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O PRINCÍPIO BIBLICO DA GENEROSIDADE

O PRINCÍPIO BIBLICO DA GENEROSIDADE

2 Coríntios – “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei
gastar pelas vossas almas”
Lição 09 O Princípio Bíblico da
Generosidade
Por PR Manoel B. M. Júnior.
Texto Áureo: “Cada um contribua Segundo Propôs no seu coração,
não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria” (2 Co 9.7).


Verdade Prática: A generosidade é um princípio que deve preencher
o coração alcançado pela graça de Deus .

Leitura Bíblica em classe: 2 Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11 ARC.

INTRODUÇÃO

No final de sua primeira carta aos Coríntios (16. 1-4), Paulo mencionou uma “coleta para os santos”. Agora ele aborda com detalhes o tema da caridade. As Epístolas do NT e o livro de Atos deixam claro que entre 52 e 27 d.C., grande parte do trabalho de Paulo foi dedicada à arrecadação de dinheiro para os “pobres dentre os santos”que estavam em Jerusalém (Rm 15.26; Gl 2.10), este exemplo está em extinção!

I. EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS (8.1-6,9; 9.1,2)
1. O exemplo dos Macedônios (8.1-6).
O trecho que agora consideramos é de grande interesse, embora o assunto, sendo uma "coleta especial", possa parecer de importância passageira. O interesse, no entanto, jaz no fato de o apóstolo exortar os irmãos da Acaia a que juntem suas ofertas às dos irmãos da Macedônia, a fim de suprirem as necessidades materiais dos crentes pobres de Jerusalém. Assim aprendemos da Escritura que temos obrigações para com nossos irmãos mais pobres; e que o cumprimento dessas obrigações pode ter rica significação espiritual. As circunstâncias na Macedônia, quando esta coleta foi levantada, não eram de prosperidade. Os irmãos ali estavam em muita prova de tribulação e profunda pobreza (2), quando contribuíram liberalmente e, com efeito, acima de suas posses (3). E ficaram ansiosos por fazer chegar essas ofertas ao seu destino por mãos de Paulo e seus companheiros, considerando essa dádiva aos santos de Jerusalém como expressão de companheirismo e assistência (4). Tito (6). Foi Tito quem empreendeu coleta idêntica entre os coríntios. O apóstolo exorta-os a que mostrem o mesmo zelo neste assunto prático, cristão, assim como se mostravam zelosos na fé, na palavra, no saber e em todo o cuidado (7), matérias estas de caráter mais "espiritual". É claro que ele considerava a plena vida cristã abrangendo ambas estas atividades. Admite, entretanto, no vers. 8, que lhe falta autoridade para exigir deles a coleta; apenas lhes dá oportunidade de provar, como ele diz, a sinceridade do vosso amor (8).

2. O exemplo de Jesus Cristo (8.9).
O vers. 9 resume admiravelmente todo o propósito da encarnação. A posição de glória que Cristo desfrutava com o Pai foi por Ele sacrificada, a fim de nos auxiliar. Cfr. Fp 2.6-7. Assim, devemos sacrificar alguma coisa para ajudar a outros. Veja-se também 1 Pe 2.20-21, onde a vida e a morte de nosso Senhor nos são apresentadas como exemplo. Se as razões expostas acima não fossem suficientes para completar sua obra de benevolência, Paulo teria mais uma razão para os Coríntios a completarem. Ele guardou a razão mais constrangedora para o final, mantendo o supremo exemplo da graça – O Senhor Jesus Cristo. Aponta para a encarnação como modelo completo da graça abnegada que respondeu à angustia dos outros. O Senhor Jesus deixou voluntariamente sua riqueza Divina por nossa causa e assumiu a pobreza de nossa humanidade (Fp 2.6-8), para que nEle pudéssemos ganhar a riqueza espiritual da Salvação (Ef 1.7, 18; 2.7; 3.8,16; Fp 4.19; Cl 1.27).

