Atari, MSX, Phantom System, Master System, Nintendo, Mega Drive, Super Nintendo, 3DO, Saturno, Playstation 1, 2, 3 e portátil, Xbox, Wii e PC. Ufa, se você faz parte de uma geração que acompanhou a evolução dos vídeo games e também suas rápidas transformações tecnológicas e mutações ao passar dos anos.
Tenho que clarificar, vídeo games já foram os responsáveis por noites sem dormir, má alimentação, péssimas notas na escola, broncas da mãe e da namorada. Tudo isso devido há horas e horas em frente à TV ou monitor, mas eram por boas razões, afinal, passar para a próxima fase, "zerar" esse ou aquele jogo, ganhar um campeonato, vencer uma guerra ou até mesmo conquistar o mundo, são motivos mais do que suficiente, você não acha? Para quem estar dominado pelo vídeo game.
Muitos criticam vídeo games, pois pessoas que gostam dos jogos tendem a se fechar em seu "mundo" imaginário, várias horas em frente à TV ou monitor podem causar algum tipo de problema na vista (nada comprovado), ou a pessoa se torna menos sociável (o que é possível) ou atémesmo deixa de executar atividades de sua vida normal em prol dos joguinhos (fato comum). Mas deve existir algum tipo de benefício nisso? Como pesquisador de vídeo-game, elucidarei meus pontos de vista com relação a esse assunto e você tire suas próprias conclusões.
Como deu pra perceber a evolução do vídeo games seguem uma ordem cronológica e paralela ao meu crescimento, passando pela minha infância, juventude e chegando até a fase adulta, tenho certeza que essa evolução também acompanhou milhões de garotos e até mesmo garotas de minha geração. Muitas fitas, cartuchos, Cd´s, DVD´s e até Blue Ray´s depois, a indústria dos games tomou proporções gigantescas, para se ter uma idéia, nos 5 primeiros meses de 2007 foram vendidos 5 bilhões de dólares em equipamentos e vídeo games somente nos EUA, uma alta de 47% com relação ao mesmo período de 2006, segundo pesquisas do instituto NPD.
Antigamente vídeo game era coisa de criança, os temas dos jogos eram geralmente voltados para o público infantil e pré-adolescente, porém essa geração cresceu junto aos games e a indústria acompanhou o amadurecimento do seu público. Jogos destinados ao público infantil são minoria hoje em dia, temas bem elaborados, acompanhados de enredos envolventes e detalhes gráficos de alta qualidade têm como público alvo os adultos, é comum cenas de filhos chorando pois o pai não quer deixá-los jogar, rs. Acredito até que em algumas casas existam um vídeo game para o pai e outro para o filho.
Especialistas e famílias concordam que videogames podem trazer sérios riscos comportamentais.
È Claro que pais, professorem e terapeutas familiares estão de olho no fantástico mundo que entra pelas casas adentro oferecendo a todo tipo de situação virtual, das inocentes corridas de carros aos mais tenebrosos banhos de sangue. De acordo com o professor de psicologia e pastor Rubens de Eduardo Cordeiro a mente humana, especialmente a dos mais jovens, por estar em processo de formação, tende a assimilar os valores morais embutidos nos games.
Se o jogo incentive a matar pessoas, há certa tendência em se confundir esse "mundo imaginário" com a realidade, o que pode contribuir com o aumento da delinqüência e a violência"
É claro que há muitos jogos educativos que não são violentos e trazem benefícios, como auxiliar ao raciocínio. Mas é preciso identificar os valores morais e espirituais por detrás desses jogos.
Os possíveis riscos de jogar videogame por várias horas seguidas.
Os jogos de computador também não ficaram de fora. A "Síndrome do WASD" do teclado, por exemplo, mostra uma atrofiação dos dedos que permanecem apenas na posição das teclas W, A, S e D, usadas em muitos jogos em primeira pessoa (FPS).
Nas fotos, os modelos foram maquiados por Emma Alexandra Watts. De acordo com o IOCOSE, os estudiosos se recusaram a publicar os resultados, por serem bastante exagerados. De qualquer forma, é bom ficar de olho nos riscos à saúde quando você se submete muito tempo aos games, sentando em posições incorretas ou alimentando-se de maneira inadequada. Veja, abaixo, as imagens artísticas criadas por Matteo e Emma:
Segundo o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, do Ambulatório de Tratamento de Dependências Não Químicas da Unifesp, não há um “número mágico” que caracterize a dependência. “Há pessoas que vão sofrer prejuízos com duas horas diárias de uso e outras que podem jogar oito horas e continuar bem. É preciso olhar o contexto.”
Rosa Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, diz que jovens introvertidos, “que não se sentem muito prestigiados na vida real”, são os mais afetados pois “nos jogos conseguem ser os melhores”. Para ela, proibir não é a solução. “É preciso aproximar-se do jovem, acompanhar o uso das tecnologias e ajudá-lo a discriminar o bom e o ruim.”
Como o cérebro de crianças e adolescentes ainda não está totalmente formado, eles têm mais dificuldade para controlar seus impulsos, explica a neuropsicóloga Adriana Foz. “O mundo digital oferece várias oportunidades de aprendizagem e diversão. Não temos como negar nem omitir, mas aprender a fazer um uso saudável e agregador”, acredita.
Comentários