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“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?

“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?
Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
  • Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
  • Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
  • Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
  • Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
  • Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
  • Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
  • Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
  • Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
  • Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
  • Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
  • Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
  • Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
  • Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
  • Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
  • Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
  • Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
  • Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
  • Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
  • Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
  • Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
  • Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
  • Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
  • Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
  • Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
  • Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
  • Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
  • Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
  • Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
  • Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
  • Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
  • Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
  • Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
  • Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
  • Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
  • Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
  • Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
  • Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
  • Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
  • Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
  • Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
  • Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
  • Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
  • Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
  • Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
  • Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).” (Copyright © 2006 Osmar Ludovico da Silva, publicado pela revista Enfoque Gospel, edição 54, 2006, www.revistaenfoque.com.br).

N’Ele,

Lição 04 - Chorando aos pés do Senhor


Professoras e professores, para a lição 04 faço as seguintes recomendações:
1 - Cumprimentem os alunos, perguntem com o passaram a semana e observem se há alguém que precisa de uma oração especial, uma conversa, uma visita etc.

2 - Comecem a trabalhar o tema, perguntando o que é lamentar.

3 - Escrevam as respostas dos alunos num quadro ou cartolina e apresentem o significado do vocábulo lamentar contido na palavra-chave da lição. Certamente, esta informação vai deferir do que costumeiramente entendemos o que seja lamentar e dessa forma ampliamos o significado da palavra em estudo.

4 - Em seguida, dividam a turma em 4 grupos e orientem os alunos para a seguinte atividade:

Para o grupo 1:
O que ocasionou o lamento de Jeremias?
Citar pelo menos 01 referência bíblica sobre o lamento de Jeremias.

Para o grupo 2:
O que ocasionou o lamento de Samuel?
Citar pelo menos 01 referência bíblica sobre o lamento de Samuel.

Para o grupo 3:
O que ocasionou o lamento de Oséias?
Citar pelo menos 01 referência bíblica sobre o lamento de Oséias.

Para o grupo 4:
O que ocasionou o lamento de Paulo?
Citar pelo menos 01 referência bíblica sobre o lamento de Paulo.

Observações:
-Vocês podem acrescentar outros lamentos além destes 4 apontados na lição, como por exemplo: o de Jesus, o de Moisés etc.
-Determinem o tempo para a atividade: 15 minutos no máximo.
-Cada grupo deverá apresentar o trabalho para a turma em apenas 3 minutos.
-Observem atentamente a apresentação de cada grupo e permaneçam ao lado deles para dar mais segurança e “socorrê-los” em caso de nervosismo. Se for necessário corrijam alguma informação e acrescentem outras.

5 - Agora, utilizem a dinâmica: Qual é o seu lamento?

6 - Para finalizar a aula, leiam o texto: O Pássaro e a Oração.


Dinâmica: Qual é o seu lamento?

Objetivo: Concluir o estudo de um tema de forma prática, orando uns pelos outros.

Material: ¼ de folha de papel ofício e caneta

Procedimento:
- Após trabalhar os quatro itens da lição, falem para os alunos:
“Acabamos de estudar sobre o lamento de Jeremias, o lamento de Samuel, o lamento de Oséias, o lamento de Paulo, mas qual é o seu lamento?”
- Então, distribuam para os alunos ¼ de folha de papel ofício para que escrevam um lamento, orientando para que identifiquem colocando o nome do aluno.
- Recolham todos os papéis já escritos com o lamento e tornem a distribuir entre os alunos, tomando cuidado para o aluno receber um lamento que não aquele escrito por ele.
- Agora, orientem-os para que passem a semana orando pelo lamento do colega.
- Para finalizar, leiam:
“...Orai uns pelos... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Tg 5.16
“E rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor de Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”. Rm 15.30


Texto de Reflexão: O Pássaro e a Oração

Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço!
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar.
O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa. É uma maravilha, não é?Que desenho incrível que o Criador fez para segurar o passarinho!
Mas, não é tão diferente em nós. Quando nosso "galho" na vida fica precário, quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado, dobrado em oração.
Se você algumas vezes, se vê num emaranhado de problemas que o fazem perder a fé, desanimar de caminhar; não caminhe mais sozinho, Jesus quer fortalecê-lo e caminhar consigo por toda sua vida! É Ele quem renova suas forças e sua fé, e se cuida de um passarinho, imagina o que não fará por você Seu filho amado, basta você CRER!

"Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" 1 Pe 5:7
Autor desconhecido.
Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Ailton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 02 – OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL

INTRODUÇÃO

Jeremias viveu e profetizou durante os reinados dos últimos cinco reis de Judá, um tempo caótico em termos políticos, morais e espirituais. A Babilônia, o Egito e a Assíria batalhavam pela supremacia mundial; Judá não sabia a qual destas nações se aliar. Como agravante, Judá pecou grandemente ao adorar outros deuses. Desde a aliança mosaica, Deus havia instruído o povo israelita contra tal pecado (Êx 20.3-6), pois, a idolatria faz com que as pessoas depositem sua confiança em coisas criadas, não no Criador. O povo israelita com sua apostasia, insultava o Deus verdadeiro, que em breve derramaria o cálice do seu furor contra eles.

O perigo era iminente, o juízo estava próximo; e é neste ambiente tão sombrio que Deus levanta um homem destemido para advertir o seu povo sobre os perigos do desvio espiritual.

7 dicas para aulas melhores em EBD



Eis aqui um estudo de como preparar uma aula melhor para EBD, ele foi escrito por Júlio Clebsch e publicado no blog ensinodominical

São 7 dicas para dar aulas melhores: 1 - Incite, não informe, 2 - Conheça o ambiente, 3 - No final das contas (e no começo também), 4 - Simplifique, 5 - Ponha emoção, 6 - A pedra no sapato e 7 - Pratique. Clique no link abaixo e continue a ler.


por Júlio Clebsch



1 - Incite, não informe

Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso?

Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um “título”; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo:

Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra.

IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido.


Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo.

Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: “Gás Nobre coisa nenhuma”.

2 - Conheça o ambiente

Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.

3 - No final das contas (e no começo também)

As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.

Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:

- Quem é esse professor? Qual seu estilo?
- O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?
- Quanto da minha atenção eu vou dedicar?

E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca.

4 - Simplifique

Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, “compre meu livro” e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso.

Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito.

Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas… Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras:

“AM e FM.”

“Ahhh, entendi.”

Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente “espinhosos”. Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada.

5 - Ponha emoção

Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:

- 55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula;

- 38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre;

- e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala.

Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante.

Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula.

6 - A pedra no sapato

Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar.


De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma.

A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão.

Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como “Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?” Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse, ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou.

Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.

7 - Pratique

Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se “corre” com a matéria.

Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma crítica construtiva.



Fonte: 7 dicas para das aulas melhores no blog ensinodominical

Solenes advertências pastorais – 1

INTRODUÇÃO
Com esta aula concluímos o estudo da 2ª carta do apóstolo Paulo aos corintios. É a sua carta mais pessoal. Nela, ele abriu o coração e falou de suas experiências mais íntimas, de suas dores mais profundas e de seu amor mais puro. De todas as igrejas que Paulo plantou, nenhuma recebeu tanto cuidado pastoral, conselhos e visitas quanto a igreja de Corinto. Também nenhuma igreja significava tanto para ele do que a dificultosa comunidade de Corinto. Por outro lado, nenhuma lhe fez sofrer tanto. Ele experimentou grande sofrimento, perseguição e oposição em seu ministério. Agora, Paulo se prepara para a terceira visita àquela igreja. Não será uma visita amistosa, mas confrontadora, conciliadora e, ao mesmo tempo, disciplinar(13:1,2). Sua responsabilidade pastoral era muito grande, por isso, esforçava-se para consolidar a fé dos santos que viviam em Corinto. Caso não haja arrependimento terá de disciplinar os faltosos. Contudo, antes de viajar para Corinto, ora a Deus para que a igreja emende seus caminhos e busque uma vida de perfeição.
I. PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)
1. Preocupação com o estado espiritual dos crentes (12:19). “ Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação”.

Aqui é demonstrado que o motivo evidente de Paulo não era obter a aprovação dos corintios, mas possibilitar sua edificação espiritual. Diz o apóstolo:”tudo isto, ó amados, para vossa edificação”. Quando afirma que tudo fora feito “para vossa edificação”, Paulo se refere possivelmente a tudo quando já disse, fez e escreveu(de modo particular a carta que ora estudamos), que os corintios poderiam erroneamente ter interpretado como mera autodefesa. Ele reitera, também, com essas palavras, o propósito do ministério apostólico: edificar a igreja(cf 10:8; 13:10). Deve-se notar que depois de todas aquelas palavras fortes, toda aquela ironia dos caps. 10 –12, o verdadeiro sentimento de Paulo pelos cristãos de Corinto emerge de novo no vocativo “ó amados”(cf 11:11;12:15). Era o amor de Paulo pela igreja coríntia, bem como seu desânimo, porque um evangelho falso estava sendo proclamado. O apóstolo desejava fortalecê-los na vida cristã e adverti-los acerca dos perigos que os cercavam. Estava mais interessado em ajudá-los do que em defender sua própria reputação.
2. O temor de Paulo em relação à igreja de Corinto. Ao visitar Corinto, Paulo teme encontrar os crentes despreparados espiritualmente. Havia duas áreas vulneráveis na vida daqueles crentes:
a) A área dos relacionamentos(12:20). “Temo, pois ,que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos”.
Paulo teme que haja entre os crentes: contendas, isto é, rivalidade e competição, discórdia acerca de prestígio; invejas, isto é, o desejo mesquinho de ter o que não lhe pertence; iras, isto é, explosões repentinas que leva a pessoa a fazer coisas das quais se arrependerá amargamente; porfias, isto é, ambição egoísta, centrada em si mesma, que jamais se dispõe a servir o próximo; detrações, isto é, ataque frontal, insultos e acusações lançados em voz alta e em público; intrigas, isto é, campanha de murmurações e maledicência espalhada de ouvido em ouvido, buscando desacreditar a pessoa; orgulho, isto é, conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba; e tumulto, isto é, a anarquia.
Todos esses pecados estão ligados à área dos relacionamentos. A igreja de Corinto era um amontoado de gente, mas não uma família unida. Eles não agiam como um corpo, em que cada membro coopera com o outro. Ao contrário, estavam devorando uns aos outros pelas contendas e intrigas. Paulo, então, ciente disso, não podia, como pastor, deixar de tratar esses pecados que haviam comprometido a qualidade espiritual daquele rebanho. Portanto, ele toma atitudes disciplinares severas, a fim de que por ocasião de seu retorno à igreja de Corinto não encontrasse os mesmos problemas.
b) A área da pureza sexual(12:21). “Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram”.
Paulo temia encontrar muitos crentes ainda prisioneiros dos mesmos pecados e aberrações sexuais que caracterizaram sua vida pagã. Esses pecados listados revelavam uma completa decadência moral. Lendo essa lista, nem parece tratar-se de uma igreja com tantos dons. Contudo, isso significa que a espiritualidade de uma igreja não pode ser avaliada pela quantidade de dons, mas pelo seu caráter e amor a Deus e ao próximo.
Impureza é tudo aquilo que impede que um homem tenha comunhão com Deus. É o oposto de pureza.
Prostituição é a promiscuidade no relacionamento sexual.