3. O exemplo da igreja coríntia (9.1,2).

Esta seção dá continuidade à exortação de Paulo para a generosidade entre os Coríntios. Aqui aprendemos algo sobre o conteúdo de seu orgulho por eles. Podemos ver também mais de Paulo como o motivador, ao continuar a encorajá-los a completar esta bondosa oferta. Paulo começa com uma declaração enfática (quase gloriando-se) de sua confiança neles: realmente não precisa escrever-lhes sobre esta ministração aos santos de Jerusalém, porque já sabe quão ansiosos e prontos estão para responder a esta necessidade. Na verdade, ele se gloriou junto aos macedônios de que os da Acaia (incluindo os Coríntios) estavam prontos e preparados para colaborar há um ano. Fica claro que Paulo está usando uma igreja para motivar outra. No capítulo 8, ele apresenta os Macedônicos como um exemplo para os Coríntios seguirem em sua abnegada doação. Agora aprendemos que a resposta Macedônica deveu-se em parte à motivação trazida por Paulo, apresentando os da Acaia como exemplo: “Vosso zelo tem estimulado a muitos” (v.2).

II. EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR (8.7-15)

1. A igreja de Corinto foi encorajada a repartir generosamente com os necessitados (8.11).
Evidentemente os Coríntios marcaram um alvo para a coleta somando as quantias que os membros sentiram que Deus queria que ofertassem. Mais ainda não tinham levado a cabo as boas intenções. uma referência de data que ajuda a colocar a redação desta epístola em determinado tempo. Evidentemente por essa época os coríntios haviam empreendido fazer essa coleta; agora Paulo incita-os a levá-la a cabo afim de socorrer os santos de Jerusalém.

O que levou a igreja mãe (Jerusalém) depender de ajuda financeira? Porque havia tanta pobreza entre os cristãos de Jerusalém?
Sem dúvida, um motivo era o fato de que muitos eram colocados no ostracismo pelos judeus, que se recusavam a empregar, ou até mesmo comprar bens de pessoas que nessa época eram encaradas não como membros de uma seita judaica, mas como apóstatas . outra razão foi uma escassez de alimentos causada pela superpopulação, que resultou em época de fome no ano 46 d.C., durante o governo de Claudio (At 11.27-30). O problema dos pobres teria sido exacerbado pelos pesados impostos cobrados na palestina, não somente pelos romanos, mas também pelos governantes locais. Também foi sugerido que a boa vontade daqueles que possuíam grandes propriedades de vender suas posses para manter os pobres, embora pudessem ter satisfeito necessidades imediatas, teria a longo prazo, causado o impacto do empobrecimento de todos (At 2.44,45; 4.32-35). Quaisquer que sejam as causas, os cristãos da terra santa quase estiveram privados de recursos durante este período, e Paulo dedicou-se a arrecadar fundos entre as igrejas gentílicas para satisfazer o que era uma necessidade verdadeiramente desesperadora. A perseguição causada pela morte de Estevão também contribuiu para o empobrecimento da igreja (AT 8.1-3).

