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O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO ANTIGO TESTAMENTO

O Ministério Profético na Bíblia – A Voz de Deus na Terra
Lição 01 O Ministério Profético no Antigo Testamento Por PR Manoel B. M. Júnior

Texto Áureo: “E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e, pelo ministério dos profetas, proporei símiles” (Oséias 12.10).

Verdade Prática: Os Profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre Deus e o seu povo, conscientizando-o acerca da vontade e do conhecimento divinos.

Leitura Bíblica em Classe: Números 11. 24-29 ARC.

INTRODUÇÃO



A forma da comunicação Divina varia de acordo com cada dispensação, mas Ele nunca deixou de se manifestar a seus servos ao longo da história do seu povo. O Salmo 19 afirma que Ele fala de maneira silenciosa, pelas coisas que são criadas, pela palavra e pelo testemunho pessoal dos seus servos. Deus ordenou a Moisés que construísse o Tabernáculo no deserto de Sinai, porque queria habitar no meio dos filhos de Israel: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”, (Êx 25.8). Ele nunca esteve só; desde a eternidade passada, as três pessoas da santíssima trindade se relacionavam e se comunicavam entre si. Os agentes usados por Deus, no AT, na comunicação de sua palavra ao povo, em Israel, são geralmente chamados na antropologia moderna de “mediadores”. São eles os sacerdotes e o profetas: de Deus para o ser humano e do ser humano para Deus; esse contato era feito, às vezes, numa direção de mão única pelo próprio Deus intermediado pelo próprio “Anjo do Senhor”, que é o próprio Deus de Israel. O ministério profético é um dos mais ricos em todo o contexto das escrituras. Nunca houve tanta urgência em estudarmos um tema tão transcendente em nossas escolas dominicais. Sem o ministério profético não teríamos um conhecimento preciso sobre a tipologia no AT e NT, Não saberíamos nada sobre qualquer aspecto do nascimento virginal de Jesus Cristo e o futuro Eterno da igreja. Neste trimestre Estudaremos sobre ministério profético em todo contexto do Antigo e do Novo Testamento.

I. O INICIO DO MINISTÉRIO DOS PROFETAS

1. Contexto histórico (v. 24).

Nesta seção é notória a realidade excessiva do trabalho de Moisés. O grande libertador de Israel se viu incapaz de atender as necessidades do povo e achou o seu cargo muito pesado. Deus então preparou 70 anciãos que seriam ministros juntamente com Moisés tirando do Espírito que estava sobre ele e derramando sobre todos os setenta anciãos escolhidos. Os anciãos foram assim levados até o Tabernáculo, onde a manifestação Divina estava prestes a ocorrer.


2. Moisés Iniciou o Ofício profético em Israel (vv. 25.26).

A primeira pessoa a quem a Bíblia de profeta é Abraão (Gn 20.7; cf. Sl 105.15), mas a profecia do AT recebeu sua forma normativa na vida e na pessoa de Moisés, que passou a constituir o padrão de comparação para todos os profetas futuros (Dt 18. 15-19, 34.10). Cada característica que caracterizava o verdadeiro profeta de Javé, na tradição clássica da profecia vetero-testamentaria, foi pela primeira vez encontrada em Moisés. Ele recebeu uma chamada especifica e pessoal da parte de Deus. (Êx 3.1-4,17). A consciência profética da história teve origem com Moisés.

3. “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta” (v.29).

Nos vers. 26-29 narra-se um pequeno incidente passado com dois dos eleitos, que ainda se encontravam no arraial, mas que do mesmo modo começaram a profetizar quando o Espírito de Deus caiu sobre os outros. Escandalizado com tal acontecimento, Josué, servo de Moisés, receou pela reputação do seu senhor, o único a quem competia a suprema direção do povo. Moisés, todavia, com a sua grandeza de ânimo, não sentiu qualquer ponta de inveja pelos demais auxiliares, respondendo alegremente, como quem compreende a sublimidade daquela missão: "Oxalá que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito"! (29). Todos os profetas que foram chamados por Deus após Moisés, Isaias, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Amós, Jonas, todos eles foram chamados por Deus. Moisés em sua amorosa repreensão a Josué nos deixa um magnífico exemplo para cada um de nós, se porventura Deus nos concedesse a liderança no ministério! Jamais nos sintamos ofendidos, se virmos o nosso semelhante em posição superior a nossa!

