuínos para a Sua seara, compromissados, sobretudo, com o Evangelho de Cristo.

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

Lição 04 - Chorando aos pés do Senhor

CHORANDO AOS PÉS DO SENHOR
Texto Áureo: Tg. 4.9 - Leitura Bíblica em Classe: Jr. 9.1-9.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Ressaltar que somente o quebrantamento, demonstrando em choro aos pés do Senhor, pode trazer um grande e singular avivamento.

INTRODUÇÃO
Jeremias é um profeta que sente as dores do seu povo. A mensagem de julgamento não o insensibiliza. Uma demonstração dessa sensibilidade profético-espiritual se encontra no capítulo que estudaremos na aula de hoje. Ele se derrama em lágrimas por causa da corrupção espiritual de Judá. Que essa aula sirva para despertar a igreja do Senhor para buscá-LO, em lágrimas, pranteando pelos pecados do povo, e pelos nossos próprios pecados.

1. O CHORO DE JEREMIAS
Essa é uma passagem comovente das Escrituras na qual Jeremias pranteia pelos pecados do povo. Ele prefere viver no deserto a ver as coisas degradantes que acontecem na cidade, mas ele havia sido chamado para permanecer ali e anunciar com ousadia a Palavra de Deus (Jr. 40.6). O profeta descreve os pecados das pessoas nos seguintes termos: “como um arco eles curvam a sua língua; falsidade é o seu arco. Eles foram bem sucedidos na terra, mas não no interesse da verdade. Vão de um mal a outro...”. Eis aqui mais uma demonstração de que prosperidade material nada tem a ver com espiritualidade. Por ser o povo escolhido por Deus (Ex. 19.4-6), Judá achava que o culto ritual seria suficiente para não passar por qualquer ameaça inimiga. Ao invés de atentarem para a responsabilidade da escolha, o povo vivia em ostentação e vanglória. Nós, os cristãos, não podemos esquecer que a justificação não nos isenta da responsabilidade para a santidade (Rm. 6.1-2). O arrependimento, para Judá, era dispensável, tanto João Batista (Mt. 3.7-10), quando Jesus (Jo. 8.33) e Paulo (Rm. 2-4) passaram por essa resistência, não será diferente conosco. Como Jesus, em Lc. 19.41 e Paulo, em Rm. 9.1-5, Jeremias chorou devido a condição espiritual do seu povo. Será que ainda existem pregadores que choram pelas almas perdidas? Existem lágrimas nos olhos dos pecadores, daqueles que sofrem nas mais diversas circunstâncias, mas onde estão as lágrimas das igrejas? O culto ao entretenimento também está invadindo muitas igrejas, os cristãos deixaram de considerar as sábias recomendações de Tiago: “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tg. 4.9).

2. A CALAMIDADE DE JUDÁ
A calamidade que sobrevirá sobre Judá causa emoções fortes em Jeremias. Ele consegue descrever a destruição da nação em cores vivas, destacando que as pastagens do deserto ficarão assoladas, onde antes o gado pastava (Ex. 3.1) e por onde vagavam aves e animais (4.25). Não muito em breve se encontraria apenas chacais em meio às ruínas em virtude da decadência espiritual (Jr. 9.7). Isso aconteceria porque o povo, em sua teimosia, não queria dar ouvidos à mensagem profética. Jeremias, corajosamente, denuncia a maldade dos pais que encorajam seus filhos a pecar, resultando em castigo (Ex. 20.5). Somente através do arrependimento e do reconhecimento da misericórdia e justiça de Deus o povo estaria seguro (I Co. 1.31; II Co. 10.17). O legalismo pode levar os cristãos à mesma situação. Como os crentes da Galácia, há quem despreze a verdade do evangelho pelas práticas religiosas (Gl. 1.7-9). A salvação não é pelas obras, mas pela graça, por meio da fé, não pelas obras para que ninguém se glorie (Ef. 2.8,9). Ainda que, já salvos, precisamos andar na luz, nas boas obras, para as quais fomos feitos no Senhor (Ef. 2.10). As boas obras do cristão são realizadas por meio do fruto do Espírito (Gl. 5.22). O fundamento é o amor, por meio do qual demonstramos que estamos verdadeiramente em Cristo (I Co. 13). A igreja cristã deva cultivar o amor, sem qual é impossível que haja unidade (Ef. 4.3). Em nossos dias, as pessoas não têm coragem de amar porque não têm coragem de sacrificarem-se (Jo. 3.16; I Jo. 3.16).