2. A responsabilidade social da igreja.

O principio da generosidade é algo lindo de mais em todo o contexto das escrituras, não existe em nenhum outro lugar das escrituras passagem semelhante a esta. Jesus nos deu grandes exemplos de generosidade em própria vida e pelo que ensinava, em Lucas (Lc 10. 25-37) Jesus nos deu um exemplo de Amor, Compaixão e generosidade sem igual. Esta alternativa é introduzida na parábola do bom samaritano. O principal personagem deste episódio é um doutor da lei (Lc 10.25) que deu uma resposta que qualquer judeu instruído daria à pergunta de Cristo – “que está escrito na lei?” – a respeito da vida eterna , e do sacerdote e do levita da história do samaritano, cuja indiferença ao sofrimento do homem atacado pelos ladrões contraria o principio mais fundamental dessa lei (Lc 10. 25-37). Portanto a única alternativa de Jesus é uma religião do livro representada pelo judaísmo do primeiro século, que havia perdido de vista a misericórdia ao procurar justificar-se, como fez o doutor da lei (Lc 10.29), através de suas interpretações da lei de Deus. Havia um bando de ladrões que assaltaram o homem deixando-o quase morto, um sacerdote que teoricamente era o representante de Deus para o povo e um levita que também teoricamente era considerado separado para representar a santidade no serviço à Deus. Na minha visão tanto os salteadores como o sacerdote e o levita estão no mesmo nível os primeiros porque não deveriam fazer o mal e fizeram e os últimos porque deviriam ter feito o bem agindo generosamente para com o homem ferido e não fizeram nada. “Quantas pessoas que se dizem cristãs, pastores, líderes agem da mesma maneira hoje desprezando o princípio mais importante da lei que é amar o próximo como a si mesmo”, estão entesourando pra si enquanto outros nada tem obrigam os outros a tirar de onde não tem para satisfazerem seus caprichos medíocres – Filhos de satanás é isso que são! O samaritano não conhecia aquele homem não perguntou se ele era judeu ou gentil, se era da assembléia de Deus ou de outra denominação, ele simplesmente ignorou tudo isso e socorreu o próximo pagando todas despesas e cuidados médicos que aquele homem teve e ainda lhe chamou de amigo – que exemplo não?

3. A generosidade cristã requer reciprocidade mútua dos recursos.

Cristo nos chama a lei do desapego. A graça de Deus deve reconhecer-se como raiz e fonte de todo bem em nós, ou feito por nós, em todo momento. Grande graça e favor de Deus é que sejamos úteis para o próximo e o progresso de qualquer boa obra. Paulo elogia a caridade dos macedônios. Longe de necessitar que Paulo os exortasse, lhe rogaram que recebesse a dádiva que lhe enviaram.
Qualquer seja a coisa que usemos ou disponhamos para Deus, tão só se trata de dar-Lhe o que é Seu. Todo o que demos para fins caritativos não será aceito por Deus, nem será para vantagem nossa, a menos que, primeiro, nos demos nós mesmos ao Senhor e ao próximo. Atribuindo à graça de Deus todas as obras realmente boas, não só lhe damos a glória a quem corresponde, senão também, mostramos aos homens onde está sua força. O gozo espiritual abundante alarga os corações dos homens no trabalho e a obra de amor. Quão diferente é isto da conduta dos que não se unirão a nenhuma boa obra a menos que lhes seja exigida! Ao arguir o jovem rico a vender as suas propriedades e repartir o dinheiro com os pobres todo o verdadeiro interesse do jovem milionário veio a tona e esta mesma cena se repete em nossos dias – qua lástima!

III. OS PRICÍPIOS DA GENEROSIDADE (9.6 -15)

1. O valor da liberalidade na contribuição.
Prossegue o apóstolo referindo o espírito com que os crentes devem contribuir para socorrer os outros em suas necessidades, e como o recebimento, com gratidão, dessas dádivas deve levar seus beneficiários a orar em favor dos ofertantes. Assim, estabelece-se uma bênção recíproca, e o apóstolo glorifica a Deus ao contemplar este resultado abençoado. Aquele que semeia pouco (6). É uma lição que a natureza nos ensina, aplicada à vida espiritual. Se a semente é semeada com parcimônia, a safra será escassa. Assim, se nos retraímos, ou se relutamos em nosso serviço cristão, a colheita será diminuta. O vers. 7 dá-nos o espírito desse serviço. A quem dá com alegria (7). O grego tem "hilaridade". Sugere um espírito de real prazer, que faz a pessoa não caber em si.