Lascívia indica o desacato deliberado da decência em público. É a atitude da alma que desconhece os limites da disciplina. Trata-se de pessoas que não aceitam restrições nem tem compromisso com a decência. Não se importa com a opinião pública, tampouco com sua própria reputação.
Tais pecados estavam corrompendo os bons costumes, anulando a ética cristã e promovendo dissensões e divisões entre os crentes de Corinto.
II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO (12.21; 13.2-4)
Havia na igreja de Corinto um grupo que dava guarida ao ensino dos falsos apóstolos. Não apenas a teologia deles estava errada, mas também a vida deles estava em descompasso com a verdade. Havia não apenas oposição a Paulo(13:3), mas também relacionamentos quebrados(12:20) e imoralidade na vida desses membros(12:21).
Paulo está indo a Corinto com o propósito de instaurar um tribunal e disciplinar aos que insistem na prática do erro. Na sua primeira visita a Corinto, Paulo implantou a igreja. Sua segunda visita foi dolorosa e precisou sair da cidade sem solucionar os graves problemas que a atacavam; porém, enviou à igreja Tito, para pôr em ordem a situação pendente. Mas, agora, está pronto a ir à igreja pela terceira vez e dessa feita não poupará aqueles que de forma contumaz permanecem no erro. Ele poderia: (a) confrontar e denunciar publicamente o comportamento deles; (b) exercer a disciplina, chamando-os à presença dos líderes da igreja; ou c) excluí-los da igreja.
1. Promover a paz e o arrependimento dos pecadores (12.21; 13.2). Para levar os pecadores ao arrependimento, Paulo teria de ser rigoroso em sua repreensão. Os problemas de ordem moral exigiam uma postura firme do apóstolo. Caso contrário, as ações diabólicas para destruir a igreja não seriam neutralizadas. A disciplina deveria ser imposta de maneira firme e exemplar. Com respeito à isso duas coisas devem ser ressaltadas:
a) A acusação contra os pecadores precisa ser fundamentada(13:1). “É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda palavra”.
Aqui, Paulo está aplicando um princípio da lei mosaica de que nenhuma acusação deve ser recebida contra alguém sem ser consubstanciada por duas ou três testemunhas(Dt 19:15). Este mesmo princípio foi referendado por Jesus(Mt 18:16; João 8:17). Agora, Paulo está dizendo que aplicará o mesmo critério para disciplinar os faltosos(1Tm 5:19). Ao tratar do pecado na igreja devemos saber dos fatos, não apenas dos boatos.
b) A disciplina precisa ser aplicada(13:2). ”Já anteriormente o disse e segunda vez o digo, como quando estava presente; mas agora, estando ausente, o digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for, não lhes perdoarei”.

Considerando que seu apostolado tinha sido concedido pelo Senhor Jesus e que este era seu modelo de líder-servidor, nada mais coerente do que a postura rígida de Paulo contra os pecadores impenitentes. Depois de alertar os coríntios algumas vezes, Paulo está disposto a não mais retardar a disciplina de alguns membros que estavam vivendo de forma escandalosa, na prática da imoralidade, e se recusavam a emendar seus caminhos, bem como aqueles que aprovavam sua atitude. Ele não pretende inocentar pecadores impenitentes.
O pecado é como fermento na massa. Se não for removido, contamina toda a igreja. A disciplina visa a proteção da igreja e a correção do faltoso. A disciplina, portanto, é um ato responsável de amor, e Paulo está pronto a aplicá-la na sua terceira viagem a Corinto.
2. Afirmar o caráter cristão de seu apostolado (13.3). “visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco; antes, é poderoso entre vós”.
Influenciados pelos falsos apóstolos, alguns crentes de Corinto que teimavam em viver na prática do pecado buscavam provas contra Paulo, argumentando que Cristo não falava por intermédio dele. Como Paulo podia comprovar que Cristo falava mesmo por seu intermédio? O apóstolo começa sua réplica citando o pedido impertinente: “visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim…”. Na verdade, esses crentes queriam ser confrontados em seu estilo de vida. Em vez de corrigir sua conduta errada, procuraram desqualificar aquele que os exortava.
Então, Paulo lembra que Cristo se havia revelado aos coríntios por meio dele de modo poderoso. Quando creram na mensagem do evangelho, não havia nada de fraco na revolução que eles haviam experimentado em sua vida. Portanto, ao rejeitarem a Paulo, na verdade, estavam rejeitando o próprio Cristo.
Ao usar os termos “fraco” e “poderoso”, Paulo se recorda do paradoxo de força e fraqueza observada na vida do Salvador e de seus servos. Nosso Senhor foi “crucificado por fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos com ele pelo poder de Deus em vós”(13:4). Quando Paulo diz que “viveremos com ele pelo poder de Deus em vós”, não está fazendo uma referência à ressurreição. Está falando que, ao visitá-los, demonstrará o grande poder de Deus ao tratar de quem estava vivendo em pecado. Consideravam-no fraco e desprezível, mas Paulo mostraria que podia ser forte no exercício da disciplina.
III. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS (13:5-11)
1. Paulo encerra sua carta com uma advertência (13.5). “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
Paulo sai agora da defesa do seu ministério e apostolado e resolve testar os cristãos coríntios, ao admoestá-los que realizem um autoexame. Ele inverte a situação. Ele diz a esses crentes rebeldes que em vez de eles o examinarem, eles deveriam examinar a si mesmos. Em vez de buscarem provas contra ele, deveriam investigar a si mesmos. Em vez de olharem para fora, deveriam olhar para dentro.

Há pessoas que estão na igreja, mas não são convertidas, e são essas a que dão mais trabalho. Tem seu nome no rol de membros da igreja, mas não no livro da vida. São contundentes na disposição de acusar os outros, mas são incapazes de examinarem seu próprio coração. Enxergam um cisco no olho do outro, mas não vêem a trave que está no seu próprio.
Esta exortação de Paulo nos alerta que, da mesma maneira que fazemos exames físicos periódicos, devemos fazer exames espirituais periódicos. Devemos procurar ter uma consciência crescente da presença e do poder de Cristo em nossa vida. Assim saberemos se somos verdadeiros cristãos ou meros impostores. Se não estivermos procurando nos aproximar de Deus, podemos ter certeza de que estaremos nos afastando dEle.
2. Paulo encerra sua carta com um desejo (13.7-9). Ele deseja que aqueles cristãos pratiquem o que é certo; e que sejam aperfeiçoados(13:7-9) – “Ora, eu rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejamos achados aprovados, mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos como reprovados. Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição”.
Havia muitos pecados na Igreja de Corinto: divisões(1Co 1:10-12); imoralidade(1Co 5:1); contendas(1Co 6:7); uso abusivo da liberdade cristã(1Co 8:10; 10:24-28); atitudes inadequadas com respeito à ceia do Senhor(1Co 11:17-22), ao culto(1Co 12:3), aos dons(1Co 12:16-21) e à ressurreição(1Co 15:12). Alguns desses pecados não haviam sido ainda superados por alguns membros da igreja(12:20,21). Por influência dos falsos apóstolos, alguns crentes lideravam uma frente de oposição ao próprio ministério de Paulo(13:3).
Mas, em vez de condenar seus opositores, Paulo ora por eles. E ora para que pratiquem o bem. Sua preocupação não é com a sua reputação, muito menos com sua superioridade pessoal, mas o com aperfeiçoamento dos crentes, pois diz: “ Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”. Paulo está afirmando que jamais poderia agir de modo que fosse contrário ao evangelho ou às suas implicações”. Paulo quer apenas a obediência, a pureza e a unidade da igreja.
Paulo deseja a perfeição dos coríntios – “e o que desejamos é a vossa perfeição”(13:9). Há falhas em nossa vida que precisam ser reparados. Há brechas que precisam ser tapadas. Paulo ora para que essas deficiências sejam tratadas e que os crentes sejam aperfeiçoados para o serviço divino.
3. Últimas recomendações (13.11,12). “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, aperfeiçoai-vos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam”.
Paulo encerra de forma repentina e enérgica essa epístola. Antes, porém, tem uma série de recomendações à igreja:
a) “regozijai-vos”. É a mesma expressão que aparece em 1Tessalonicenses 5:16: “Regozijai-vos sempre”. A alegria deve ser a marca do crente. Isso porque o evangelho é a boa nova de grande alegria. O reino de Deus é alegria. O fruto do Espírito é alegria, e a ordem de Deus é:”Alegrai-vos”.

