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O SUSTENTO DO MINISTÉRIO CRISTÃO ou AJUDA AOS NECESSITADOS

LIÇÃO 12 - Comentário
Introdução
Vimos que nos capítulos de 1 a 15 da carta em estudo, Paulo empregou todos os esforços para corrigir os erros doutrinários existentes na igreja de Coríntios. Na igreja de Jesus Cristo, os crentes têm responsabilidades e deveres no desenvolvimento da causa. A igreja realiza o ministério do culto, da educação cristã, da evangelização e do serviço. Aos santos cabe a obra do ministério, a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.12).
O cabeça da igreja é Jesus Cristo. A ele. a igreja deve obedecer. O método ideal de governo da igreja seria o teocrático, a igreja ouvindo a voz de Deus, tomando suas decisões nessa base.Deus provê liderança humana para a igreja. Essa liderança não é um corpo de atores que encenam uma peça no palco, enquanto os outros crentes permanecem como espectadores. Deus deu os apostolos, profetas, evangelistas e pastores mestres como dons à igreja.
A esses, cabe o preparo dos crentes, o aperfeiçoamento dos santos, ajudando-os no crescimento espiritual, e no alcance de condições para o testemunho e para o serviço, não só na igreja, mas principalmente no mundo.
O Senhor estabeleceu que essa liderança seria remunerada. Ele espera dos líderes a dedicação do melhor de sua vida, de seu tempo, de seus esforços para o reino de Deus. Sacerdotes e levitas eram sustentados pelas ofertas do povo, na igreja do Antigo Testamento.
Na igreja cristã, o ministério deve ser também sustentado pelo povo de Deus. Paulo ensina assim às igrejas com as quais trabalha. Ele nunca as desobriga do sustento de seus líderes. Ele trabalha com suas mãos para seu sustento, em circunstâncias especiais, quando desenvolve trabalho pioneiro, e as igrejas iniciantes não têm instrução e condiçoes para sustentá-lo. O ensino do apóstolo é que o sustento do ministério cristão constitui responsabilidade da igreja cristã.
I. Comentando os versículos 1 a 3
Paulo responde nos capítulos 8 a 10 as perguntas relacionadas com o uso de carne oferecida aos ídolos. No meio desa resposta, introduz sua defesa diante daqueles que tentavam amesquinhar seu ministério. Possivelmente apareceram algums comentários nesse sentido. Paulo jamais deixa sem resposta o menosprezo ap seu apostolado. Ele se declara apóstolo e livre. Apresenta como prova de seu apostolado o fato de ele haver visto Jesus, e a existência da igreja de Corinto, formada de crentes que foram levados por ele a fé.Era apóstolos aqueles que tinham visto Jesus, e andado com ele (At 1.21,22). Paulo não andara com Jesus. Mas ele o vira. Ele o vira ressuscitado, e depois de subir aos céus, no caminho de Damasco. E ao encontrar-se com ele, o Senhor o salvou e o chamou para o apostolado para que ele se tornasse um vaso de bênção.
O apostolado de Paulo deu frutos. Se outros não pudessem dizer isso, os cotíntios tinha de dizê-lo. Eles eram os frutos do ministério de Paulo. Eles eram o selo do apostolado de Paulo. "O selo era uma figura gravada numa pedra, por sua vez engastada num anel. Com a figura deste anel eram marcadas as cartas credenciais de uma autoridade". Os coríntios eram essa marca do apóstolo, as credenciais de seu apostolado. A expressão no Senhor é bem caracteristica de Paulo. Todo seu trabalho é feito no Senhor. Em nome de Jesus Cristo. Paulo não tem um evangelho próprio. Não ensina uma filosofia desenvolvida por ele. Não criou uma seita nova. Ele sempre trabalhou no Senhor, para o Senhor, tendo em vista a glória do Senhor.
II. Versículos 4 a 6
Paulo reivindica para ele o direito de comer e beber, sustentado pelas igrejas de Deus. Comer e beber são necessidades básicas da vida. Ele não está pedindo supérfluos. Às igrejas cabe o dever de sustentar o seu ministério com dignidade, satifazendo-lhe as necessidades básicas e essenciais, dando-lhe condições de realizar bem o ministério que recebeu do Senhor, sem preocupações e intranquilidades de natureza financeira.
Paulo reivindica também o direito de ter uma esposa crente. Ele renunciou à vida com uma mulher. Não sabemos se ele era solteiro ou viúvo. Não era sua intenção casar-se. Mas ele entende que ninguém tinha o direito de proíbi-lo, caso ele quisesse. Pelas palavras do verso 5 entendemos que os apóstolos eram casados, bem como Judas e Tiago, irmãos do Senhor Jesus. Impressiona que, diante de declarações como essa do apóstolo, haja "cristãos" que exijam de seus líderes o celibato. Alguém pode escolher não casar-se para servir a Deus, se o deseja. Mas ninguém pode afirmar que o serviço de uma pessoa solteira é mais agradável a Deus, do que o de uma pessoa casada.
