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Considerações Acerca do Casamento - Rede Brasil de Comunicação

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LIÇÃO 07 - CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CASAMENTO
INTRODUÇÃO
No capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo traz uma série de recomendações e ensinos acerca do casamento, pois, um dos principais objetivos desta Epístola era responder alguns questionamentos sobre casamento, tais como: celibato, abstinência sexual, divórcio, casamento misto, etc. No entanto, não devemos ver este capítulo como simples respostas àquelas indagações, e sim, como preceitos divinos para a igreja do Senhor Jesus, visando manter a pureza e a preservação do casamento.
I - CASAMENTO, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA
O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura, tradição, povo ou nação. É uma instituição divina (Gn 1.27-31; Mc 10.6-9). A família começa com o casamento. Quando Deus criou Adão e Eva, ele revelou seu plano para o casamento: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2:24). O apóstolo Paulo, então, adverte aos solteiros contra a fornicação; e, aos casados, ensina sobre uma relação com santidade e honra, com o propósito de satisfazer um ao outro (I Co 7.2-5; I Ts 4.3-5; Hb 13.4). 1.1 Se o casamento é uma instituição divina, por que Paulo diz: “bom seria que o homem não tocasse em mulher”? (I Co 7.1). Neste contexto, “tocar” significa casar. Para compreendermos a recomendação do apóstolo, devemos analisar o texto com o contexto da época: havia naqueles dias em Corinto, uma admiração por práticas ascéticas, inclusive o celibato. Paulo não está aqui falando contra o casamento, mas explicando aqueles que queriam ficar solteiros, que sua situação tem vantagem de servir a Deus sem as preocupações daqueles que são casados (I Co 7.32-34). Mas o celibato, requer um dom especial de Deus (I Co 7.7-9). Por isso, “cada um tenha” não é uma opção, ma uma ordem. O próprio Deus afirmou que “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). O cristão pode preferir ficar solteiro e dedicar-se mais as coisas do Senhor. Mas, como já afirmamos acima, o casamento é um projeto de Deus. Por isso, se alguém deseja casar, não peca (I Co 7.28). 1.2 Paulo afirmou que o cristão deve casar-se apenas para não cair no pecado de prostituição? (I Co 7.2). De maneira nenhuma! Embora este seja um dos propósitos do casamento, não é esta a única finalidade. Paulo sabia muito bem que um compromisso de amor deve haver entre os cônjuges (Ef 5.25; Tt 2.4). Porém, como a fornicação era uma prática comum em Corinto, tornava-se então, mais difícil para o solteiro manter-se puro. Por isso ele afirma que o casamento serve também como prevenção para o pecado de prostituição: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” (I Co 7.2). Muito mais do que uma prevenção para o pecado, o casamento é uma bênção de Deus para o casal. Vejamos: Bênção do companheirismo (Gn 2.24); Bênção da procriação (Gn 1.28); Bênção do prazer conjugal (Pv 5.18; Ec 9.9).
II - RECOMENDAÇÕES ACERCA DA ABSTINÊNCIA SEXUAL
Acerca deste assunto, o apóstolo Paulo diz aos coríntios: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (I Co 7.3-5). Paulo estava ensinando que no ato conjugal não deve haver lugar para o egoísmo, e sim, que cada cônjuge deve buscar a satisfação do outro. Além disso, Paulo os adverte acerca da abstinência, pois, muitos cristãos estavam privando-se do ato conjugal, com pretexto de ter uma vida de santidade, sem levar em conta os perigos desta abstinência. Por isso, o apóstolo descreve os princípios para a abstinência conjugal, e diz que a abstinência só deve ocorrer: 1º Por consentimento mútuo. Ou seja, não pode ser uma decisão individual. Ambos têm que combinar e concordar reciprocamente. 2º Por tempo determinado pelo casal. O apóstolo não determina quanto tempo deve durar a abstinência, o que nos leva a entender que o casal tem a liberdade para determinar este período, desde que não seja muito prolongado, para que “…Satanás não vos tente pela vossa incontinência.”. 3º Para uma finalidade. A abstinência não deve ser realizada por qualquer motivo, e sim, com uma finalidade específica, como dedicar-se a oração, por exemplo. Não significa dizer que o ato conjugal impeça a oração dos servos de Deus, mas, que o casal, se preferir, pode abster-se para dedicar um período maior ao jejum e à oração.