b) “ aperfeiçoai-vos”. O crente não pode ficar estagnado. Ele precisa ser santificado na verdade. Ele precisa crescer na graça e no conhecimento de Cristo. Sua vida precisa ser transformada de glória em glória na imagem de Cristo. Para alcançar esse propósito, os coríntios precisariam abandonar os ensinos errados dos falsos apóstolos, acertarem seus relacionamentos uns com os outros e romperem com as práticas imorais.
c) “sede consolados”. Na vida cristã enfrentamos mares revoltos, desertos inóspitos e estradas juncadas de espinhos. Precisamos ser bálsamo de Deus na vida uns dos outros nessa jornada. Precisamos ser aliviadores de tensão, tornando o fardo dos irmãos mais leve.
d) “sede de um mesmo parecer”. Essa frase também pode ser traduzida por “tenham um só pensamento”(NVI). Os coríntios só poderiam pensar da mesma forma se tivessem a mente de Cristo. Ter a mente de Cristo significa pensar como Ele e sujeitar-lhe todo pensamento e raciocínio.
A igreja é um corpo, e todos os membros devem trabalhar sob a direção da mesma cabeça. Uma igreja onde os crentes vivem em conflito, alimentando suas vaidades pessoais, brigando por opiniões pessoais, o testemunho da igreja é prejudicado.
e) “vivei em paz”. Como está claro em 1Co 12:20, havia discórdias e contendas entre os coríntios; uma consequencia comum da infiltração do legalismo. Assim, Paulo os exorta a disciplinar os ofensores e a se entender com seus irmãos em Cristo.
Os crentes não são rivais, são parceiros. Devem viver em harmonia, e não em guerra. Onde há união entre o povo de Deus, ali Deus ordena a vida e a bênção(Sl 133:1-3). Quando os crentes vivem em harmonia, o Deus de amor e de paz será com eles – “E o Deus de amor e de paz será convosco”.
f) “ Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo”(13:12). O ósculo santo era uma forma de cumprimento característica dos cristãos no tempo dos apóstolos. O fato de ser santo indica que não devia ser um símbolo de afeição artificial, mas de sentimento puro e sincero.
Os crentes devem cumprimentar uns aos outros com alegria, com graça e com fervor. Os crentes devem ter santas, sinceras e intensas afeições uns pelos outros. Não há espaço na igreja para indiferença, frieza e preconceito. Devemos acolher a todos com desvelo e carinho.
CONCLUSÃO

Após tantas defesas, advertências e recomendações severas, Paulo conclui sua carta com uma bênção trinitariana: ”A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!”(13:13). Essa é a única bênção do Novo Testamento que abrange todos os membros da Trindade. Essa bênção é uma síntese da mensagem do evangelho. É um resumo precioso de tudo aquilo que Paulo ensinou até aqui.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo nos traz à memória seu nascimento, quando Ele se fez pobre a fim de nos tornar ricos(2Co 8:9). O amor de Deus nos leva ao Calvário, onde Deus deu seu Filho como sacrifício por nossos pecados(João 3:16). A comunhão do Espírito Santo nos lembra o Pentecostes, quando o Espírito de Deus veio e revestiu a igreja de poder(At 2:1-47).
Que esta segunda carta aos coríntios possa produzir em cada crente uma reflexão a respeito de seu ministério, a fim de que possamos declarar como Paulo: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas” (2 Co12.15).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no site: www.adbelavista.com.br, e no Blog: http://luloure.blogspot.com/
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de estudo DAKE. O novo dicionário da Bíblia. Revista o Ensinador Cristão. Guia do leitor da bíblia – 2Corintios. 2Corintios – Rev. Hernandes Dias Lopes. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdnald. II Corintios – Colin Kruse.

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS
Texto Áureo: II Co. 13.5 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 12.19-21; 13.5,8-11.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que uma das responsabilidades pastorais é disciplinar a igreja com amor, a fim de que esta se desenvolva espiritualmente sadia.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, trataremos a respeito da intenção de Paulo de visitar Corinto. Para essa visita, ele ameaça tomar providências disciplinares contra aqueles que se opõem ao evangelho de Cristo. Em seguida, discorreremos sobre algumas advertências e saudações do Apóstolo para os coríntios. Ao final, meditaremos a respeito da benção apostólica, destacando seu valor para a igreja.

1. PROVIDÊNCIAS DISCIPLINARES
Paulo pretende visitar os coríntios pela terceira vez, e, como conseqüência desta, tomará as medidas disciplinares cabíveis contra aqueles que se opõem ao evangelho de Cristo (Mt. 18.16). Para tanto, apelará para as testemunhas a fim de consolidar sua reprimenda contra os falsos líderes (II Co. 13.1; Dt. 19.15; Jo. 8.17; I Tm. 5.19; Hb. 10.28; I Jo. 5.8). O Apóstolo objetiva, com este aviso, provocar mudanças no comportamento dos seus ofensores. Na carta severa, escrita por Paulo anteriormente, ele já havia dito, e agora, repete, que não os poupará quando chegar a Corinto (II Co. 12.2). Ele diz também que vai prover as provas necessárias contra aqueles que descredenciam seu ministério. Paulo assume que Cristo havia operando entre os coríntios, por meio dEle, realizados sinais que reforçavam seu apostolado (II Co. 12.3,12; Rm. 15.18,19). Aqueles que querem transformar o evangelho numa ostentação de poder, de riqueza e sabedoria, precisam saber que Cristo foi crucificado em fraqueza. Do mesmo modo, os obreiros do Senhor, ainda que fracos, viverão com Ele, pelo poder de Deus (II Co. 13.4). Consoante ao exposto, os obreiros devem avaliar se de fato estão na fé, ou se estão apenas servindo a si mesmos. Há obreiros que estão diante das igrejas, mas que não têm compromisso têm com o senhorio de Cristo. Quando forem avaliados por Deus, na eternidade, serão reprovados (II Co. 13.5). Mas Paulo sabe a quem está servindo, e tem as motivações corretas. Ele espera que os coríntios reconheçam essa verdade, pois sua posição espiritual comprova que seu apostolado é genuíno. Embora não tivesse uma aparência atrativa, como os líderes opositores, ele sabe que é aprovado pelo Senhor (II Co. 13.7). A reprovação dos falsos obreiros, contra Paulo, não estava fundamentada em critérios espirituais. Ainda hoje, quem está na verdade nada tem a temer, pois nada podemos contra a verdade, que é o evangelho, senão em favor da própria verdade (II Co. 13.8). O poder de Deus, conforme revelou o Senhor ao Apóstolo, através do espinho na carne, se manifesta na fraqueza (II Co. 12.7-10; 13.8,9). Por esse motivo, seu objetivo maior, nessa epístola, não é a destruição dos crentes, mas evitar que, em sua futura visita, fosse necessário usar de rigor, segundo a autoridade que o Senhor lhe conferiu (II Co. 13.10). Verdadeiramente, uma igreja instruída na Palavra de Deus, dá menos trabalho para o seu obreiro.

2. ADVERTÊNCIAS E SAUDAÇÕESPaulo conclui sua Segunda Epístola aos Coríntios com uma série de exortações e saudações. A princípio, saúda aos irmãos, desejando-lhes que se alegrem no Senhor. Ao rejeitarem o falso evangelho, os crentes poderiam, então, aperfeiçoarem-se e consolarem-se, e, principalmente, viver em paz, pois o Deus de amor e paz estaria com eles (II Co. 13.11). Recomenda também que os irmãos saúdem-se uns aos outros com ósculo santo, isto é, com um beijo. Essa era (e ainda é) uma saudação comum entre os povos daquela região. O diferencial estava na qualidade desse ósculo, que não deveria ter qualquer conotação sexual, mas um tratamento de santidade (II Co. 13.12). As saudações cristãs não podem ser fingidas, por isso, mesmo “a paz do Senhor”, precisa partir do íntimo de um coração moldado pelo evangelho de Cristo. Somente assim é possível desfrutar da verdadeira paz, aquela proveniente do fruto do Espírito, prometida por Jesus, e que o mundo não conhece (Gl. 5.22; Jo.14.27). Essa paz de Deus, que excede a todo e qualquer entendimento, deva ser cultiva pelos membros da igreja do Senhor (Ef. 2.14-17; 4.3).

3. A BENÇÃO APOSTÓLICA
Para concluir a Epístola, Paulo impetra, sobre os seus leitores (ouvintes), uma benção. Essa é digna de atenção especial por causa da sua formula tríplice, aludindo, diretamente, ao Pai, o Filho e ao Espírito Santo, que são mencionados explicitamente. A graça do Senhor Jesus Cristo, isto é o favor imerecido de Deus em prol dos pecadores; o amor de Deus, o qual nos reconciliou por intermédio de Cristo a fim de que pudéssemos viver em Paz; e a comunhão do Espírito Santo, a koinonia, a participação do Espírito seja desfrutada por todos os membros, para a unidade da igreja.

CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais um trimestre da Escola Bíblica Dominical. A CPAD nos brindou, mais uma vez, com uma série de lições expositivas, que favorecem o estudo integral e contextualizado de um livro bíblico. No próximo trimestre, nos voltaremos para o Jeremias. A mensagem deste profeta tem muito a nos dizer nos dias de hoje, aguardamos, com temor e tremor, o início do próximo trimestre, e que o Senhor seja conosco, professores da EBD, na ministração das lições aos nossos alunos.

BIBLIOGRAFIAHORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR

Texto Áureo: II Co. 12.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 12.1-4,7-10,12.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Instruir a igreja quanto às experiências espirituais, destacando que essas, além de não serem credenciais do apostolado genuino, devam ser respaldadas pela Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO
Os falsos apóstolos de Corinto argumentavam, contra Paulo, que esse não tinha recebido visões do Senhor, uma credencial considerada relevante para eles. Na lição de hoje, o Apóstolo, devido à exigência da situação, narra, com modéstia e sutileza, as visões e revelações que teve do Senhor. Em seguida, mostra que, para que ele não se vangloriasse delas, o Senhor lhe pôs um espinho na carne. Ao final, destacaremos o caráter altruísta do ministério apostólico de Paulo.

