Que é
o casamento
Dizem alguns, em tom de brincadeira, que o
casamento é um barco feito para naufragar. Se ele conseguir sustentar-se sobre as águas,
será exceção. Que pensamos nós, cristãos, acerca do casamento? Embora vivamos numa
sociedade chamada de "pós-moderna", e estejamos cercados por conceitos morais
liberais, nossos princípios devem estar firmados nas Escrituras Sagradas.
a) O
casamento é uma instituição divina, Gn 2: 18. Foi Deus quem estabeleceu o matrimônio,
com o objetivo de tornar o homem completo e feliz. A união conjugal não é um barco
feito para naufragar. Jesus ressaltou a importância do matrimônio e o confirmou como
sendo instituição divina, Mc 10: 7-9.
b) O
casamento é uma união exclusiva, Gn 2: 24. A idéia original de Deus para o casamento é
a monogamia. O Senhor criou uma mulher, Eva, e a entregou a um homem, Adão. Contudo, a
cobiça humana e as transformações culturais e sociais se encarregaram de fazer
mudanças na estrutura familiar. Por isso a poligamia tornou-se tão comum nos relatos do
Antigo Testamento e impregnou muitas culturas.
No Brasil, a bigamia é crime. Quem contrai novo
casamento, sendo ainda casado, pode ser condenado de dois a seis anos de reclusão. E o
solteiro que contrai núpcias com alguém que é casado, sabendo dessa circunstância,
pode ser condenado à prisão pelo período de um a três anos. A lei, no entanto, não
tem o poder de fazer com que maridos e esposas sejam fiéis no relacionamento conjugal.
c) O
casamento é uma união entre pessoas de sexo diferente. Dirão alguns leitores que é
óbvio que o casamento se dá entre pessoas de sexo diferente. Infelizmente, já não é
tão óbvio assim. Há legisladores brasileiros lutando pela aprovação de projetos de
lei que autorizariam a união civil entre homossexuais.
Em 2002, um projeto de autoria do deputado Ricardo
Fiúza propunha a seguinte redação para o artigo 11 do Código Civil: "O direito à
vida, à integridade físico-psíquica, à identidade, à honra, à imagem, à liberdade,
à privacidade, à opção sexual e outros reconhecidos à pessoa são natos, absolutos,
intransmissíveis, indisponíveis, irrenunciáveis, ilimitados, imprescritíveis,
impenhoráveis e inexpropriáveis". (grifo nosso).
O uso da expressão opção sexual na lei teria
amplos efeitos e concederia aos homossexuais a total proteção do Direito. No entanto,
nossa abordagem aqui não tem como fundamento o Direito, mas as Escrituras Sagradas. Aos
olhos divinos, o casamento é uma união entre homem e mulher. As Escrituras sempre
abominaram o homossexualismo, 1Co 6: 9-10; 1Tim 1: 10, etc.
d) O
casamento é uma união permanente. Deus planejou o casamento para durar a vida toda, Gn
1: 24. Contudo, já ao tempo do Antigo Testamento, os casais enfrentavam tantos problemas
que Moisés legislou acerca do divórcio. A mulher ficava completamente desprotegida
diante de um marido que não desejava mais permanecer casado.
Mas, quando chegamos ao Novo Testamento,
percebemos o quanto Jesus zelou pela saúde da família. Quando lhe perguntaram sobre o
divórcio, ele respondeu que Moisés o autorizara por causa da dureza do coração do
povo, Mc 10: 9. Jesus protegeu o matrimônio, valorizou a mulher na sociedade judaica e
disse que a única hipótese em que o divórcio era admissível seria no caso de
infidelidade conjugal, Mt 19: 9.
Para muitos, o vínculo conjugal pode ser desfeito
a partir do momento em que ocorrerem os primeiros conflitos ou quando os cônjuges não
combinarem mais. Nem todos pensam nos traumas que a separação e o divórcio trazem não
só para o casal, mas também para toda a família.
A Bíblia é clara com respeito aos fortes
vínculos dessa união, Mt 19: 9; 1Co 7: 10-11. A expressão "unir" (heb.
qbd
dabaq), em Gênesis 2: 24, originalmente tem o sentido de colar, soldar, pressupondo que
qualquer tentativa de rompimento trará efeitos devastadores.
Comentários