III - RECOMENDAÇÕES PARA OS SOLTEIROS E VÍUVOS
Acerca dos solteiros e viúvos, o apóstolo Paulo diz: “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (I Co 7.8,9). Baseados neste texto, muitos questionam se o apóstolo era solteiro ou viúvo. Apesar de a Bíblia não responder este questionamento com clareza, dá-nos a entender que Paulo era viúvo, pois, ele deu voto a favor da morte de Estêvão (At 26.10), o que significa dizer que ele era membro do Sinédrio, que exigia que seus membros fossem casados. É possível, então, que Paulo fosse viúvo e, preferiu não casar-se novamente, para dedicar-se exclusivamente ao Senhor. Quando ele diz: “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu… “, na verdade estava dizendo que desejava que eles permanecessem solteiros. Por qual razão Paulo tem este desejo? Além do argumento que já mencionamos no ponto (1.1), devemos observar também que o apóstolo leva em conta a situação do momento, ou seja, a “angustiosa situação presente” (I Co 7.26-30), ou seja, aflições e perseguições que a igreja enfrentava na época. No entanto, esta recomendação deve ser vista como uma opção, e não como um mandamento, pois nem todos tem o mesmo dom (I Co 7.7-9).
IV - RECOMENDAÇÕES SOBRE DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO
Neste capítulo, o apóstolo traz também as recomendações para os casados, acerca do divórcio e novo casamento. Desde aquela época , era comum a prática do divórcio, por qualquer motivo. Surgiu, então, alguns questionamentos por parte dos crentes de Corinto, tais como: o casal cristão pode se divorciar por qualquer motivo? Se a mulher tem marido descrente, deve continuar casada ou recorrer ao divórcio? Se o marido crente tem a mulher descrente, o que deve fazer? Paulo, então, toma por base o ensino de Jesus acerca do divórcio (Mt 5.32; 19.9; Mc 10.11,12). Vejamos, então, algumas recomendações de Paulo: 4.1 “Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.” (I Co 7.10). Paulo deixa bem claro que os cristãos não deveriam seguir o exemplo dos corintios, ou seja, se divorciar por qualquer motivo. E caso viessem a separar-se, eles não deveriam casar-se novamente, e sim, buscar a reconciliação. Paulo não especificou a possibilidade do divórcio em caso de adultério, possivelmente porque não havia dúvidas por parte dos crentes de Corinto a este respeito. 4.2 “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.” (I Co 7.12,13,15). Devemos observar que o apóstolo não estava aprovando o casamento misto. Possivelmente, nestes casos, um dos cônjuges tornou-se cristão depois do casamento e, o cônjuge cristão estava em dúvidas se deveria ou não permanecer casados. O apóstolo é enfático: se ele(a) consente em habitar com ela(e), não o(a) deixe. Porém, se o(a) descrente quiser se apartar, o cristão pode divorciar-se, pois não está sujeito a servidão. Mas, esta iniciativa não pode partir do cristão. 4.3 “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido” (I Co 7.14). Paulo não quis dizer, necessariamente que a santificação da mulher irá santificar o marido, pois a santificação, bem como a salvação é individual. E sim, que haverá uma possibilidade maior de o marido tornar-se um cristão, através do testemunho da mulher. Pedro corrobora com esta afirmação, quando diz: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra” (I Pe 3.1).
CONCLUSÃO
Tal qual os dias de Paulo, o mundo hoje exerce uma forte influência sobre a família. Vivemos dias em que o casamento e a família estão sendo banalizados pela sociedade moderna. Surge então a urgência de cada um de nós, como porta-voz de Deus, não apenas colocarmos em prática os princípios divinos para o casamento, bem como ensiná-los ao mundo e as gerações vindouras. Pois, somente assim, o casamento e a família poderão ser preservados, não só pela igreja, mas também pela sociedade em que vivemos.
BIBLIOGRAFIA:
Bíblia de Estudo Pentecostal. João Ferreira de Almeida. C.P.A.D. Comentário Bíblico Pentecostal. French L. Arrington e Roger Stronstad. CPAD. I & II Coríntios. Stanley Horton. CPAD. I Coríntios Introdução e Comentários. Leon Morris. Mundo Cristão.
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