1. VISÕES E REVELAÇÕES
Não convém a Paulo se gloriar, por isso, ele o faz constrangido, devido às exigências da situação. É nesse contexto que o Apóstolo resolve repassar as visões e revelações que recebeu do Senhor. A primeira, e certamente a mais importante delas, ocorreu na estrada de Damasco, quando Paulo se encontrou com o Senhor Jesus (II Co. 12.1; At. 22.6-11). Posteriormente, Paulo teve uma visão do homem da Macedônia que o chamou para ajudar (At. 16.9,10). O próprio evangelho que Paulo pregava, conforme ressaltou aos crentes da Galácia, lhe havia sido revelado (Gl. 1.12), bem como as revelações escatológicas provenientes de Deus (Ef. 3.3-5; I Co. 2.9,10; I Ts. 4.15). Certamente Paulo teve outras revelações do Senhor, mas resolve destacar uma para confrontar seus opositores. Narra que, há quatorze anos, um homem, referindo-se a ele mesmo, mas utilizando-se de modéstia, que havia sido arrebatado até ao terceiro céu. É digno de destaque que Paulo utiliza, aqui, o mesmo verbo grego harpazo de quando se refere ao arrebatamento da igreja (I Ts. 4.17). Talvez, por isso, o Apóstolo não tenha certeza se esse arrebatamento se deu no corpo ou fora dele. Ao ser levado para o paraíso, Paulo ouviu palavras inefáveis, as quais não são lícitas ao homem referir. Com essa restrição, o Apóstolo ressalta a natureza sacra da revelação, e, provavelmente, algo que apenas a ele dizia respeito, ou, talvez, que fosse impossível se ser descrito em palavras (II Co. 3,4). Fato é que ele não quer parecer presunçoso em relação às suas visões e revelações, pois não pretende se vangloriar delas. Ao invés de se gloriar das visões e revelações, Paulo prefere se gloriar das suas fraquezas, isto é, em ser um tesouro em vaso de barro (II Co. 4.7; 11.30; 12.5,6).

2. O ESPINHO NA CARNE
Para que ele não se ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-lhe posto um espinho na carne. Paulo expõe aos seus adversários suas limitações, destacando que, para que ele não viesse a se gloriar das visões e revelações que recebeu, veio-lhe um mensageiro de Satanás, para esbofeteá-lo, a fim de que ele não se exaltasse. Muitas são as controvérsias a respeito do que seria o espinho na carne de Paulo, mas todas as afirmações não passam de especulações teológicas. É mais provável, ainda que não seja passível de comprovação bíblica, que o Apóstolo teria algum problema físico nos olhos (II Co. 12.7; Gl. 4.15). Paulo pediu três vezes ao Senhor para que afastasse esse espinho, mas a resposta foi negativa, ainda que encorajadora: a minha graça de basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Os falsos apóstolos, e os superpastores contemporâneos, vestem uma carapuça de indestrutibilidade. Investem tão maciçamente na aparência que ocultam suas fragilidades. Há pastores que criticam o rebanho por exigir demais deles, mas não percebem que são eles mesmos os culpados, pois criam uma áurea que fazem com que as pessoas acreditem que são perfeitos. Diferentemente desses, Paulo consegue conviver com suas fragilidades, sabe lidar com elas, já que o Senhor lhe revelou que é através delas que o Seu poder se aperfeiçoa. Somente aqueles que foram feridos são capazes de entender as dores do outro. Apenas aqueles que reconhecem suas fragilidades poderão ser fortalecidos pelo Senhor. Diante dessa verdade espiritual, o Apóstolo dos Gentios prefere antes se gloriar nas fraquezas, para que, sobre ele, repouse o poder de Cristo (II Co. 12.8-10).

3. ALTRUÍSMO MINISTERIAL
O ato de gloriar-se, por causa das exigências da igreja de Corinto, é reconhecido, pelo próprio Paulo, como uma insensatez. Os crentes daquela cidade o constrangeram a fazer tal coisa. Ele preferia que os irmãos tivessem sensibilidade espiritual suficientes para ver as credenciais do Apóstolo (II Co. 12.11). Os coríntios tiveram ampla oportunidade de testemunharem as credenciais apostólicas de Paulo. Se eles tivessem comparado suas credenciais com as dos seus opositores, notariam que em nada ele seria inferior (II Co. 12,13). Paulo pretende, mais uma vez, ir a Corinto, para rever os irmãos, e adianta: “não vos serei pesado, pois não vou atrás de vossos bens, mas procuro a vós outros”. Como pai espiritual daquela igreja, deveria ser Paulo, e não os coríntios, que deveria prover o sustento (II Co. 12.14). De modo que, agindo como pai, se dispõe, de boa vontade, a se gastar, e não só isso, a se deixar gastar em prol das almas dos crentes. O verbo “gastar”, tanto em português como em grego, dá idéia de dispensar dinheiro. Paulo o utiliza tanto na voz ativa quando na passiva. Ele estava disposto a sacrificar sua vida em prol da salvação dos crentes. Paradoxalmente, há obreiros que não mais se gastam pelas ovelhas, tomados pelo comodismo, evitam o contato com problemas. Eles se colocam como as primeiras pessoas depois delas mesmas. Ao invés de irem atrás de suas ovelhas, esperam, comodamente, que elas cheguem até eles (II Co. 12.15). Paulo, diferentemente desses, se gasta, e, a todo custo, evita ser pesado aos irmãos da igreja. Ele justifica que a ninguém explorou, antes agiu em amor, com altruísmo e integridade (II Co. 12.16-18). A proposta central do seu ministério não é a exaltação própria, a posição eclesiástica, investir em contatos que lhe abram caminhos para auferir lucros ou poder, mas a edificação da igreja (II Co. 12.19). Na terceira visita que pretende fazer àquela igreja, espera não encontra-los na mesma condição na qual se encontram: com contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.

CONCLUSÃO
O líder verdadeiramente espiritual não ostenta glória própria. A motivação central do seu ministério é a salvação das almas. Suas atitudes são respaldadas, prioritariamente, pelo amor cristão. A fim de que tenha bom êxito nessa empreitada, ele sacrifica seus interesses e evita se tornar um fardo para os crentes. E, ao invés de se gloriar em visões e revelações, algumas delas biblicamente questionáveis, não tem receio de gastar-se por amor aos crentes, sendo esta sua principal credencial. Ele não é um superobreiro, mas alguém normal, e como qualquer cristão, tem seu “espinho na carne”. E estes, na verdade, servem para que a graça de Deus superabunde, para que o Seu poder se aperfeiçoe na fraqueza.

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER

CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER
Texto Áureo: II Co. 11.2 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 10.12-16; 11.2,3,5,6.

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que uma liderança cristã autêntica é aquela que tem por objetivo maior servir a Deus e à sua Igreja.

INTRODUÇÃO
Muitos querem ocupar posição de liderança, mas não se dispõem a permanecer sob a direção divina. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do valor da liderança cristã autêntica. Os falsos apóstolos dos tempos de Paulo eram também falsos líderes. Veremos que Paulo, na demonstração do seu amor e dedicação à igreja, sem interesses financeiros, é um exemplo de líder autêntico. Ao final, denunciaremos, a partir da epístola em foco, os falsos líderes que se aproveitam, como aqueles, da igreja do Senhor.

1. AINDA SOBRE OS FALSOS APÓSTOLOS
O evangelho de Jesus Cristo, para aqueles dados à mera racionalidade, não passa de loucura. Os falsos apóstolos queriam transformar o evangelho numa espécie de filosofia, um sistema racional, que fizesse sentido para os intelectuais. Em oposição a esses, Paulo pede aos irmãos que suportem mais sua loucura (II Co. 11.1). É nessa loucura que o Apóstolo demonstra seu zelo, não dele mesmo, mas de Deus, que o capacita a desejar apresentar a igreja como virgem pura ao esposo, a saber, Jesus Cristo (II Co. 11.2). Mas é preciso ter cuidado para que a igreja não seja enganada, com as falácias humanas e satânicas, com as quais Eva fora ludibriada (II Co. 11.3; Gn. 3.1-7,13). A mente cristã precisa estar alicerçada no evangelho de Cristo, para não ouvir outro evangelho, diferente daquele que os apóstolos pregaram (II Co. 11.4; Gl. 1.6-9). Tais evangelhos estão bastante em voga no tempo presente, haja vista as pregações e ensinamentos que enfatizam apenas a glória, e deixam de lado a crucificação de Cristo. Algumas igrejas evangélicas parecem ter vergonha da mensagem da cruz, Paulo, ao contrário, não se glória de outra revelação, senão esta, a de que Jesus morreu pelos pecadores. A esse respeito, ele não tinha motivo de se considerar inferior aos falsos apóstolos que pregavam doutrinas enganadoras entre os coríntios (II Co. 11.5). Isso porque o conhecimento de Paulo não advinha do raciocínio humano, mas do mistério de Deus revelado em Cristo (Cl. 1.26,27; Ef. 1.9; 3.1-6), os adversários de Paulo não tinham essa compreensão (II Co. 11.6; I Co. 1.2.10-13; At. 20.27).

2. A LIDERANÇA APOSTÓLICA DE PAULO
Como líder, Paulo tomou a decisão de viver humildemente, fez questão de não se tornar fardo financeiro para os crentes de Corinto. Em At. 18.1-4 está escrito que o Apóstolo trabalhava como fazedor de tendas, a fim de prover seu sustento. Para os gregos, os trabalhos manuais eram tidos como desonrosos. Enquanto isso, preferiam pagar aos seus pensadores para expressarem sua falsa retórica. Mas Paulo optou por anunciar o evangelho de Cristo gratuitamente, em condição de humilhação, para a exaltação do coríntios, pois seu interesse não era financeiro (II Co. 11.7,8). O Apóstolo não quis ser pesado a ninguém, por isso, chegou mesmo a passar por privações. Isso não quer dizer que Paulo nunca tenha recebido sustento financeiro das igrejas, na verdade, os filipenses ajudaram-no, contribuindo com seu sustento (Fp. 1.5; 4.10,14-18). Quando escreveu aos filipenses, ele se encontrava preso, por isso, estava inviabilizado de trabalhar. O ensinamento claro, nessa passagem, é que Paulo evitava se transformar em peso para os irmãos. Contraditoriamente, líderes de algumas igrejas evangélicas, especialmente os da Teologia da Ganância, e adeptos dos movimentos pós-pentecostais (que nada têm de neo-pentecostais), exploram o rebanho de Deus, a fim de satisfazerem suas vaidades pessoais. Paulo pregava por obrigação, e, por opção pessoal, por essa razão, preferia não receber sustento financeiro das igrejas (I Co. 9.15-18; II Co. 11.10-12). Ainda que essa era uma possibilidade aceitável, haja vista que o próprio Paulo defendeu a legitimidade do obreiro receber sustento (I Co. 9.3-14). Diante do contexto coríntio, para não ser confundido com os falsos apóstolos, Paulo preferiu não agir como aqueles obreiros fraudulentos, os quais, aparentavam ser apóstolos de Cristo. Esses, como Satanás, se transforma em anjo de luz, e, tal como este, terão o mesmo fim (II Co. 11.13-15; Rm. 2.6,8,9).