2. A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três que norteiam o serviço social.

A igreja hodierna precisa reconhecer que não está aqui apenas para pregar o evangelho mas também socorrer os necessitados em suas carências. A obra social deve ser encarada como um serviço em adoração a Deus sabendo que Deus pode (é poderoso) (8). Prover e suprir todas nossas necessidades. O homem não dá do que é propriamente seu, e sim daquilo que Deus lhe tem dado. A Bíblia lembra-nos isto em muitas passagens-"Das tuas mãos to damos" (1Cr 29.14). No vers. 9, o apóstolo cita o Sl 112.9. Este Salmo descreve o gênero de vida de um homem justo. Será rico em sua casa, e dará a outros. Não temerá notícias más porque seu coração está firme em Deus. Em outras palavras, a Bíblia ensina que o homem de Deus não sofrerá necessidade, mas terá de fato o suficiente para dar a outros. Dará pão (10); a ARA dá o sentido com maior clareza: "Aquele que dá semente ao que semeia, e pão para alimento, também suprirá e aumentará a vossa sementeira, e multiplicará os frutos da vossa justiça".

3. A graça de contribuir.
A generosidade do contribuinte Redunda em muitas graças a Deus (12). Deus organizou a vida humana por tal forma, que o nosso serviço pelos outros redunda em bênção para nós e contribui para a glória de Deus, que é o Criador de todas as coisas. Obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo (13). Os santos, que vão receber a dádiva, dar-lhe-ão tanto melhor acolhida por proceder ela da aceitação do evangelho pelos coríntios. Oram eles a vosso favor (14). Um elo de amor é forjado por essas dádivas. Graças a Deus (15). A contemplação de todos estes resultados leva o apóstolo a regozijar-se, em espírito, com a operação de Deus no coração humano. Seu dom inefável (15). 2 Co 8.9. O apóstolo é levado naturalmente a pensar na generosidade divina para com os homens, dando-lhes Cristo pensamento este que nunca encontra palavras adequadas que o expressem.

CONCLUSÃO
O dinheiro doado com caridade pode parecer jogado no lixo para a mente carnal, mas quando se dá sobre a base dos princípios apropriados, é semente plantada, da qual pode esperar-se um valioso incremento, deve-se dar com cuidado. As obras de caridade, como todas as demais boas obras, devem fazer-se de forma reflexiva e intencionada. A devida reflexão sobre nossas circunstâncias, e a daqueles aos que socorreremos, orientará nossas dádivas ao serviço da caridade. A ajuda deve dar-se com generosidade, seja mais ou menos, e não com relutância, senão com alegria. Enquanto alguns espalham e ainda assim crescem, outros retêm mais do que se vê e isso os conduz à pobreza. Se tivermos mais fé e amor, desperdiçaríamos menos em nós mesmos, e semearíamos mais com a esperança de um comunicação abundante. Pode um homem perder fazendo aquilo com que Deus se agrada? Ele pode fazer que toda a graça abunde para conosco, e que abunde em nós; pode dar um grande crescimento das boas coisas espirituais e das temporais. Pode fazer que tenhamos suficiente em todas as coisas e que nos contentemos com o que temos. Deus não só nos dá bastante para nós mesmos, senão para que também possamos suprir com isso as necessidades do próximo, e isto deve ser como semente para plantar. Devemos mostrar a realidade de nossa sujeição ao evangelho pelas obras da caridade. Isto será para mérito de nossa confissão e para o louvor e a glória de Deus. Devemos propor-nos imitar o exemplo de Cristo, sem cansar-nos de fazer o bem, e considerando que é mais bem-aventurado dar que receber. Bendito seja Deus pelo dom inefável de sua graça, pela qual capacita e inclina a alguns de seu povo a dar a outrem, e aos outros a ficarem agradecidos por isso; e bendito seja para toda a eternidade seu glorioso nome por Jesus Cristo, o dom de valor inapreciável de seu amor, por meio do qual estas e todas as outras coisas, que pertencem à vida e à piedade, nos são dadas gratuitamente, além de toda expressão, medida ou limite.

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