No verso 6, Paulo mostra que ele e Barnabé costumavam trabalhar para seu próprio sustento. Os demais apóstolos eram sustentados pelas igrejas. Paulo e Barnabé cuidavam de seu sustento porque escolheram assim, tendo em vista a condição inicial das igrejas. Mas eles tinham o direito de servir, sustentados pelas igrejas às quais serviam.
III. Versículos 7 a 11
Paulo usa algumas figuras para argumentar, mostrando a necessidade de as igrejas sustentarem seus líderes espirituais. Quem se dedica à carreira militar recebe salário, vestes apropriadas e armas. Nada disso cabe-lhe adquirir. Ele é inteiramente sustentado pelos que o convocaram para a guerra. Quem se dedica à agricultura, da mesma forma tem o seu ganho. Come dos frutos de sua vinha, da plantação. Seu salário dá-se não somente em dinheiro mas também em frutos da terra. Quem dedica-se à atividade pecuária, também é recompensado por seu trabalho. Alimenta-se do leite do rebanho.Seria iso argumento do homem Paulo apenas? É essa a pergunta do verso 8. Ele responde: Não. A lei já determinou isso há muitos anos. Em Deuteronômio 25.4 está escrito que não deve ser cberta a boca do boi quando debulha, quando extrai o grão da espiga. Estabelecendo isso, Deus está cuidando só dos bois, provendo alimento para eles? Deus cuida dos bois, sim. Mas esse principio foi inserido na lei, diz Paulo, tendo em vista mostrar a necessidade também de sustento dos líderes espirituais do povo de Deus. Deus estava prevendo os problemas futuros quanto ao sustento do ministério.
O apóstolo aplica as ilustrações ao ministério cristão. Se aqueles que Deus chamou, entregando-lhes essa missão, semeam coisas espirituais, não é justo que sejam sustentados por aqueles que colhem beneficios dessa semeadura espiritual?
IV. Versiculos 12 a 14
Paulo lembra aos coríntios que ele tinha esse direito, embora não fizesse uso dele. Ele trabalhava buscando seu sustento para não pensarem que ele pregava o evangelho para alcançar beneficios materiais. A obra do ministério, da liderança da igreja, exige daqueles que a exercem inteira dedicação. A igreja não podeser prioridade dois de ninguém. Ela é a primeira prioridade de quem Deus chamou para o ministério. Logo, é necessário que o chamado seja sustentado pela igreja, para que lhe dedique tempo prioritário.Os que trabalham no templo, administram o sagrado, servem ao altar, isto é, levitas e sacerdotes comem do sagrado. Dianye de tudo isso Paulo mostra o principio que as igrejas devem entender e pôr em prática: Os que anunciam o evangelho comam do evangelho.
A apresentação deste principio implica em responsabilidade tanto para a igreja quanto para as pessoas que o Senhor chama para o ministério. Há um circulo vicioso ai. A igreja não sustenta por isso o obreiro que não lhe dedica tempo prioritário. Como o obreiro não dá esse tempo às igrejas, ela não está preparada para sustentá-lo. Precisamos tomar a sério o ensino das escrituras, e corajosamente quebrar esse circulo para beneficio da igreja, dos obreiros, da causa do evangelho, e principalmente para a glória de Deus.
V. Resumo:
O Obreiro Cristão e seu Sustento
1. Ele tem necessidades. "Não temos nós direito de comer e de beber?" (v.4). O obreiro tem necessidades básicas como qualquer outra pessoa. Em geral, tem familia que dele depende para o sustento. Como satrisfazer tais necessidades, se ele deve dedicar o melhor de seu tempo ao serviço de Deus? A igreja não pode permitir que os obreiros passem privações, e vivam intranquilos quanto às necessidades básicas suas e de seus familiares.
2. Ele é um trabalhador. "Quem jamaisvai à guerra à sua própria custa?... planta uma vinha... apascenta um rebanho" (v.7). Todo trabalhador ganha um salário. O obreiro cristão é um trabalhador. Logo ele deve ganhar também salário. Se as coisas fossem tão lógicas e fáceis assim, não haveria problemas. O problema é que nem sempre os crentes vêem o obreiro como um trabalhador. Ou o têem como uma exceção. Os outros ganham. Mas o obreiro deve trabalhar gratuitamente, ou pessimamente remunerado.
3. Os crentes são beneficiados. "Se nós semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as materiais?" (v.11). O trabalho do obreiro cristão traz beneficios aos crentes. Não só espirituais. Quando um crente vai bem espiritualmente, ele também prospera materialmente (Sl 1.1-3). Será de mais que o crente abençoado reparta com quem o ajudou a alcançar um pouco dessas bênçãos?
4. O exemplo de sacerdotes e levitas. "Os que administram o que é sagrado comem do que é do templo" (v.13). No Antigo Testamento, os servidores do culto recebiam do culto o seu sustento. Para que tivessem tempo e atenção para com o culto. Na igeja do Novo Testamento, não se pede menos do obreiro (que ele dedique tempo e atenção prioritárias ao culto e seus resultados) nem dos cultuadores, que devem contribuir para sustento do obreiro.
5. Deus ordena o sustento. "Ordenou também o Senhor" (v.14). O sustentyo do ministério é mandamento do Senhor, e não mera reivindicação dos obreiros.
A Deus toda Glória!

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