3. AOS PÉS DO SENHOR
Nos versículos 23 e 24 de Jeremias 9 está escrito: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Nestes versículos, encontramos os maiores valores dos tempos de Jeremias, ainda cultuados na sociedade moderna: conhecimento, poder e riqueza. Mas Deus não olha para uma nação atentando para a imponência das suas universidades, influência política ou armamentista ou seu desenvolvimento econômico. O interesse de Deus é que as pessoas se prostrem aos seus pés, que ajam com justiça, que demonstrem genuíno amor. É chegada a hora dessa nação se voltar para o Senhor nosso Deus. A educação é necessária ao futuro do país, mas não devemos buscar apenas um ensino com vistas à competitividade. É preciso que a educação invista na melhoria das vidas das pessoas, sobretudo com vistas à solidariedade, na diminuição das desigualdades sociais, na preservação do meio ambiente. A democracia é uma conquista que precisa ser preservada, mas pouco será feito enquanto os políticos não forem capazes de ter um espírito público, de buscarem o bem da nação e não o enriquecimento ilícito, a fim de satisfazerem interesses egoístas. A riqueza também precisa deixar de ser o valor máximo da sociedade contemporânea, o mercado não pode ser tratado como se fosse um deus. Enquanto estivermos dobrados aos pés de Mamon, será pouco provável que descubramos o valor de estar aos pés do Senhor. A maior glória que alguém pode buscar, em todo tempo, é a de servir a Cristo, e reconhecer que, nEle, somente nEle, encontramos a plenitude da vida. Quando isso acontecer, o conhecimento, o poder e a riqueza deixarão de ser o alvo neurótico da existência.

CONCLUSÃO
Quantos ainda estão dispostos a derramar suas lágrimas aos pés do Senhor pela nação? Infelizmente são poucos que ainda têm alguma sensibilidade espiritual. Estamos tão anestesiados pela competitividade e pela ambição que não conseguimos nos voltar para o próximo. O Senhor nos convida, neste tempo, a sentir a miséria do povo, a prantear por aqueles que se encontram distanciados da Palavra de Deus. A igreja tem um papel fundamental nesses últimos dias, e, cada cristão, precisa sentir-se responsabilizado e imbuído da tarefa profética de denunciar o pecado e conduzir o povo de volta aos caminhos do Senhor.

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

Chorando aos Pés do Senhor - Rede Brasil de Comunicação


Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 04 AOS PÉS DO SENHOR

INTRODUÇÃO

O povo de Judá havia cometido pecados gravíssimos e a justiça de Deus exigia que uma correção fosse aplicada naquele povo. O profeta Jeremias não se regozijou; pelo contrário, chorou e lamentou profundamente a situação moral e espirital que acarretava tão grande castigo. Vemos nesta atitude do profeta o reflexo do amor de Deus que não se alegra com a morte do pecador, mas no retorno do mesmo ao Deus vivo e santo (Ez 33.11). Outroshomens de Deus em momentos semelhantes aos de Jeremias como: Samuel, Oséias e Paulo também choraram. Assim como o profeta, devemos chorar e lamentar diante do Senhor pela nossa nação, que a cada dia afasta-se de Deus.

I - O LAMENTO DE JEREMIAS

Vamos fazer uma breve análise da situação espiritual do povo judeu e vejamos a que grau de rebeldia e desvio da verdade eles chegam. Foi exatamente isto que motivou a lamentação do profeta Jeremias. Um lamento de um profundo pesar que mostrava um homem que amava sua nação, mas entendia que o castigo era necessário por causa dos gravíssimos pecados do povo judeu.
Idolatria: “E edificaram os altos de Tofete, que está no Vale do Filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e a suas filhas, o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração.” (Jr. 7.31).
Injustiça social: “Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal.” (Jr.7.6).
Guiados por falsos profetas: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr.5.31).

1.1 - As Lágrimas do profeta Jeremias
“…Oh! se a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos numa fonte de lágrimas!.” (Jr 9.1). A tristeza era tão profunda que o profeta desejou que seus olhos se transformassem em uma fonte de água. Esta expressão é uma hipérbole1, que demonstra a grande angústia revelada por Jeremias ao estar ciente da terrível calamidade que abateria seu povo: Jerusalém seria transformada em um montão de ruínas (Jr 9.11); o povo judeu seria espalhado entre as nações (Jr 9.16); os campos de Judá teriam novos possuidores (Jr 6.11-13) e muitos seriam exterminados nas praças da cidade (Jr 9.21).
“Oh! se tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes …” (Jr 9.2). Embora Jerusalém fosse uma cidade próspera, rica e cheia de atrativos para se viver, ela tornou-se um lugar insuportável para o profeta Jeremias, em virtude do alto grau de corrupção espiritual. Melhor seria, desejava o profeta, estar em uma estalagem no deserto do que contemplar esta situação. No entanto, Deus permitiu que ele não só profetizasse, mas vivesse neste ambiente.
Jesus em oração pediu ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (Jo 17.15). Deus tem permitido estarmos num contexto semelhante ao do profeta Jeremias, para podermos chorar aos pés do Senhor pela nossa nação e por um avivamento verdadeiramente pentecostal, afim de sermos um referencial neste mundo tenebroso.