II. O PROFETA

1. Seu significado.

O termo hebraico para profeta é nãbî’. Representa quer verdadeiro ou falso (Dt 13.1-5). Os verdadeiros profetas eram porta vozes do verdadeiro Deus. A segunda ocorrência de nãbî’ estabelece seu significado: “Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta” (Êx 7.1). O plano de fundo desta declaração é Êx 4.10-16, onde Moisés discutiu a sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não podia comparecer diante de Faraó como porta-voz de Deus. Deus prometeu designar Arão (Irmão de Moisés) para ser o locutor; “E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Êx 4.16). Êxodo 7.1 expressa a mesma idéia com palavras diferentes. Esta claro que a palavra “profeta” é igual aquele que fala por outra pessoa ou é a sua boca. Este significado básico de nãbî’ é apoiado por outras passagens clássicas de DT 18.14-22, Deus prometeu levantar outro profeta como Moisés que seria porta voz de Deus (Dt 18.18). Eles foram considerados responsáveis pelo que ele lhes falou e foram admoestados a obedecê-lo (Dt 18.19). O profetismo Bíblico é de fato muito rico em toda a sua extensão, pois revela a vontade de Deus para o seu povo. A seguir veremos a abrangência do termo nãbî’ e a suas várias aplicações no contexto profético do Antigo Testamento analisaremos cada termo de forma etimológica a fim de obtermos uma compreensão precisa do termo.

2. Sua abrangência.

O termo também é usado para se referir aos profetas pagãos “Agora, pois, envia, ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel” (1 Rs 18.19). Alguns estudiosos dizem que o termo não é preciso para tal interpretação, porém, na tradução original não existe contradição e é exatamente isso que o texto diz. Tanto o verdadeiro profeta como o falso são descritos neste texto.

3. Expressões correlatas.

Há três vocábulos hebraicos usados acerca do profeta: navi’, ro’eh, hozeh. O primeiro desses também é traduzido por “profeta”, o segundo, que quando à forma é um particípio ativo do verbo “ver”, é traduzido por “vidente”. O terceiro, também um particípio ativo de outro verbo que significa “ver”, infelizmente não tem sido traduzido por um termo português equivalente e distinto dos outros, sendo traduzido ou por “profeta” (cf. Is 30.10) ou por “vidente” (cf. 1 Cr 29.29). alguns sugerem que o termo navi’ ou nãbî’ procede de uma raiz acadiana, e a escolha é entre o profeta como alguém que é chamado, ou como alguém que chama, isto é os homens, em nome de Deus.

III. O MINISTÉRIO

1. Havia o ministério dos profetas?

Como o próprio comentarista esboça neste tópico, o ministério profético foi regulamentado e legitimado em Moisés. Anos depois encontramos uma escola de profetas presidida por Samuel em Naiote, região de Ramá, onde ele morava (1 Sm 7.17; 19.19-23). No livro de segundo Reis capítulo 2 versículos 3,5,15 revelam um escola composta por filhos (Discípulos) de profetas. Quando Elias estava para ser tomado pelo Senhor teve a companhia insistente de Elizeu, os filhos dos profetas indagavam Elizeu sobre o translado de Elias e Elizeu dizia: “Eu o sei, calaivos” após Elias ser levado aos céus em um redemoinho Elizeu assumiu o lugar de Elias no ministério profético e foi o mestre daqueles discípulos.

2. A corporação profética.

Como já comentei em outras lições o termo ministério procede do verbo e do particípio hebraico shãrat “serviço, servo”, o termo “ministério dos profetas” na versão de ARC não é tão precisa quanto à versão ARA “Por meio dos profetas”, o termo ministério como já disse indica o serviço tanto cerimonial quanto o espiritual exercido pelos sacerdotes, levitas e apóstolos (1 Cr 6.32, 24.3; At 1.25). Enquanto estes ministros atendiam o serviço no sentido espiritual e cerimonial, o profeta servia especificamente no Ministério da Palavra profética era o homem da palavra que transmitia tanto as promessas de restauração espiritual, cura Divina, colheita prospera, vitória sobre os inimigos e conquista das terras prometidas como também a sentença do juízo Divino para aqueles que se entregam a idolatria pecado contra o Senhor não dando crédito ao seu profeta. Portanto, não há como negar a existência do ministério profético nesta época (1 Sm 10.5).

3. Classificação.

Os profetas do Antigo Testamento são classificados em dois grupos: “profetas literários e não literários”, dentro do grupo literário temos os profetas maiores e os profetas menores. Os profetas no Antigo Testamento são considerados também de profetas clássicos (os literários) e os profetas orais (não literários). Dentre os profetas literários temos: Moisés, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias estes são classificados como profetas clássicos. Os profetas não clássicos ou não literários são: Samuel, Elias, Elizeu, Micaías, Natãn, dentre outros que não foram citados aqui. A autenticidade desses profetas percebia-se logo no inicio de suas palavras “Assim diz o Senhor” ou “veio a mim a palavra do Senhor”, este era o selo da autoridade Divina na vida desses profetas (Is 38.1,4,5; Jr 2.1).

CONCLUSÃO

O ministério profético no Antigo Testamento teve o seu inicio oficializado em Moisés esta primeira lição é uma introdução das demais que virão para nos enriquecer na graça e no conhecimento da santa e preciosa palavra de Deus.

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