3. DENÚNCIA CONTRA OS FALSOS LÍDERES
Em sua denúncia contra os falsos lideres, Paulo pede aos irmãos, ironicamente, que “um pouco mais” o suportem, ainda que, para alguns, ele seja considerado insensato, isto é, louco. Mas, se assim for, o Apóstolo não tem receios de ser tachado desse modo, pois, de fato, os seguidores de Cristo somente podem se gloriar dessa loucura (II Co. 11.16,17). Os oponentes de Paulo se gloriavam de suas credenciais, do seu poder e prestígio. Para ele, tudo isso não passava de insensatez, ainda que, para defender-se perante os coríntios, precisou faz-lo (II Co. 11.18). Com essa afirmação, Paulo esta preparando os crentes coríntios para ouvirem seus testemunhos pessoais a respeito das suas credenciais apostólicas (II Co. 11.19). Ele considera uma pena ter de tomar essa atitude, pois era assim que os falsos apóstolos faziam a fim de escravizarem os irmãos. Os crentes coríntios toleravam, de bom grado, a opressão de tais que, metaforicamente, devoravam e esbofeteavam os irmãos, e que, além de tudo, chamavam Paulo de fraco por não agir do mesmo modo (II Co. 11.20,21). Em resposta a tudo isso, Paulo inicia uma “conversa insensata”, a fim de continuar sua defesa. Apresenta, para seus opositores, algumas das suas credenciais: como eles, também era hebreu (Fp. 3.5), descendente de Abraão Rm. 9.4,5; Gl. 3.6-18) e ministro de Cristo (At. 9.16), e reconhece que, para fazer essas declarações, está agindo como louco (II Co. 11.21-23; I Co. 1.11-16; 3.4-9, 21-22; 4.1). Nessa mesma linha, destaca: seus muitos trabalhos, prisões, açoites, perigos de mortes (II Co. 11.24,25; At. 16.19-40; At. 14.19), passando por inúmeras tribulações, especialmente as perseguições dos falsos irmãos, que se opunham ao evangelho (II Co. 11.26,27; Gl. 2.4). Além dessas circunstâncias adversas, pesava ainda sobre o Paulo a preocupação com todas as igrejas, isto é, o Apóstolo, em contraponto com os falsos líderes, se dispõe a sofrer pelos irmãos, e, a esse respeito, fala a verdade (II Co. 11.28-33), detalhando, historicamente, o que aconteceu em At. 9.23-25.

CONCLUSÃO
Para se defender das acusações dos falsos mestres, Paulo, como líder sincero do Senhor, apresenta suas credenciais. Ele considera que esse tipo de argumento, necessário nesse momento, não passa de insensatez, por essa razão, revela insatisfação no detalhamento de suas experiências apostólicas. Isso, porém, não deva ser tomado como regra, pois, para o Apóstolo, o orgulho e a auto-exaltação para nada servem, senão para a exposição da vaidade pessoal. O líder comprometido com o evangelho de Cristo se porta com amor perante as ovelhas, sabe que não é um mero administrador de uma empresa, mas um pastor do rebanho, do qual prestará contas ao Senhor (At. 20.17-38).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

LIÇÃO Nº 11 - 14/03/2010 - "CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER

LIÇÃO 11 - DIA 14/03/2010

TÍTULO: “CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER”
TEXTO ÁUREO – II Cor 11:2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 10:12-16; 11:2-3, 4-5
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:

• A liderança exige seguidores de confiança. A fé, no bom juízo e visão do cabeça de uma organização, durará somente enquanto o líder estiver dando à seus seguidores razões para nele confiar. A confiança tem suas raízes no caráter. É por isso que o caráter é central na liderança efetiva e autêntica. Os líderes autênticos que apresentam os mais nobres traços de caráter não precisam se manter no poder por força bruta ou engano.

II - TRAÇOS DO CARÁTER NO QUE DIZ RESPEITO A UM LÍDER AUTÊNTICO:

• Inicialmente, vejamos os significados das palavras CARÁTER e COMPORTAMENTO:

• CARÁTER = DISTINTIVO; MARCA. Às vezes, é entendido como a própria personalidade, o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo. Vejamos no caso do cristão (I Pe 2:11-17 cf Mt 5:16).

• COMPORTAMENTO – É o conjunto de ações que identifica o homem com a vontade de Deus e o faz ser reconhecido como uma pessoa que traz benefícios ao seu próximo (I Cor 10:31-33; Cl 3:12-17).

• Posto isto, meditemos em algumas das características de um autêntico líder:

(1) – SANTIDADE:

• Lv 11.44; 19.2 - O alicerce da santidade do líder está no caráter do Deus que ele está representando. Se a descrição "homem de Deus" falha em representar a pessoa em comando, a organização cristã que ele lidera se sentirá mais livre para andar nas trevas.

• Is 6:1-5 - É improvável que Isaías usara uma linguagem mais violenta, impura ou blasfema do que seus contemporâneos. Porém, um sentimento de culpa tomou conta dele no ambiente santo que enchera o templo. Deus preparou Isaías para liderar, fazendo-o completamente miserável diante de sua natureza pecaminosa.

• I Pe 2:12 - A santidade, do ponto de vista humano, coincide com boa reputação. A importância da boa reputação de um líder é algo de conhecimento geral. Confiança é algo tão crucial, especialmente na liderança, que uma reputação manchada criará sérios problemas. Os apóstolos alistaram uma boa reputação como a primeira exigência para aqueles que haveriam de ocupar a função de liderança - At 6.3 cf I Tm 3:2; Tt 1:6 cf At 20.17-35.

• O líder autêntico precisa ser sensível ao pecado que outros possivelmente consideram aceitável, posto que o comportamento não apropriado para um líder torna a nova natureza dos filhos da luz em uma farsa (Ef 5.8).

(2) - CHEIO DO ESPÍRITO SANTO:

• At 6:3 – Este foi o segundo traço de caráter que os apóstolos solicitaram dos líderes que cuidavam da distribuição diária.

• Há alguma controvérsia com relação ao significado dessa frase: "Cheio do Espírito Santo". Mas é razoavelmente claro que significa três coisas:

• (A) – O LÍDER TORNOU-SE CORAJOSO E VALENTE – At 2 cf 4:8, 31; 7:54-60 - Liderança e um "espírito de medo" não se casam; timidez em um líder não é um sinal saudável – II Tm 1.7.

• (B) – O LÍDER TORNOU-SE ZELOSO E COM PODER EVANGELÍSTICO – At 8:6-7 - Filipe proclamava o nome Cristo com unção; demônios eram expulsos e milagres de curas eram realizados.

• Atualmente, não precisamos exigir dos líderes que realizem milagres, mas que tenham zelo por Deus, que é evidência clara da presença do Espírito.

• (C) – O LÍDER NÃO ESTÁ SOZINHO; TEM UM “ASSISTENTE DIVINO” – At 8:26-31; 13:7-10 - Sem o Espírito, será que Filipe deixaria o ministério frutífero em Samaria e viajaria à Gaza para falar de Cristo a uma só pessoa?! Ou será que Paulo teria exercido a coragem e o entendimento de desafiar Elimas para que o procônsul cresse no Senhor? Permanece de importância máxima que o líder saiba a mente do Senhor, antes de tomar decisões que afetem sua vida e a de outras pessoas.

(3) – SABEDORIA:

• At 6:1 - Os apóstolos reconheceram a importância de manter o amor mútuo e a unidade na Igreja. Consequentemente, eles formaram a base para um segundo nível de liderança: a "diaconia”. A sabedoria é a chave virtuosa entre as qualidades que os sete homens precisavam.

• Sabedoria significa mais do que mera inteligência. Enquanto esta refere-se à habilidade de resolver problemas de forma correta pelo uso da razão e experiência, aquela refere-se à inteligência divina.

• Isso explica a descrição de "sabedoria” que Tiago chama de terrena e natural - Tg 3.15 - que produz um "sentimento faccioso", o qual normalmente cria "inveja amargurada”.

Tg 3.17 cf I Cor 1:19-25 - A sabedoria lá do alto, por outro lado,...

• (1) - é "pura”, livre de contaminação facciosa; 

(2) - produz paz, em vez de contenda e disputa; 

• (3) - é "gentil", ou seja, preocupada com o sentimento dos outros; 

• (4) - é "razoável", disposta a ceder e a negociar. 

•  (5) - é "plena de misericórdia", mostrando seu amor a outros. 

•  (6) - "Bons frutos" caracterizam o resultado dessa sabedoria em ação. 

Enfim, sabedoria significa prontidão e perseverança, além da ausência de hipocrisia. Onde a "sabedoria" é usada, ações generosas e boas serão certamente encontradas.

• Um líder autêntico certamente demonstrará a sabedoria lá do alto, concedida pelo Espírito Santo de Deus àqueles que a buscam para si.

(4) – FÉ:

• At 6:5 – A "fé" não é alistada entre as qualidades daqueles que cuidariam do fundo de distribuição das viúvas. Porém, Estêvão é descrito como um "homem cheio de fé".

• At 7 - A fé de Estêvão excedera na forma que interpretou a história da salvação de Israel. Cada evento é entendido à luz da intervenção e do soberano controle do Senhor sobre os eventos passados; ele pode ver a glória de Deus independentemente dos planos assassinos dos judeus . Ele também pode ver Jesus assentado à direita de Deus e ter certeza que derrotas na Terra são vitórias no Céu.