II - O LAMENTO DE SAMUEL

Na época de Samuel, o governo era teocrático, isto é, Deus liderava o povo por intermédio de juízes e sacerdotes. Samuel foi um deles; mas, quando estava velho, o povo exigiu um Rei. “E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações”(1Sm.8.5) .O povo rejeitou não somente Samuel, mas também rejeitou a Deus como seu Rei “… antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” (1 Sm 8.7). Pediram um governo semelhante ao das outras nações - nações estas que Deus havia falado que não andassem em seus caminhos (Js 23.7-8).
Samuel lamentou profundamente diante do Senhor; pois o povo que vivenciou grandes experiências com Deus como a vitória diante dos filisteus: “E sucedeu que, estando Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; e trovejou o Senhor aquele dia com grande estrondo sobre os filisteus, e os confundiu de tal modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel .” (1Sm.7.10). Agora, rejeita o Senhor que é a causa primeira de sua existência.

As nossas conseqüências são resultados das nossas escolhas: Trocar Deus pelo mundo é tornar-se inimigo d’Ele (;trocar o mundo por Deus é tornar-se Seu amigo (Tg 4.4). O sacerdote Samuel viu a terrível conseqüência da escolha feita por Israel, por isso lamentou e chorou diante do Deus vivo.

III - O LAMENTO DE OSÉIAS

O profeta Oséias exerceu o seu ministério profético no reino do norte (Os 1.1) - Chama-se reino do norte as dez tribos de Israel que se dividiram do restante da nação no reinado de Roboão, filho de Salomão (1Rs.12.20 - 25). Ele foi a última voz profética antes de Israel ser levado cativo para a Assíria no ano 722 a.C. Os momentos vividos pelo profeta foram os dias de maior anarquia nacional e apostasia nunca antes vista em Israel (Os 4.12-13). O mundo que viveu Oséias pode ser definido em três palavra: corrupção, idolatria e violência. Bem semelhante aos nossos dias.
Assim como Jeremias, o profeta Oséias amava seu povo e sentiu um profundo pesar ao ver a nação rejeitar ao Senhor, de forma consciente: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento …” (Os 4.6). O profeta sabia que a pecaminosidade de Israel não ficaria sem uma resposta do Deus santo.
Em virtude do alto grau de desvio, a sentença foi pronunciada: “Na terra do Senhor, não permanecerão; mas Efraim tornará ao Egito, e na Assíria comerão comida imunda.” (Os 9.3). O lamento de Oséias nos revela não somente a indignação contra o pecado, mas também revela o grande amor de Deus para resgatar os perdidos.

IV - O LAMENTO DE PAULO ( pelos gálatas)

A Galácia ficava localizada na Ásia menor; hoje este território pertence a Turquia. Estas igrejas foram fundadas pelo apóstolo Paulo “E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne.” (Gl 4:13), e a grande maioria dos membros dessas Igrejas eram gentios (não-judeus) “Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.” (Gl 4:8) - nesta época os judeus não mais participavam dos rituais idólatras dos gentios.
Os irmãos na Galácia receberam o evangelho de bom grado e Paulo acrescentou que seu apostolado foi dado por Jesus Cristo: “ Paulo apóstolo não da parte a dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos” (Gl 1:1). Os Gálatas sabiam que Paulo era um homem enviado por Deus.

Foi uma surpresa o que o apóstolo Paulo teve ao ver seus filhos na fé passando para outro evangelho tão rápido “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho” (Gl 1:6). A admiração de Paulo chega ao seu clímax quando ele exclama: “Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou a para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gl 3:1). O lamento do apóstolo Paulo é motivado por ver os gálatas trocarem o evangelho da graça de Deus, que liberta o homem, por uma mensagem dos cristãos judaizantes, que sustentavam, entre outras coisas, que os ritos cerimonias da lei mosaica eram obrigatórios (Gl 4.9,10). O apóstolo mostra o seu lamento quando ele diz que sente de novo “as dores de partos” pelos gálatas (Gl 4.19).

CONCLUSÃO

Jeremias lamentou por ver a decadência moral dos judeus; Samuel, em ver os Israelitas rejeitarem o Senhor dos Exércitos por um governo humano; o profeta Oséias, por presenciar uma grande apostasia entre o povo israelita; e o apóstolo Paulo lamentou ao saber quer um falso evangelho havia fascinado os irmãos na Galácia. Em todos estes casos, o lamento e choro desse homens de Deus foram motivos por  um sentimento de repulsa ao pecado e suas consequências, mas também por uma esperança que, se houvesse arrependimento, o Senhor perdoaria o seu povo.
Hipérbole. Figura que engrandece ou diminui exageradamente a verdade das coisas,exagero, etc.

REFERÊNCIAS
  • Bíblia de Estudo Pentecostal - Edição C.P.A.D.
  • O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. R. N. Champlin - HAGNOS.
  • O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. R N Champlim - HAGNOS.
  • Jeremias e Lamentações - Introdução e comentário - R.K.Harrison Editora Vida Nova.
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