Documento indica que Igreja foi praticamente extinta na Coreia do Norte. Nas Maldivas, a prática do Cristianismo é proibida.
A intolerância religiosa continua a aumentar e os cristãos têm sido as principais vítimas, segundo dados oficiais.
“Dados da Agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos, no Vaticano, revelam que 75% das perseguições registadas são direccionadas contra cristãos”, explica o jornalista Octávio Carmo, que ontem apresentou ao público o Relatório 2010 da Liberdade Religiosa no Mundo, da autoria da fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
As perseguições acontecem por várias razões, seja por ódio religioso, como no Iraque ou no Paquistão, ou por motivos políticos, como na China e na Coreia do Norte, por exemplo, onde a comunidade cristã já foi praticamente extinta.
“[Na Coreia do Norte], estamos a falar de um dos mais extremos casos de extermínio da comunidade cristã. Neste momento, a Igreja não tem clero, a prática do culto é impossível e a comunidade católica não excederá as 200 pessoas, segundo a agência AsiaNews, especializada nesta zona do mundo”, afirma o jornalista.
Mais surpreendente é o caso das Maldivas. O destino turístico, procurado pelas suas praias paradisíacas, proíbe os cristãos de expressarem a sua fé, o que para Octavio Carmo devia ser tido em conta por quem lá quer passar férias.
“Uma das armas que temos efectivamente é fazer opções éticas e, quando tivermos que escolher, não nos comportarmos como as potências económicas que ignoram a questão da liberdade religiosa e de consciência quando precisam de fazer negócios com países que sabem que violam estes direitos. Mas nós temos uma escolha que é recusarmo-nos a apoiar quem viola a liberdade de escolha de irmãos nossos”, refere Octávio Carmo.
O relatório fala ainda na “cristianofobia” que tem aumentado no Ocidente, como de resto o Papa tem alertado em diversas intervenções públicas.
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