• II Cor 1:8-9 - Paulo também não interpreta os eventos recentes em sua vida como marcas dos golpes vencedores do diabo. O apóstolo via a realidade pela lente da fé.

• Hb 11:6 - Deus nunca pode agradar-se de um líder que exerce autoridade em Seu Reino que não seja um homem de fé.


(5) – AMOR:

• Lc 9:23-24 - O "salvar a vida” por meio de “perdê-la” por Cristo e pelos necessitados não é mais algo popular, embora seja o ponto central daquilo que Jesus exige de Seus seguidores. O amor é mais importante no Novo Testamento do que os dons espirituais ou o conhecimento – I Cor 8:1; 13.

• Uma liderança sem amor é como um corpo sem o coração: Morta e sem sentido; ela promove vaidade, em vez de maturidade cristã – II Cor 5.14.

(6) – SERVILISMO:

• At 6:2 - Lembremos que para liberar os apóstolos para exercerem somente o trabalho espiritual, direcionou-se a busca por homens para "servirem às mesas".

• Um termo que Paulo usa constantemente para descrever sua própria função é "diácono" (servo). Em suas cartas, nenhum de seus companheiros é chamado de profeta, professor ou pastor, muito menos, ancião ou bispo. 

I Cor 3.5, 9; 16:15-16; II Cor 6.1, 4 - As designações mais usadas são: "cooperador", "irmão", "servo" e "apóstolo". Paulo usa diáconos (servos) em próxima relação à "obreiros" e "ministros". Paulo usa o termo "ministro (servo)" para enfatizar essa atitude humilde (I Cor 4:1).  Desta forma, os obreiros e os ministros são aqueles que tem se dedicado ao serviço dos santos.

Ef 4:11-12 - Os dons de apostolado, profecia, evangelista, pastor e mestre são distribuídos para a promoção e o treinamento de cristãos para o trabalho do ministério. Isso significa que nenhuma função na Igreja deve ser exercida sem um "espírito de serventia".


Esse é o tipo de liderança que precisamos hoje mais do que nunca: Um líder-servidor!

III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Apc 2:5 - Os efésios perderam seu primeiro amor devido à liderança defeituosa;

• Apc 3:1-3 - O estado moribundo da Igreja de Sardes foi a conseqüência da liderança pobre;

• Apc 3:13-20 - A condição morna da Igreja de Laodicéia foi o efeito natural de líderes orgulhosos e auto-suficientes que contagiaram a Igreja com o vírus mortal do mundanismo

• O caráter carnal da igreja de Corinto pode ser facilmente explicado pelo orgulho dos líderes da Igreja que substituíram Paulo, um servo humilde do Senhor. Seu exemplo e alertas foram insuficientes para implantar naquele lugar um espírito servil.

• Assim, nenhuma virtude bíblica deve ser premiada mais em um líder autêntico do que a vida santa, a sabedoria com discernimento, a plenitude do Espírito, o amor e um senso de servilidade equilibrado. Deus usa homens com esses perfis. Igrejas e organizações que notam que essas qualidades estão em falta em seu meio, necessitam clamar ao Senhor por avivamento.


FONTES DE CONSULTA:


• Kessler, Pr. Nemuel - “O que é liderança” – apostila
• Shedd, Russell Philip – “O líder que Deus usa: resgatando a liderança bíblica para a Igreja no novo milênio” - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova

LIÇÃO Nº 10 - 07/03/2010 - "A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO"

LIÇÃO 10 - DIA 07/03/2010
TÍTULO: “A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO”
TEXTO ÁUREO – II Cor 1:1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 10:1-8, 17-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br

I – INTRODUÇÃO:

· Jo 8:44; Apc 12:10 cf At 17:5-6 - Satanás não respeita qualquer princípio ético; não tem escrúpulos em mentir; acusar é um de seus papéis. O que ele precisa é de instrumentos humanos que se deixem usar, pois isto facilita o trabalho dele contra os servos do Senhor.


· Para um Homem de Deus os atentados contra sua honra podem representar uma dor mais doída do que o ser espancado com vara numa praça pública. A vara fere o corpo; a ofensa à honra, fere a alma. Não é sem razão que a honra de um homem de Deus, de um homem decente, honesto, correto tem sido um dos alvos prediletos de Satanás. Na maioria das vezes é de difícil defesa e espalha-se como fogo em palha seca. Mesmo diante de tal quadro O HOMEM DE DEUS PRECISA ESTAR PREPARADO PARA SUPORTAR CALÚNIAS, INJÚRIAS e DIFAMAÇÕES

II - SIGNIFICADOS DA PALAVRA “AUTORIDADE”:

· A maneira como a palavra “autoridade” é empregada na Bíblia normalmente significa o direito conferido a uma pessoa para fazer determinadas coisas, em função do cargo ou da posição que ocupa; significa PODER OU DIREITO DE AGIR, PARTICULARMENTE DE DAR ORDENS E DE SE FAZER OBEDECER.


· TIPOS DE AUTORIDADE: Há duas formas básicas de autoridade:

· (1) – AUTORIDADE INTRÍNSECA – Aquela inerente à natureza ou à essência de algo. Por exemplo: A autoridade de Deus, que é absoluta e incondicional – Sl 19:10; Is 40; e
· (2) – AUTORIDADE DELEGADA – Aquela concedida, derivada ou outorgada a alguém, proveniente de outra fonte de autoridade. Por exemplo: dos governos civis (Rm 13:1-7); dos pais (Ef 6:1-4); dos pastores e líderes (Hb 13:7, 17).

III – AUTORIDADE APOSTÓLICA:

· A autoridade apostólica é a AUTORIDADE DELEGADA por Jesus, pois os apóstolos:
· (A) – Eram testemunhas comissionadas por Cristo e Seus representantes – Mt 10:40; Jo 17:18; 20:21; At 1:8; II Cor 5:20);
· (B) – Receberam autoridade para fundar, edificar e regular Sua Igreja Universal – II Cor 10:8; 13:10;


· (C) – Deram ordens e prescreveram disciplina em nome de Cristo, demonstrando serem porta-vozes de Deus e possuírem autoridade divina – I Cor 5:4; II Ts 3:6
· (D) – Apontavam diáconos e presbíteros – At 6:3, 6; 14:23;
· (E) – Apresentavam ensinamentos como as verdades de Cristo, tanto quanto ao conteúdo como quanto à forma de expressão (I Cor 2:9-13 cf I Ts 2:13), a norma da fé (II Ts 2:15 cf Gl 1:8) e do comportamento (II Ts 3:4-6, 14); e
· (F) – Esperavam que suas regulamentações fossem recebidas como “mandamentos do Senhor” – I Cor 14:37.
· Assim, a autoridade que Cristo conferiu aos apóstolos era única. Não poderia ser transmitida a outros. Os apóstolos poderiam investir pessoas nas funções de presbíteros, líderes ou mestres nas Igrejas, dando-lhes autoridade para assumir determinadas responsabilidades. No entanto, a autoridade apostólica não chegou até nós através de seus sucessores, mas, sim, por seus escritos encontrados no Novo Testamento.

· Por isso, transcrevemos aqui as palavras do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard: “NÃO SOU OBRIGADO A OBEDECER A PAULO PORQUE ELE ERA EXEPCIONALMENTE INTELIGENTE; DEVO SUBMETER-ME A PAULO PORQUE ELE TEM AUTORIDADE DIVINA.”

IV – A PALAVRA “APÓSTOLO”:

· Algumas vezes a palavra APÓSTOLO é usada no N.T. em uma acepção genérica, com o significado de MENSAGEIRO. Exemplo: Jo 13:16 (enviado = apóstolo); II Cor 8:23 (mensageiros = apóstolos das Igrejas). O próprio Jesus é chamado O APÓSTOLO, em uma alusão Sua função como enviado especial de Deus ao mundo – Hb 3:1

· No entanto, a palavra APÓSTOLO assume um sentido mais amplo nas Epístolas Paulinas. Abrange as pessoas que, assim como Paulo, não estavam entre os doze apóstolos, mas que haviam visto o Cristo ressurreto e foram especialmente enviadas por Ele.

· Isto exposto, APÓSTOLO significa enviado especial de Jesus Cristo; uma pessoa a quem Jesus conferiu autoridade para realizar determinadas tarefas (Mc 3:14; 6:30).

V – A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA:

· Paulo tinha opositores: eram os falsos mestres, tanto internos como externos, legalistas judeus e, por isso, chamados de judaizantes; viviam como judeus, de acordo com as normas religiosas dos judeus (II Cor 11:26; Gl 2:14); agora ingressos no Cristianismo, queriam que os gentios observassem a lei de Moisés (At 15:1). Esses homens saíram de Jerusalém por sua própria conta; Tiago disse que nãos os enviara, portanto não podiam representar a Igreja de Jerusalém (At 15:24).
· A alegação de Paulo de que era um apóstolo foi contestada pelos opositores. Entretanto, Paulo considerava que as bases para a sua condição de apóstolo eram:
· (1) - O chamado direto do Senhor glorificado, que havia lhe aparecido na estrada para Damasco; e
· (2) - A graça de Deus sobre o seu ministério de alcançar pessoas para o Evangelho e plantar Igrejas – I Cor 15:10.
· Havendo Paulo sido um perseguidor da Igreja antes de sua conversão, os opositores tentavam excluí-lo da lista dos apóstolos! Os opositores pareciam levar vantagem, por não ser Paulo um dos doze que conviveram com Jesus. Eles sabiam dos requisitos apresentados pelo apóstolo Pedro! – At 1:21-25 - mas ignoravam o que está escrito na Palavra do Senhor acerca dos apóstolos que Deus constitui sobre a Sua Igreja – I Cor 12:18; Ef 4:11. Desta forma a Igreja de Corinto estava correndo o perigo de ser persuadida pelos opositores de Paulo.

· Paulo rebateu veementemente as acusações sofridas. A ênfase que ele dá à origem de seu apostolado mostra que o único que tem autoridade de constituir apóstolos é o Senhor Jesus. Além disso, ele afirma quatro vezes ter visto o Senhor (I Cor 9:1; 15:8; II Cor 4:6; Gl 1:15-16); o Livro de Atos dos Apóstolos apresenta Paulo como apóstolo (At 14:14).

· Paulo venceu seus opositores, não com armas carnais, tais como, eloqüência, organização, propaganda e coisas semelhantes, que são por si mesmas neutras, mas que podem ser usadas para o mal, por serem subservientes ao egoísmo, artimanhas e violência caracteristicamente humanas; Paulo os venceu com as armas espirituais, que são poderosas em Deus para destruição ou demolição de fortalezas – II Cor 10:4-5.

VI - A DEFESA DA AUTORIDADE MINISTERIAL:

· Parece que é tendência ainda hoje ser mais fácil induzir alguém ao erro do que levá-lo à verdade. Tais pessoas conhecem o seu pastor, sua história, sua origem, sua família, seu trabalho, sua dedicação à Igreja e seu cuidado com o rebanho. Porém, trocam esse homem de Deus por estranhos que sequer conhecem sua origem!
· A melhor defesa para um homem de Deus contra qualquer tipo de acusação feita ao Seu Ministério está no fato de ter uma consciência tranqüila diante do povo e diante do seu Deus.
· Paulo tinha - I Ts 2:1-8 - Um homem de Deus que prega e ensina a Palavra do Senhor, não procura induzir o povo ao erro, a fim de tirar proveito pessoal; tem sua consciência tranqüila diante de Deus. Paulo podia dizer – “...não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados” - Um homem de Deus que não busca sua própria glória, que não faz a Obra de Deus para ser louvado pelos homens, que abre mão até mesmo de direitos que lhe são conferidos em virtudes do cargo que ocupa, tem sua consciência tranqüila diante de Deus (II Ts 3:6-10; At 20:17-21, 36-38)
· Moisés tinha – Nm 16:1-3 - Quando seu Ministério foi contestado, ele pode declarar sua integridade moral. Moisés era um homem que tinha as mãos limpas. Não era uma simples, mas uma rebelião de “peso”. Os Ministérios de Moisés e de Arão estavam sendo postos em dúvidas! (Nm 16:12-13). Contudo, não houve troca de acusações, escândalo, brigas! Moisés tinha sua consciência tranqüila diante de Deus; ele tinha consciência de que não havia dado causa àquela rebelião. Ele era um homem íntegro diante de Deus (Nm 16:15). Quando o homem de Deus tem sua consciência tranqüila e a certeza de estar com suas mãos limpas, ele pode entregar a Defesa de Seu Ministério nas mãos de seu Deus! Moisés fez isto e Deus tomou as providências necessárias, sem prejuízo para a integridade do povo, consumindo os rebeldes (Nm 16:32-33) - A melhor defesa para um homem de Deus contra qualquer tipo de acusação feita ao Seu Ministério está no fato de ter uma consciência tranqüila diante do povo e diante de Deus.
· Samuel tinha - No final de Seu Ministério ele desafiou a qualquer do povo para que apresentasse uma só mancha em seu Ministério (I Sm 12:1-5).
· Paulo – Moisés – Samuel - Três homens de Deus! Três Ministérios diferentes! Três homens que tinham suas consciências tranqüilas diante do povo e diante de Deus! Três homens de “mãos limpas”! Três exemplos para todos os Obreiros de hoje! Aconteceu no passado! Acontece hoje! Qualquer homem de Deus, mesmo sem causa, poderá ter Seu Ministério contestado e até colocado em dúvidas. Mas, nos três exemplos citados, aqueles homens não vacilaram em invocar o testemunho de Deus sobre seus Ministérios e não tiveram medo de desafiar o povo a apontar qualquer mancha em suas vidas e desempenho Ministerial.
· Daí voltamos a afirmar que a melhor defesa para um homem de Deus contra qualquer tipo de acusação feita ao Seu Ministério está no fato de ter uma consciência tranqüila diante do povo e diante de Deus (I Pe 3:16-17; 4:15-16).

VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

· Lc 22:26-27 - O uso mais nobre da autoridade envolve a atitude de servir ao próximo. O cristão que procura seguir o exemplo de Cristo aprenderá a usar sua autoridade com as pessoas e não sobre elas. No mais, o cristão, que deve ser sábio, não se esquece de que toda forma delegada de autoridade irá um dia retornar a Deus, que a concedeu (I Cor 15:24-28). No entanto, as recompensas pela fidelidade irão durar por toda a eternidade (I Jo 2:17).

FONTES DE CONSULTA:


· Comentário Bíblico Broadman - JUERP
· Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1999 – Comentarista: Esequias Soares
· Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1993 – Comentarista: Eurico Bergstén
· Enciclopédia da Bíblia – Editora Cultura Cristã
· Dicionário Ilustrado da Bíblia – Edições Vida Nova
· O Novo Dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova

O PRINCÍPIO BIBLICO DA GENEROSIDADE

O PRINCÍPIO BIBLICO DA GENEROSIDADE

2 Coríntios – “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei
gastar pelas vossas almas”
Lição 09 O Princípio Bíblico da
Generosidade
Por PR Manoel B. M. Júnior.
Texto Áureo: “Cada um contribua Segundo Propôs no seu coração,
não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria” (2 Co 9.7).


Verdade Prática: A generosidade é um princípio que deve preencher
o coração alcançado pela graça de Deus .

Leitura Bíblica em classe: 2 Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11 ARC.

INTRODUÇÃO

No final de sua primeira carta aos Coríntios (16. 1-4), Paulo mencionou uma “coleta para os santos”. Agora ele aborda com detalhes o tema da caridade. As Epístolas do NT e o livro de Atos deixam claro que entre 52 e 27 d.C., grande parte do trabalho de Paulo foi dedicada à arrecadação de dinheiro para os “pobres dentre os santos”que estavam em Jerusalém (Rm 15.26; Gl 2.10), este exemplo está em extinção!

I. EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS (8.1-6,9; 9.1,2)
1. O exemplo dos Macedônios (8.1-6).
O trecho que agora consideramos é de grande interesse, embora o assunto, sendo uma "coleta especial", possa parecer de importância passageira. O interesse, no entanto, jaz no fato de o apóstolo exortar os irmãos da Acaia a que juntem suas ofertas às dos irmãos da Macedônia, a fim de suprirem as necessidades materiais dos crentes pobres de Jerusalém. Assim aprendemos da Escritura que temos obrigações para com nossos irmãos mais pobres; e que o cumprimento dessas obrigações pode ter rica significação espiritual. As circunstâncias na Macedônia, quando esta coleta foi levantada, não eram de prosperidade. Os irmãos ali estavam em muita prova de tribulação e profunda pobreza (2), quando contribuíram liberalmente e, com efeito, acima de suas posses (3). E ficaram ansiosos por fazer chegar essas ofertas ao seu destino por mãos de Paulo e seus companheiros, considerando essa dádiva aos santos de Jerusalém como expressão de companheirismo e assistência (4). Tito (6). Foi Tito quem empreendeu coleta idêntica entre os coríntios. O apóstolo exorta-os a que mostrem o mesmo zelo neste assunto prático, cristão, assim como se mostravam zelosos na fé, na palavra, no saber e em todo o cuidado (7), matérias estas de caráter mais "espiritual". É claro que ele considerava a plena vida cristã abrangendo ambas estas atividades. Admite, entretanto, no vers. 8, que lhe falta autoridade para exigir deles a coleta; apenas lhes dá oportunidade de provar, como ele diz, a sinceridade do vosso amor (8).

2. O exemplo de Jesus Cristo (8.9).
O vers. 9 resume admiravelmente todo o propósito da encarnação. A posição de glória que Cristo desfrutava com o Pai foi por Ele sacrificada, a fim de nos auxiliar. Cfr. Fp 2.6-7. Assim, devemos sacrificar alguma coisa para ajudar a outros. Veja-se também 1 Pe 2.20-21, onde a vida e a morte de nosso Senhor nos são apresentadas como exemplo. Se as razões expostas acima não fossem suficientes para completar sua obra de benevolência, Paulo teria mais uma razão para os Coríntios a completarem. Ele guardou a razão mais constrangedora para o final, mantendo o supremo exemplo da graça – O Senhor Jesus Cristo. Aponta para a encarnação como modelo completo da graça abnegada que respondeu à angustia dos outros. O Senhor Jesus deixou voluntariamente sua riqueza Divina por nossa causa e assumiu a pobreza de nossa humanidade (Fp 2.6-8), para que nEle pudéssemos ganhar a riqueza espiritual da Salvação (Ef 1.7, 18; 2.7; 3.8,16; Fp 4.19; Cl 1.27).

3. O exemplo da igreja coríntia (9.1,2).

Esta seção dá continuidade à exortação de Paulo para a generosidade entre os Coríntios. Aqui aprendemos algo sobre o conteúdo de seu orgulho por eles. Podemos ver também mais de Paulo como o motivador, ao continuar a encorajá-los a completar esta bondosa oferta. Paulo começa com uma declaração enfática (quase gloriando-se) de sua confiança neles: realmente não precisa escrever-lhes sobre esta ministração aos santos de Jerusalém, porque já sabe quão ansiosos e prontos estão para responder a esta necessidade. Na verdade, ele se gloriou junto aos macedônios de que os da Acaia (incluindo os Coríntios) estavam prontos e preparados para colaborar há um ano. Fica claro que Paulo está usando uma igreja para motivar outra. No capítulo 8, ele apresenta os Macedônicos como um exemplo para os Coríntios seguirem em sua abnegada doação. Agora aprendemos que a resposta Macedônica deveu-se em parte à motivação trazida por Paulo, apresentando os da Acaia como exemplo: “Vosso zelo tem estimulado a muitos” (v.2).

II. EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR (8.7-15)

1. A igreja de Corinto foi encorajada a repartir generosamente com os necessitados (8.11).
Evidentemente os Coríntios marcaram um alvo para a coleta somando as quantias que os membros sentiram que Deus queria que ofertassem. Mais ainda não tinham levado a cabo as boas intenções. uma referência de data que ajuda a colocar a redação desta epístola em determinado tempo. Evidentemente por essa época os coríntios haviam empreendido fazer essa coleta; agora Paulo incita-os a levá-la a cabo afim de socorrer os santos de Jerusalém.

O que levou a igreja mãe (Jerusalém) depender de ajuda financeira? Porque havia tanta pobreza entre os cristãos de Jerusalém?
Sem dúvida, um motivo era o fato de que muitos eram colocados no ostracismo pelos judeus, que se recusavam a empregar, ou até mesmo comprar bens de pessoas que nessa época eram encaradas não como membros de uma seita judaica, mas como apóstatas . outra razão foi uma escassez de alimentos causada pela superpopulação, que resultou em época de fome no ano 46 d.C., durante o governo de Claudio (At 11.27-30). O problema dos pobres teria sido exacerbado pelos pesados impostos cobrados na palestina, não somente pelos romanos, mas também pelos governantes locais. Também foi sugerido que a boa vontade daqueles que possuíam grandes propriedades de vender suas posses para manter os pobres, embora pudessem ter satisfeito necessidades imediatas, teria a longo prazo, causado o impacto do empobrecimento de todos (At 2.44,45; 4.32-35). Quaisquer que sejam as causas, os cristãos da terra santa quase estiveram privados de recursos durante este período, e Paulo dedicou-se a arrecadar fundos entre as igrejas gentílicas para satisfazer o que era uma necessidade verdadeiramente desesperadora. A perseguição causada pela morte de Estevão também contribuiu para o empobrecimento da igreja (AT 8.1-3).

2. A responsabilidade social da igreja.

O principio da generosidade é algo lindo de mais em todo o contexto das escrituras, não existe em nenhum outro lugar das escrituras passagem semelhante a esta. Jesus nos deu grandes exemplos de generosidade em própria vida e pelo que ensinava, em Lucas (Lc 10. 25-37) Jesus nos deu um exemplo de Amor, Compaixão e generosidade sem igual. Esta alternativa é introduzida na parábola do bom samaritano. O principal personagem deste episódio é um doutor da lei (Lc 10.25) que deu uma resposta que qualquer judeu instruído daria à pergunta de Cristo – “que está escrito na lei?” – a respeito da vida eterna , e do sacerdote e do levita da história do samaritano, cuja indiferença ao sofrimento do homem atacado pelos ladrões contraria o principio mais fundamental dessa lei (Lc 10. 25-37). Portanto a única alternativa de Jesus é uma religião do livro representada pelo judaísmo do primeiro século, que havia perdido de vista a misericórdia ao procurar justificar-se, como fez o doutor da lei (Lc 10.29), através de suas interpretações da lei de Deus. Havia um bando de ladrões que assaltaram o homem deixando-o quase morto, um sacerdote que teoricamente era o representante de Deus para o povo e um levita que também teoricamente era considerado separado para representar a santidade no serviço à Deus. Na minha visão tanto os salteadores como o sacerdote e o levita estão no mesmo nível os primeiros porque não deveriam fazer o mal e fizeram e os últimos porque deviriam ter feito o bem agindo generosamente para com o homem ferido e não fizeram nada. “Quantas pessoas que se dizem cristãs, pastores, líderes agem da mesma maneira hoje desprezando o princípio mais importante da lei que é amar o próximo como a si mesmo”, estão entesourando pra si enquanto outros nada tem obrigam os outros a tirar de onde não tem para satisfazerem seus caprichos medíocres – Filhos de satanás é isso que são! O samaritano não conhecia aquele homem não perguntou se ele era judeu ou gentil, se era da assembléia de Deus ou de outra denominação, ele simplesmente ignorou tudo isso e socorreu o próximo pagando todas despesas e cuidados médicos que aquele homem teve e ainda lhe chamou de amigo – que exemplo não?

3. A generosidade cristã requer reciprocidade mútua dos recursos.

Cristo nos chama a lei do desapego. A graça de Deus deve reconhecer-se como raiz e fonte de todo bem em nós, ou feito por nós, em todo momento. Grande graça e favor de Deus é que sejamos úteis para o próximo e o progresso de qualquer boa obra. Paulo elogia a caridade dos macedônios. Longe de necessitar que Paulo os exortasse, lhe rogaram que recebesse a dádiva que lhe enviaram.
Qualquer seja a coisa que usemos ou disponhamos para Deus, tão só se trata de dar-Lhe o que é Seu. Todo o que demos para fins caritativos não será aceito por Deus, nem será para vantagem nossa, a menos que, primeiro, nos demos nós mesmos ao Senhor e ao próximo. Atribuindo à graça de Deus todas as obras realmente boas, não só lhe damos a glória a quem corresponde, senão também, mostramos aos homens onde está sua força. O gozo espiritual abundante alarga os corações dos homens no trabalho e a obra de amor. Quão diferente é isto da conduta dos que não se unirão a nenhuma boa obra a menos que lhes seja exigida! Ao arguir o jovem rico a vender as suas propriedades e repartir o dinheiro com os pobres todo o verdadeiro interesse do jovem milionário veio a tona e esta mesma cena se repete em nossos dias – qua lástima!

III. OS PRICÍPIOS DA GENEROSIDADE (9.6 -15)

1. O valor da liberalidade na contribuição.
Prossegue o apóstolo referindo o espírito com que os crentes devem contribuir para socorrer os outros em suas necessidades, e como o recebimento, com gratidão, dessas dádivas deve levar seus beneficiários a orar em favor dos ofertantes. Assim, estabelece-se uma bênção recíproca, e o apóstolo glorifica a Deus ao contemplar este resultado abençoado. Aquele que semeia pouco (6). É uma lição que a natureza nos ensina, aplicada à vida espiritual. Se a semente é semeada com parcimônia, a safra será escassa. Assim, se nos retraímos, ou se relutamos em nosso serviço cristão, a colheita será diminuta. O vers. 7 dá-nos o espírito desse serviço. A quem dá com alegria (7). O grego tem "hilaridade". Sugere um espírito de real prazer, que faz a pessoa não caber em si.


2. A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três que norteiam o serviço social.

A igreja hodierna precisa reconhecer que não está aqui apenas para pregar o evangelho mas também socorrer os necessitados em suas carências. A obra social deve ser encarada como um serviço em adoração a Deus sabendo que Deus pode (é poderoso) (8). Prover e suprir todas nossas necessidades. O homem não dá do que é propriamente seu, e sim daquilo que Deus lhe tem dado. A Bíblia lembra-nos isto em muitas passagens-"Das tuas mãos to damos" (1Cr 29.14). No vers. 9, o apóstolo cita o Sl 112.9. Este Salmo descreve o gênero de vida de um homem justo. Será rico em sua casa, e dará a outros. Não temerá notícias más porque seu coração está firme em Deus. Em outras palavras, a Bíblia ensina que o homem de Deus não sofrerá necessidade, mas terá de fato o suficiente para dar a outros. Dará pão (10); a ARA dá o sentido com maior clareza: "Aquele que dá semente ao que semeia, e pão para alimento, também suprirá e aumentará a vossa sementeira, e multiplicará os frutos da vossa justiça".

3. A graça de contribuir.
A generosidade do contribuinte Redunda em muitas graças a Deus (12). Deus organizou a vida humana por tal forma, que o nosso serviço pelos outros redunda em bênção para nós e contribui para a glória de Deus, que é o Criador de todas as coisas. Obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo (13). Os santos, que vão receber a dádiva, dar-lhe-ão tanto melhor acolhida por proceder ela da aceitação do evangelho pelos coríntios. Oram eles a vosso favor (14). Um elo de amor é forjado por essas dádivas. Graças a Deus (15). A contemplação de todos estes resultados leva o apóstolo a regozijar-se, em espírito, com a operação de Deus no coração humano. Seu dom inefável (15). 2 Co 8.9. O apóstolo é levado naturalmente a pensar na generosidade divina para com os homens, dando-lhes Cristo pensamento este que nunca encontra palavras adequadas que o expressem.

CONCLUSÃO
O dinheiro doado com caridade pode parecer jogado no lixo para a mente carnal, mas quando se dá sobre a base dos princípios apropriados, é semente plantada, da qual pode esperar-se um valioso incremento, deve-se dar com cuidado. As obras de caridade, como todas as demais boas obras, devem fazer-se de forma reflexiva e intencionada. A devida reflexão sobre nossas circunstâncias, e a daqueles aos que socorreremos, orientará nossas dádivas ao serviço da caridade. A ajuda deve dar-se com generosidade, seja mais ou menos, e não com relutância, senão com alegria. Enquanto alguns espalham e ainda assim crescem, outros retêm mais do que se vê e isso os conduz à pobreza. Se tivermos mais fé e amor, desperdiçaríamos menos em nós mesmos, e semearíamos mais com a esperança de um comunicação abundante. Pode um homem perder fazendo aquilo com que Deus se agrada? Ele pode fazer que toda a graça abunde para conosco, e que abunde em nós; pode dar um grande crescimento das boas coisas espirituais e das temporais. Pode fazer que tenhamos suficiente em todas as coisas e que nos contentemos com o que temos. Deus não só nos dá bastante para nós mesmos, senão para que também possamos suprir com isso as necessidades do próximo, e isto deve ser como semente para plantar. Devemos mostrar a realidade de nossa sujeição ao evangelho pelas obras da caridade. Isto será para mérito de nossa confissão e para o louvor e a glória de Deus. Devemos propor-nos imitar o exemplo de Cristo, sem cansar-nos de fazer o bem, e considerando que é mais bem-aventurado dar que receber. Bendito seja Deus pelo dom inefável de sua graça, pela qual capacita e inclina a alguns de seu povo a dar a outrem, e aos outros a ficarem agradecidos por isso; e bendito seja para toda a eternidade seu glorioso nome por Jesus Cristo, o dom de valor inapreciável de seu amor, por meio do qual estas e todas as outras coisas, que pertencem à vida e à piedade, nos são dadas gratuitamente, além de toda expressão, medida ou limite.

Ministério Ad Adoração

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Pr. Severino Ramo & Miss. Eliene Silva

Solicitação de Doação Mensal - Contrato da Aquisição do Terreno para Construção do Templo da AD Adoração Limoeiro.

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